Georreferenciando uma imagem do Google Earth no gvSIG 2.x
Buenas, pessoal!
A partir da versão 2 do gvSIG é possível inserir uma imagem do Google Earth (ou do Bing Maps) diretamente através da opção “Vista > Inserir camada”, e na janela que se abre, acessando a aba “WebMaps”, onde estaremos inserindo uma imagem diretamente dos servidores do Google Earth, e poderemos salvá-la, já georreferenciada automaticamente, através da opção “Vista > Exportar > Exportar Vista para imagem” (ou através do atalho Ctrl + Alt + V).
Mesmo assim, outro dia surgiu uma pergunta de como deveríamos fazer para georreferenciar no gvSIG uma imagem salva através do programa Google Earth. Esse tutorial pretende dar uma das soluções possíveis, e que eu achei ser uma das mais diretas e mais fáceis. Pode haver outras soluções… se você souber de outra, sinta-se a vontade para usar os comentários mais abaixo.
Um esclarescimento: esse não será um tutorial completo sobre como georreferenciar imagens no gvSIG (talvez em outro momento eu faça um, se houver demanda). Portanto, se você não está familiarizado com o processo de georreferenciamento no gvSIG, talvez seja interessante dar uma revisada no manual: http://downloads.gvsig.org/download/web/es/build/html/user_manual/2.3/manual/037.html, na seção de georreferenciamento.
Dito isso, vamos ao trabalho: em primeiro lugar, abra o Google Earth, e selecione a imagem que você quer salvar. Cuide para que o Norte esteja para cima, pois facilitará nosso trabalho depois. Vá em “Arquivo > Salvar > Salvar imagem”, remova todas as “firulas” e salve a sua imagem.
Em seguida, crie uma pasta na seção “Meus Lugares”, e com essa pasta selecionada, adicione vários pontos de controle dentro da imagem que você está trabalhando (no mínimo de 4 a 6 pontos). Salve novamente a imagem, agora com os pontos de controle.
Para encerrar o trabalho no Google Earth, clique com o botão direito do mouse sobre a pasta que você criou, no menu que aparece clique na opção “Salvar lugar como”, e salve como arquivo .kml os pontos de controle que criamos.
Agora, no gvSIG, crie uma nova vista com EPSG 4326, e adicione a segunda imagem (a dos pontos) e o arquivo kml dos pontos de controle. Se os pontos não estiverem aparecendo, clique com o botão direito sobre a camada no ToC, e escolha a opção “Zoom na camada”.
Em seguida, vamos acessar o georreferenciamento: com a camada da imagem selecionada no ToC, clique em “Camada > Transformações Geográficas > Georreferenciamento”, ou através dos ícones correspondentes:
Abrirá uma nova janela, onde configuraremos o nosso geoprocesso:
Em “Tipo de georreferenciamento”, selecionamos a opção “Com cartografia de referência”, e no menu suspenso logo abaixo selecionamos a Vista onde estão os pontos que inserimos (isso se houver mais de uma Vista em nosso projeto).
Em “Arquivo de georreferenciamento” clicamos no botão “Selecionar” e selecionamos a nossa imagem que queremos georreferenciar (a que tem os pontos de controle).
Em “Arquivo de saída” não precisamos alterar e, finalmente, em “Algoritmo de georreferenciamento”, deixamos selecionada a opção “Transformação afim”. Finalmente, clicamos no botão “Aceitar”, e seremos apresentado à nossa janela de georreferenciamento:
Como dito anteriormente, não vou explicar como fazer o georreferenciamento. Estou assumindo que você já sabe fazê-lo. O truque aqui é deslocar cada ponto de controle para o centro da visualização e dar zoom até que seja possível posicionar o ponto de controle do georreferenciamento de maneira precisa. Posicione primeiramente o ponto da imagem, depois posicione o ponto da camada de pontos. Nessa você deverá dar o máximo de zoom, pois você estará diminuindo a margem de erro. Feitas as aproximações, clique no ícone de adicionar novo ponto, e clique no centro do ponto da camada de pontos e depois na base do pino da imagem do Google Earth:
Feito isso, desloque-se para o próximo ponto e repita o processo. No caso da camada de pontos, é melhor dar zoom menos até aparecerem todos os pontos novamente, para você ter certeza para onde você estará se deslocando. Faça isso com todos os pontos de controle que você havia inserido na imagem.
Terminado todo o processo, é de bom tom salvarmos nosso trabalho. Clicamos no ícone de “Salvar pontos de controle no arquivo de metadados anexo ao raster (RMF)”:
e respondemos “Sim” ao aviso que aparece:
Garantido que os pontos estão salvos e que não iremos correr o risco de perder nosso trabalho, o próximo passo será clicar no ícone “Testar o georreferenciamento”:
que aplicará a transformação e carregará a imagem transformada na Vista de georreferenciamento:
Podemos conferir se está tudo ok com os pontos que inserimos. Se não estiver, podemos fazer as devidas correções. Se estiver tudo ok, podemos clicar no ícone para “Finalizar o georreferenciamento”:
Seremos questionados se queremos finalizar a aplicação de georreferenciamento, ao que devemos clicar em “Sim”, e abrirá uma nova janela de confirmação, perguntando “Deseja salvar a transformação resultante como padrão para este raster?”, ao que também devemos responder afirmativamente, e finalmente seremos questionados se queremos inserir a imagem resultante na Vista, ao que também podemos responder “Sim”. Terminamos o georreferenciamento e já estamos com a imagem devidamente georreferenciada, o que podemos comprovar observando que os pontos de controle da camada kml agora estão sobre os pontos de controle da imagem do Google Earth, conforme era de se esperar:
Agora é que vem o “pulo do gato”: removemos a imagem que tinha os pontos de controle do ToC e, no gerenciador de arquivos, renomeamos o arquivo .rmf que acabamos de gerar, para que fique com o mesmo nome da imagem do Google Earth sem os pontos de controle. Feito isso, podemos inserir essa imagem no nosso trabalho, que ela já estará georreferenciada, conforme podemos comprovar pelos pontos de controle do kml:
Buenas, é isso aí… espero não ter complicado demais, pois o processo é bem simples para quem já domina o georreferenciamento. Se tiver dúvidas, use os comentários logo abaixo. Nos vemos em um próximo momento! 😉
Tags: geoprocessamento, geoprocessos, georreferenciamento, google-earth, gvSIG, tutorial
Aprendendo SIG com Game of Thrones (XV e final): Instalação de complementos
Dedicaremos este último artigo ao “Gerenciador de complementos”, uma ferramenta que todo usuário de gvSIG Desktop deveria conhecer.
O gerenciador de complementos é uma funcionalidade que permite personalizar o gvSIG, instalando novas extensões, quer sejam funcionais ou de outro tipo (bibliotecas de símbolos, por exemplo). É executado através do menu “Ferramentas/Gerenciador de complementos”, embora também possamos acessá-lo durante o processo de instalação.
Graças ao “Gerenciador de complementos” podemos acessar, além dos plugins não instalados por padrão, a todas as novas ferramentas que são publicadas posteriormente.
Na janela que aparece, a primeira opção que devemos selecionar é a fonte de instalação dos complementos:
Os complementos podem ter 3 origens:
- O próprio binário de instalação. O arquivo de instalação que baixamos contém um grande número de complementos ou plugins, alguns dos quais não são instalados por padrão, mas estão disponíveis para sua instalação. Isto nos permite poder personalizar o gvSIG sem dispor de uma conexão com a internet.
- Instalação a partir de um arquivo. Podemos ter um arquivo com um conjunto de extensões prontas para serem instaladas no gvSIG.
- A partir de uma URL. Através de uma conexão com a Internet podemos acessar a todos os complementos disponíveis no servidor do gvSIG e instalar aqueles que necessitamos. A única diferença desta opção em relação a primeira é que pode ter ocorrido a publicação de complementos adicionais ou a atualização de complementos existentes depois da publicação da versão final do gvSIG.
Após selecionarmos a fonte de instalação, devemos clicar no botão “Próximo”, e será apresentada uma listagem dos complementos disponíveis.
A interface do administrador de complementos se divide em 4 partes:
- Listagem dos complementos disponíveis. É indicado o nome do complemento, a versão e o tipo. As caixas de verificação permitem diferenciar entre os complementos já instalados (cor verde) e os disponíveis (cor branca). Pode ser interessante revisar o significado de cada um dos ícones.
- Área de informação referente ao complemento selecionado em “1”.
- Área que mostra as “Categorias” e os “Tipos” em que se classificam os complementos. Clicando nos botões de “Categorias” e “Tipos” são atualizadas as informações desta coluna. Ao selecionar uma categoria ou tipo da listagem é executado um filtro que mostrará em “1” apenas os complementos relacionados com essa categoria ou tipo.
- Filtro rápido. Permite realizar um filtro a partir de uma cadeia de texto que o usuário introduza.
Em nosso caso vamos instalar uma nova biblioteca de símbolos. Para isto clicaremos na categoria “Symbols”, filtrando entre os plugins que são “bibliotecas de símbolos”:
Em seguida marcamos a biblioteca “G-Maps”:
Clicamos no botão “Próximo” e, terminada a instalação, no botão “Finalizar”. Uma mensagem indicará que é necessário reiniciar (no caso de instalar plugins funcionais isso é necessário, mas não quando instalamos bibliotecas de símbolos).
Agora vamos alterar a simbologia de alguma das nossas camadas, por exemplo “Locations”, e veremos os novos símbolos já estão disponíveis:
Podemos visualizar as bibliotecas de símbolos disponíveis na documentação.
E com este último exercício acabamos este atípico curso de introdução aos SIG. Esperamos que tenha servido para o aprendizado e, além disso, o resultado tenha sido tão divertido como foi para nós fazê-lo.
A partir daqui você já está preparado para se aprofundar na aplicação e ir descobrindo todo seu potencial. Um último conselho: utilize as lista de usuários para esclarecer qualquer dúvida ou para comunicar-nos qualquer problema que tenham encontrado:
http://www.gvsig.com/es/comunidad/listas-de-correo
E lembrem-se: gvSIG is coming!
Tags: geoprocessamento, gvSIG, tutorial, Game-of-Thrones
Aprendendo SIG com Game of Thrones (XIV): Mapas
Neste penúltimo exercício do curso para aprender a bases dos Sistemas de Informação Geográfica através de exercícios práticos com dados de Game of Thrones vamos trabalhar com o documento “Mapa”.
Um documento Mapa é um conjunto de elementos de desenho de um mapa ou plano, organizados em uma página virtual, cujo objetivo é sua saída gráfica (impressão ou exportação para PDF). O que se vê no desenho é o que se obtém ao imprimir ou exportar o mapa ao mesmo tamanho de página definido. Em um Mapa podemos inserir dois tipos de elementos: Elementos cartográficos e de desenho.
Em nosso caso vamos criar um mapa com a rota seguida pelos irmãos Greyjoy, desenhado no exercício sobre “Edição gráfica”.
Após abrirmos nosso projeto no gvSIG, devemos acessar a janela do “Gerenciador de projetos”. Uma forma rápida é através do menu “Exibir/Gerenciador de projeto”. Selecionamos o tipo de documento “Mapa” e clicamos no botão “Novo”. Será aberta uma nova janela onde definiremos as características da página do Mapa.
Neste caso selecionaremos um “Tamanho de página” “A4”, com “Orientação” “Horizontal” e indicaremos que seja utilizada a Vista onde temos nossas camadas abertas em vez de “Criar nova Vista”. Se tivermos mais de uma Vista em nosso projeto, aparecerá uma listagem com todas elas.
Será criado um novo mapa, no qual será inserida a Vista indicada e que ocupa toda a superfície da página:
Clicando sobre os “quadrados pretos” que aparecem nos cantos e pontos médios do retângulo que define a extensão da Vista podemos alterar o seu tamanho. Deste modo vamos definindo nosso desenho do mapa. Clicando sobre o elemento Vista inserido e arrastando podemos deslocá-lo. Redimensionamos a Vista inserida e a deslocamos, passando em seguida a adicionar outros elementos cartográficos.
A maioria dos elementos cartográficos estão intimamente ligados ao documento Vista, de modo que as alterações realizadas na Vista serão refletidas no mapa (mudanças de zoom, deslocamentos, modificação de legendas, organização de camadas, etc.). Estas ferramentas estão disponíveis no menu “Mapa/Inserir“ e na barra de ícones correspondente.
Vamos começar inserindo a legenda. Esta ferramenta está disponível no menu “Mapa/Inserir/Legenda“ ou através do seu ícone:
A legenda sempre está associada com uma Vista inserida no Mapa e permite representar a simbologia das diferentes camadas dessa Vista. Após selecionarmos a ferramenta, devemos indicar o primeiro extremo do retângulo que define o espaço a ocupar pela legenda clicando sobre a área do Mapa no lugar desejado, e arrastrando até soltar no extremo oposto. Será mostrado um quadro de diálogo no qual poderemos definir as propriedades gráficas da legenda inserida:
Nesta janela podemos marcar quais camadas (e sua simbologia) queremos que apareçam na legenda.
Em seguida vamos inserir um símbolo de Norte. Esta ferramenta está disponível no menu “Mapa/Inserir/Norte“ ou em seu ícone correspondente:
Uma vez selecionada a ferramenta, indicaremos o primeiro extremo do retângulo que define o espaço a ser ocupado pelo símbolo do norte, clicando sobre a área do Mapa no lugar desejado e arrastrando até soltar no extremo oposto. Será mostrado um quadro de diálogo no qual poderemos definir as propriedades gráficas do norte inserido:
E o nosso Mapa terá o seguinte aspecto:
Para finalizar inseriremos um título com a ferramenta de “Inserir texto” (no menu Mapa/Inserir/Texto ou em seu ícone correspondente). O funcionamento é similar ao dos outros elementos, e neste caso o que indicaremos é o texto que queremos que apareça: “Greyjoy Brothers”.
A partir daqui e para não alongar demasiadamente o exercício recomendamos que seja revisada a documentação relacionada com o documento Mapa e que experimentem inserir escalas gráficas, caixas, etc, bem como provar as ferramentas de ajuda ao desenho. Com um pouco de prática poderemos realizar mapas realmente bem desenhados.
Depois de terminarmos o nosso mapa podemos exportá-lo como PDF através do ícone:
Já podemos enviar nosso arquivo PDF para todos os nossos contatos.
Como costumam dizer, a prática faz o mestre… sendo assim, já sabem…
Agora já falta apenas um artigo para finalizarmos nosso curso… não percam!
Tags: geoprocessamento, gvSIG, tutorial, Game-of-Thrones
Aprendendo SIG com Game of Thrones (XIII): Geoprocessamento
As operações espaciais com dados geográficos para criar nova informação são conhecidos como Geoprocessos. Exemplos de geoprocessos são obter uma nova camada com as zonas de sobreposição entre duas camadas, uma camada que seja a área de influencia a uma determinada distância de outra camada, um mapa de densidade de pontos, etc.
O gvSIG Desktop conta com mais de 350 geoprocessos. Temos muitos algoritmos prontos para serem utilizados e ajudar-nos a analisar nossa informação espacial.
Na ajuda existe muita documentação sobre geoprocessamento; os links principais são:
- Geoprocessamento.
- Caixa de ferramentas.
- Geoprocessos do gvSIG . Camadas vetoriais.
- Geoprocessos do gvSIG. Camadas raster.
- Geoprocessos do gvSIG. Raster multiespectral.
- Sextante.
- Modelador.
A primeira coisa que precisamos saber é que acessamos as diferentes ferramentas de geoprocessamento através do menu “Ferramentas/Geoprocessamento/Caixa de ferramentas” ou através de seu ícone correspondente:
A partir da caixa de ferramentas poderemos realizar qualquer dos geoprocessos disponíveis no gvSIG Desktop. No nosso caso iremos aplicar dois geoprocessos diferentes.
Começaremos realizando uma junção espacial entre a camada “Locations” e a camada “Political”. Se consultarmos a ajuda deste geoprocesso, aprendemos que ele faz o seguinte: “A junção espacial permite transferir os atributos de uma camada a outra baseando-se em uma característica espacial comum”.
Se observarmos a imagem anterior, e imaginarmos que a camada de polígonos é “Political” e a de pontos “Locations” parece claro qual será o resultado: uma nova camada de pontos que conterá entre seus atributos os herdados da camada “Political”. Vamos lá…
Abrimos a “caixa de ferramentas” e buscamos o geoprocesso de “Junção espacial”. Se não soubermos onde se localiza podemos utilizar o buscador na parte inferior da janela, introduzindo uma parte do texto, como “junção”.
Vamos utilizar o primeiro dos geoprocessos filtrados. Para executá-lo damos um duplo clique sobre ele ou clicamos sobre ele com o botão secundário do mouse e selecionamos a opção “Executar” no menu contextual que aparece. Aparecerá uma janela como a próxima:
Como “Camada de entrada” selecionamos “Locations”. Como “Camada de revestimento” selecionamos “Political”. Se tiver dúvidas de como funciona um geoprocesso, consulte a ajuda que está disponível clicando no botão de informação da parte inferior direita da janela do geoprocesso (além de estar disponível no manual).
Se não indicarmos que a camada seja salva, será gerada uma camada temporária (isto é, será perdida ao fecharmos o projeto). Portanto, se quisermos preservar a camada resultante devemos selecionar essa opção neste momento, ou posteriormente exportar a camada temporária para uma nova camada.
Ao clicar “Aceitar” a nova camada é criada e adicionada na nossa Vista. Ao abrirmos sua “Tabela de atributos” veremos que tem os campos da camada “Locations”, mais os campos da camada “Political”:
Agora vamos a fazer um segundo geoprocesso, esta vez sobre um grupo de elementos selecionados desta camada que acabamos de criar. O que queremos analisar é se a extensão de território de “Riverlands” tem uma lógica em relação às localizações que contém.
Primeiramente selecionaremos da camada “Junção espacial” os elementos cujo campo “name_1” sejam iguais a “Riverlands”. Se precisar de ajuda com esta parte, revise o exercício de “Ferramentas de seleção”. O resultado da seleção deve ser similar ao da próxima imagem:
Agora abrimos novamente a “Caixa de ferramentas” e buscamos o geoprocesso “Mínima envolvente convexa (Convex Hull)”:
A ajuda nos diz que este geoprocesso calcula a “Envolvente convexa”, o polígono convexo de menor área que envolve todos os elementos vetoriais de uma “camada de entrada”.
Executamos o geoprocesso e abrirá uma janela como a seguinte:
Seleccionamos como “Camada de entrada” a de “Junção espacial” e tomemos o cuidado de que esteja marcada a opção “Feições selecionadas (Camada entrada)”. Deste modo o geoprocesso será executado unicamente sobre os elementos selecionados. Ao clicar em “Aceitar” será criada a nova camada com o seguinte resultado onde vemos que a área é muito similar ao território do Reino de “Riverlands”:
Isso é tudo por hoje… Depois de termos aprendido o procedimento para executar geoprocessos, somente nos resta experimentá-los… E agora só faltam dois artigos para nos despedirmos deste curso!
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (XII): Edição gráfica
Complementando um exercício anterior no qual havíamos tratado a edição de tabelas, neste veremos a edição gráfica. As ferramentas de edição gráfica permitem criar e editar dados vetoriais. A única coisa que devemos observar é que determinados formatos de dados são somente de leitura e não permitem a edição.
Para adicionar ou modificar elementos de uma camada é necessário que a camada esteja ativa e em modo de edição. Em função do tipo de camada a editar estarão disponíveis determinadas ferramentas (para pontos, linhas e/ou polígonos).
Estas ferramentas estão disponíveis a partir do menu “Camada“ nos submenus “Remover”, “Inserir” e “Modificar”, do menu “Editar” e na barras de ícones correspondentes.
Como sempre comentamos, este é um curso básico de introdução aos SIG, mas se quiser conhecer em detalhe todas as ferramentas de edição recomendamos consultar o manual do gvSIG Desktop:
- Ferramentas de edição gráfica.
- Ferramentas para modificar elementos.
- Ferramentas para inserir elementos.
- Ferramentas de ajuda ao desenho. Nessa seção é especialmente interessante revisar a seção de “snapping” que cria entidades que se conectam entre si.
- Ferramentas de edição.
Feita esta breve introdução, vamos realizar a nossa prática com os dados de Game of Thrones.
Nosso exercício consistirá em criar uma camada nova na qual iremos adicionando as rotas ou viajes que seguem cada um dos protagonistas da saga. Nesse caso, desenharemos o caminho percorrido pelos irmãos Greyjoy de Pyke a Meereen passando por Volantis.
O primeiro passo será criar uma nova camada (no formato shapefile). Encontramos esta ferramenta no menu “Vista/Nova camada”.
A interface irá guiando nossos passos para criar a nova camada:
Devemos selecionar “Criação de nova camada Shape” e clicar no botão “Próximo”.
No próximo passo, “Arquivo de saída”, indicamos o nome e o caminho onde será salva a nova camada (por exemplo podemos chamá-la “Routes”). Uma vez definido devemos clicar no botão “Próximo”.
Neste passo podemos definir o tipo de camada: Point (Pontos), Curve (Linhas), Surface (Polígonos) ou Multipoint (Multipontos). No nosso caso, por querermos representar rotas, necessitamos uma camada de linhas. Portanto, selecionamos o tipo de geometria “Curve”.
Com o botão “Adicionar campo” podemos adicionar campos de atributos à nova camada. Adicionaremos um que chamaremos “Name”, do tipo “String” (cadeia de texto) que servirá para identificar cada rota.
Se quisermos adicionar outros campos, podemos fazê-lo agora. Uma vez definida a tabela de atributos, clicamos no botão “Próximo”.
Por último selecionamos a opção de adicionar a nova camada à Vista. Para terminar clicamos no botão “Finalizar”. Já temos a nova camada em nossa Vista. Uma camada vazia, sem elementos, e que agora devemos começar a preencher de conteúdo.
Para facilitar o desenho da rota, como já vimos no exercício “Rotulagem”, vamos rotular a camada “Locations”, o que nos permitirá identificar facilmente os lugares pelos que passam o caminho que iremos desenhar: Pyke, Volantis e Meereen. Também podemos utilizar as ferramentas de seleção e o “localizador por atributo” para identificar estas localizações.
Em primeiro lugar vamos tornar editável a nossa camada. Com a camada ativa, podemos fazê-lo no menu “Camada/Iniciar edição” ou no menu contextual que aparece ao clicar com o botão secundário sobre a camada no TOC ou Tabela de conteúdos.
Quando uma camada está em edição seu nome altera para a cor vermelha:
Além disso, podemos ver que apareceram novas barras de ferramentas que permitem tanto desenhar novos elementos como editar os já existentes:
A última alteração na interface se situa na parte inferior da Vista, onde podemos expandir ou contrair uma barra de comandos:
Antes de começar o desenho do caminho devemos conhecer duas ajudas fundamentais ao desenho. Com a roda do mouse, movendo para frente e para trás, podemos alterar a escala de visualização. Com a roda do mouse clicada podemos deslocar-nos pela cartografia.
Para começar a desenhar a rota selecionamos a ferramenta “Desenhar polilinha”:
Nos posicionamos perto de Pyke e clicamos com o mouse, e já temos o primeiro ponto da nossa rota. Agora iremos utilizando a roda do mouse para navegar pela cartografia e ir adicionando pontos intermediários até chegar a Volantis, e posteriormente a Meereen. Após posicionarmos o último ponto clicamos com o botão secundário do mouse e no menu contextual que aparece selecionamos a opção “Finalizar”. Como vimos no exercício de “Edição de Tabelas” agora poderíamos editar seus atributos e colocar, por exemplo, “Greyjoy brothers” para identificar esta viajem.
Em seguida poderíamos adicionar novas rotas, cada uma das quais seria um novo elemento da camada. Neste caso paramos por aqui, portanto acessamos o menu “Camada/Terminar Edição”.
O resultado será similar ao seguinte:
Vocês já estão preparados para praticar e conhecer em profundidade as demais ferramentas de edição! E também podem praticar as ferramentas que já vimos anteriormente, por exemplo adicionando como hyperlink uma imagem identificativa de cada rota.
Nos vemos novamente no antepenúltimo artigo deste curso, no qual faremos uma introdução ao geoprocessamento.
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (XI): Rotulagem
Depois de introduzirmos a simbologia do gvSIG Desktop no exercício anterior, neste vamos trabalhar com a “Rotulagem”.
Um rótulo é um texto descritivo baseado em um ou vários atributos de uma entidade. Os rótulos são posicionados dinamicamente sobre ou próximo dos elementos de uma camada, e são representados em função das características de rotulagem definidas pelo usuário. É importante notar que os rótulos não podem ser diretamente manipulados pelo usuário.
No gvSIG há duas modalidades para gerar a rotulagem de uma camada, uma rápida e muito simples, e outra mais complexa mas que permite definir um grande número de características da rotulagem.
Do mesmo modo que na simbologia, são muitas as ferramentas que nos permitem caracterizar uma rotulagem, pelo que recomendamos que revises a seção de “Rotulagem”do manual do usuário.
Vamos fazer um primeiro exercício de rotulagem básica sobre a camada “Political”. Primeiramente temos que abrir a janela de “Propriedades” da camada. Com a camada ativa encontramos esta opção no menu “Camada/Propriedades” ou então, ao clicarmos diretamente com o botão secundário do mouse sobre a camada será aberto um menu que inclui o acesso às suas “Propriedades”. Vamos na aba “Rotulagem” da janela de “Propriedades da camada”. Se marcamos a opção “Ativar rotulagem” já teremos disponíveis todas as opções do que chamamos rotulagem básica.
O ponto principal é definirmos o campo da Tabela de atributos da camada que queremos utilizar para gerar a rotulagem. No nosso caso selecionamos o campo “name”, que contém o nome. Digitamos, por exemplo, um tamanho de fonte de “12” e os valores restantes deixamos com os valores padrão. Clicamos no botão “Aplicar” e/ou “Aceitar” e já veremos o resultado refletido na Vista.
Ocultar (ou voltar a ativar) a rotulagem é tão simples como ir na aba “Rotulagem” das “Propriedades da camada” e marcar ou desmarcar a opção “Ativar rotulagem”.
Se queremos fazer rotulagens mais elaboradas, devemos selecionar na aba “Rotulagem” a opção “Rótulos definidos pelo usuário” em lugar da que aparece por padrão de “Atributos da etiqueta definidos na tabela”. E no menu suspenso “Classes” selecionamos o “Método” definido como “Rotular todas as feições da mesma maneira”. O aspecto da janela será alterado e passará a ser semelhante ao da imagem:
Como já comentamos, nesta modalidade são muitas as opções, pelo que recomendamos aprofundar e experimentar com a ajuda do manual de usuário. No nosso caso vamos a fazer uma alteração simples na rotulagem já existente.
Clicamos no botão de “Propriedades” e será aberta uma nova janela:
A primeira coisa que devemos definir é a expressão de rotulagem. Para isto clicamos no botão “…” da primeira linha da tabela de “Expressão de rotulagem”. Na janela que se abre indicamos que queremos rotular pelo atributo “name”, selecionando o campo e clicando em “Adicionar campo”. Poderíamos complicar a expressão de rotulagem com tudo o que quiséssemos, mas neste caso utilizaremos unicamente o atributo “name” que usamos também na rotulagem básica.
Ao clicar em “Aceitar” vemos que a expressão já aparece na “Expressão de rotulagem”:
Agora vamos utilizar uma opção não disponível na rotulagem básica, o halo. O halo pode ser útil em muitos casos para melhorar a visualização dos rótulos. Marcamos a opção “Usar halo” e selecionamos uma cor para o halo. Neste momento podemos selecionar outras características como o tipo, a cor e o tamanho da fonte.
Uma vez definidas as características da Rotulagem clicamos em “Aceitar”. A janela é fechada e voltamos na de “Propriedades da camada/Rotulagem”. Agora vamos entrar nas opções de “Colocação”; ao clicar no botão será aberta a seguinte janela:
Selecionamos a opção “Eliminar rótulos repetidos” (experimentem com outras opções para ver a diferença) e aceitamos. Aplicamos a rotulagem e já temos o resultado que buscávamos.
Terminamos aqui este exercício, mas recomendamos que explorem as opções muito interessantes existentes, como a que permite rotular de forma diferente em função da escala de visualização. Lembramos também que as opções de rotulagem se alteram em função do tipo de geometrias da camada (pontos, linhas e polígonos).
Agora só faltam quatro artigo para terminarmos este mini-curso. Esperamos que estejam gostando desta original introdução aos SIG.
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (X): Legendas
Neste exercício vamos a aprender a alterar a simbologia de uma camada, revisando os diferentes tipos de legendas que estão disponíveis no gvSIG Desktop.
A simbologia é uma das propriedades mais importantes de uma camada. O gvSIG inclui uma grande variedade de opções para representar camadas com símbolos, gráficos e cores. Com exceção do símbolo único, nas outras legendas os símbolos são designados para cada elemento segundo seus valores de atributo e as propriedades do tipo de legenda selecionada.
Por padrão, quando se adiciona uma camada a uma Vista os elementos são representados com um símbolo único de cor aleatória, ou seja, todos os elementos da camada são representados com o mesmo símbolo. Para modificar a simbologia de uma camada devemos acessar a sua janela de “Propriedades” e selecionar a aba “Simbologia”. Vamos abrir nosso projeto de “Game of Thrones” e começar a explorar esta seção do gvSIG Desktop.
Se queremos alterar um símbolo a forma mais simples é dar um duplo clique sobre o mesmo no TOC (Tabela de conteúdos contendo a lista das camadas). Será aberta uma janela para selecionar o novo símbolo. Por exemplo vamos a fazer duplo clique sobre o símbolo da camada “Rivers”.
Na janela que aparece podemos alterar a cor, a espessura da linha, clicar sobre uma das bibliotecas de símbolos instaladas (por padrão está “gvSIG Basic”, embora através do gerenciador de complementos podemos instalar muitas outras). Neste caso vamos especificar uma espessura de 3 e selecionar um azul mais escuro. Clicamos em “Aceitar” para aplicar as alterações.
Em seguida vamos ver os tipos de legendas disponíveis e faremos uma para os diferentes tipos de localizações, atributo que já trabalhamos em exercícios anteriores. As possibilidades em relação a simbologia são muitas, por isso além deste exercício introdutório pode ser útil revisar a documentação adicional.
O primeiro passo a fazer é abrir a janela de “Propriedades” da camada. Com a camada ativa encontramos esta opção no menu “Camada/Propriedades” ou diretamente com o botão principal do mouse sobre a camada. Será aberto um menu que inclui o acesso às “Propriedades”.
Acessando a aba “Simbologia” veremos uma janela com a simbologia atualmente aplicada. Na esquerda podemos ver todos os tipos possíveis de legendas. Atenção: segundo o tipo de camada (pontos, linhas ou polígonos) algumas legendas podem não estar disponíveis.
Neste caso vamos selecionar uma legenda de “Categorias/Valores únicos”. Este tipo de legenda é utilizada para designar um símbolo para cada valor único de um campo específico da tabela de atributos da camada. Cada elemento é desenhado segundo um valor de atributo que identifica a categoria. No nosso caso selecionamos o campo de classificação “Type”; clicamos o botão “Adicionar todos” e será visualizada a legenda gerada por padrão:
Os Rótulos (lado direito) podem ser modificados. Experimente alterar o texto.
Agora, dando um duplo clique em cada um dos símbolos será aberta uma janela na qual, clicando em “Selecionar símbolo”, podemos modificá-los ou selecionar novos símbolos a partir de nossas bibliotecas de símbolos. Após selecionados clicamos em “Aplicar” e veremos o resultado refletido em nossa “Vista”.
A melhor forma de aprender os diferentes tipos de legendas é praticando… fica a lição. Também é recomendado instalar e provar as diferentes bibliotecas de símbolos que estão disponíveis para o gvSIG (centenas de símbolos de todo tipo!!)
Até o próximo artigo…
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (IX): Exportar Vista para imagem
No gvSIG existem ferramentas para desenhar mapas mais ou menos complexos, porém há muitos casos em que necessitamos ter uma imagem rápida do enquadramento de uma Vista do gvSIG e não precisamos nada mais; por exemplo para utilizar essa imagem em um documento que estamos redigindo.
Neste exercício vamos estudar uma ferramenta muito simples mas muito útil quando queremos ter uma imagem imediata da nossa Vista.
Para executá-la simplesmente devemos ir ao menu “Vista/Exportar/Exportar Vista para imagem”. Abrirá uma nova janela onde simplesmente indicaremos onde queremos salvar o arquivo de imagem e em que formato (jpg, png, bmp ou tiff).
Uma ferramenta simples e útil, e muitas vezes desconhecida pelos usuários do gvSIG.
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (VIII): Calculadora de campos
A “calculadora de campos” é uma das ferramentas mais utilizadas pelos usuários de SIG na hora de editar os atributos de uma camada. O motivo é sua versatilidade e a economia de tempo que proporciona na hora de editar diferentes registros ao mesmo tempo.
Ela nos permite realizar diferentes tipos de cálculos sobre os campos de uma tabela. Esta ferramenta pode ser executada sobre todos os registros de uma tabela ou apenas naqueles que estejam selecionados.
Vejamos como funciona com alguns exercícios simples sobre nossos dados de Game of Thrones. Mas antes de começar vamos conhecer a sua interface.
- Informação. Proporciona informações sobre o “Campo” ou “Comandos” selecionados.
- Campo. Listagem de campos da Tabela. Com um duplo clique sobre um campo adicionamos a expressão a aplicar.
- Tipo. Em função do tipo selecionado é atualizada a lista de “Comandos” disponíveis.
- Comandos. Listagem de comandos disponíveis em função do “Tipo” selecionado. Com um duplo clique sobre um comando o mesmo é adicionado à expressão a aplicar.
- Expressão. Operação que será aplicada sobre o campo selecionado. A expressão pode ser escrita diretamente.
Vista a teoria, passaremos a realizar nosso exercício prático.
Em primeiro lugar abrimos a tabela de atributos da camada “Locations”, que deve conter 7 colunas, se efetuamos todos os exercícios propostos. Um dos campos existentes é “type” que contém os tipos de localização (city, castle, ruin, town, other).
Vamos imaginar que queremos adicionar uma nova coluna na qual vamos digitar o tipo de localização no idioma português. Poderíamos fazer isso manualmente, como vimos no exercício de “Edição de Tabelas”, mas graças à “Calculadora de campos” podemos fazer este exercício de forma muito mais rápida.
Seguindo os passos que aprendemos no exercício de “Edição de Tabelas”, colocamos a Tabela em edição e adicionamos uma coluna do tipo “String”, deixando o número de caracteres padrão (50). A essa nova coluna chamaremos “Tipo”. Poderíamos deixar o dado de “Valor padrão” vazio, mas para economizar tempo no preenchimento colocamos o valor “Outro” (sem as aspas). Deste modo todos os registros serão preenchidos de forma automática com este valor. Agora somente precisaremos atualizar os outros valores.
Neste momento a tabela ficaria assim:
Agora utilizaremos a ferramenta de “Seleção por atributos” para ir selecionando os diferentes valores do campo “Type”, e a calculadora de campos para preencher de forma automática as linhas selecionadas com o valor correspondente.
Chegando a este ponto, se não souber utilizar a ferramenta de “Seleção por atributos” revise o artigo em que explicamos seu funcionamento.
Vamos começar selecionando todas as linhas cujo “type” é “Castle”:
Depois de selecionadas, clicamos no cabeçalho do campo “Tipo” (será mostrada em uma cor cinza escura).
Executamos a ferramenta de “Calculadora de campos”, disponível no menu “Tabela/Calculadora de campos” ou em seu ícone correspondente.
Será aberta uma nova janela, onde poderemos escrever a expressão “Castelo” com a qual queremos que os campos sejam preenchidos. É importante lembrarmos que os textos devem ser digitados entre aspas duplas.
Ao clicarmos em “Aceitar” serão preenchidas as células do campo “Tipo” das linhas selecionadas:
Repetimos a mesma operação com o restante dos valores do campo “type”. Primeiro selecionamos as linhas e depois, com a calculadora de campos, preenchemos os dados:
- Type “City” = Tipo “Cidade”
- Type “Ruin” = Tipo “Ruina”
- Type “ Town” = Tipo “Povoado”
Depois de terminarmos nossa tarefa, finalizamos a edição e salvamos as alterações. Nossa tabela ficará com o seguinte aspecto:
A “Calculadora de campos” é uma ferramenta muito potente e permite utilizar expressões complexas. Recomendamos que faça experiências com ela para descobrir todas as suas possibilidades. Até o próximo artigo!
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (VII): Adicionar coordenadas a uma tabela
Neste exercício vamos utilizar uma ferramenta muito simples mas muito útil. Permite adicionar de forma automática as coordenadas X e Y (ou Latitude/Longitude) de uma camada de pontos. Em nosso caso, com cartografia fictícia sobre o sistema de projeção EPSG 4326 (normalmente utilizado nos GPS), obteremos coordenadas que representam a latitude e a longitude.
A camada de pontos que temos é “Locations”, sobre a qual utilizaremos a ferramenta denominada “Adicionar X e Y”.
Em primeiro lugar ativamos a camada “Locations” e abrimos sua Tabela de atributos (como visto no exercício “Edição de Tabelas”).
Em seguida, executamos a ferramenta no menu “Tabela/Adicionar medição/Adicionar X e Y” ou através do seu ícone correspondente:
Observamos como, de forma automática, são adicionadas duas novas colunas na tabela de atributos, contendo os dados das coordenadas.
Agora já podemos enviar aos nossos dragões para as coordenadas exatas…
O próximo artigo is coming…
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (VI): Hyperlinks e outras ferramentas de informação
Hoje veremos as ferramentas de informação, focando principalmente em aprender a manejar a ferramenta de “Hyperlinks”.
São 4 as principais ferramentas de informação: informação por ponto, consultar área, consultar distância e hyperlink. A essas poderíamos adicionar outras, como o “Google Street View”, que nos permite consultar as imagens deste serviço do Google… muito embora neste caso não haja carros do Google passeando pelas paisagens de Game of Thrones.
Essas 4 ferramentas estão acessíveis na barra de ícones:
As 3 primeiras são muito intuitivas e basta comentar o seu funcionamento para que possam ser usadas.
Informação por ponto: fornece informações sobre o elemento no qual tenhamos clicado, estando sua camada ativa. Abrirá uma janela com os valores desse elemento em sua tabela de atributos. Por exemplo, se ativarmos a camada “Locations” e clicarmos sobre o ponto que representa “King’s Landing” (Porto Real) será aberta a seguinte janela:
As ferramentas de consultar área e distância possuem um funcionamento similar. Após selecionarmos a ferramenta vamos clicando na Vista e serão apresentadas, em um caso informações sobre o perímetro e a área, e em outro, distância parcial e total. Esta informação aparece na parte inferior da tela, na barra de status (também aparecem outras informações como escala, unidades ou coordenadas).
A ferramenta de hyperlink é mais complexa, já que requer definir previamente nas “Propriedades” da camada a configuração dos hyperlinks. Vamos ver seu funcionamento com um exemplo prático.
Repassando o artigo anterior de “Edição de Tabelas” vamos adicionar ao campo “Web” da tabela de atributos da camada “Political” uma série de links para páginas web com informações sobre as Casas de Game of Thrones:
- Tully: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Tully
- Wildlings:http://gameofthrones.wikia.com/wiki/Wildlings
- Night’s Watch: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/Night’s_Watch
- Stark: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Stark
- Grey: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/Greyjoy
- Martell: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Martell
- Baratheon: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Baratheon
- Arryn: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/Arryn
- Lannister: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Lannister
- Targaryen: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/Targaryen
- Tyrell: http://gameofthrones.wikia.com/wiki/House_Tyrell
O resultado será semelhante a esse:
Agora vamos a informar à Camada que temos um campo (“Web”) que é um hyperlink para uma página web.
Para abrir a janela de Propriedades de uma camada clicamos com o botão secundário sobre o nome da camada na Tabela de Conteúdos ou ativamos a camada e vamos ao menu “Camada/Propriedades”.
Na janela que abre acessamos a aba “Hyperlinks”, que é a que nos interessa neste momento.
Clicamos em “Ativar hyperlink”, selecionamos o campo “Web” e a ação “Vincular com arquivos de texto e HTML”.
Agora já podemos fechar esta janela, clicando em “Aceitar” e começamos a utilizar o botão de hyperlink sobre a camada “Political”.
O que acontece cada vez que clicamos sobre um elemento? É aberto um navegador (que certamente será melhorado na próxima versão do gvSIG) com informações da página web indicada na Tabela de atributos. E que, neste caso, nos fornece toda a informação sobre cada uma da Casas. Por exemplo, ao clicarmos no reino do Norte (“The North”) nos apresenta a informação da casa Stark:
Agora vamos criar outro tipo de hyperlink, que abrirá uma imagem que tenhamos em nosso computador. Nesse caso, os escudos de cada uma das casas, que podem se baixados em um arquivo comprimido aqui.
Para isto primeiro colocamos a Tabela de atributos da camada “Political” em edição e adicionamos a informação do caminho onde salvamos as imagens do campo “Shield”. Algo do tipo:
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Arryn.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Baratheon.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Greyjoy.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Martell.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/NightsWatch.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Stark.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Tully.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Lannister.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Targaryen.PNG
- /home/user/Área de Trabalho/Shields/Tyrell.PNG
A Tabela ficará do seguinte modo:
Da mesma forma que fizemos anteriormente, redefinimos o hyperlink indicando que o campo é “Shield” e a ação “Vincular com arquivos de imagem”:
Ao utilizarmos a ferramenta “Hyperlinks”, cada vez que clicarmos sobre um elemento da camada “Political” será aberta uma imagem com o escudo da Casa correspondente. Assim, se clicarmos em “The Westerlands” (Terras do Oeste) aparecerá o escudo dos Lannister:
E como nós também pagamos nossas dívidas, convidamos você para não perder o próximo artigo deste curso de SIG tão peculiar.
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (V): Edição de tabelas
Continuamos com o mini-curso de introdução ao SIG com Game of Thrones. No artigo de hoje começaremos a revisar as ferramentas de edição alfanumérica. Iniciando da camada “Political” que contém os reinos do continente denominado “Westeros” ou “Os Sete Reinos” vamos completar a informação alfanumérica original com a frase da casa reinante e dos campos que servirão para vermos (em um próximo exercício) como funciona a ferramenta de “Hyperlinks”.
Preparados?
Depois de abrirmos nosso projeto, ativamos a camada “Political” e abrimos sua tabela de atributos, como vimos anteriormente no exercício “Tabelas”. Esta tabela de atributos tem 3 campos: id, name (nome do reino) e ClaimedBy (Casa dominante). Vamos começar a edição e adicionar 3 campos adicionais.
Para começar a edição vamos ao menu “Tabela/Iniciar edição” ou clicamos no ícone correspondente:
Se a Vista estiver visível podemos conferir que o nome da camada (“Political”) assumiu a cor vermelho, o que nos mostra que a mesma está em edição.
Vamos adicionar as 3 colunas, uma a uma. Existem várias formas de fazer isto, vamos a ver a mais simples, utilizando a ferramenta do menu “Tabela/Adicionar coluna” ou seu ícone correspondente:
Ao clicarmos no ícone aparecerá uma nova janela na qual devemos definir: o nome do campo, o tipo, o tamanho (número de caracteres permitidos), precisão (somente para campos numéricos) e valor padrão (opcional, se não for preenchido as células aparecerão vazias).
Os valores dos 3 campos novos a criar serão:
- Nome: Words, Tipo: String, Tamanho: 50
- Nome: Shield, Tipo: String, Tamanho: 100
- Nome: Web, Tipo: String, Tamanho: 100
Após adicionarmos os 3 campos nossa tabela ficará assim:
Agora já podemos passar a preencher com valores as células de cada um deles. Para isto basta dar um duplo clique na célula na qual queremos adicionar dados e começar a escrever. Com este procedimento vamos preenchendo cada uma das células.
Para o campo “Words” adicionaremos as seguintes frases para cada uma das Casas Reinantes:
- Tully: “Family, Duty, Honor”
- Stark: “Winter is Coming”
- Greyhoy: “What Is Dead May Never Die”
- Martell: “Unbowed, Unbent, Unbroken”
- Baratheon: “Ours is the Fury”
- Arryn: “As High as Honor”
- Lannister: “A Lannister Always Pays His Debts”
- Targaryen: “Fire and Blood”
- Tyrell: “Growing Strong”
O resultado deve ser similar a este:
Como já comentamos, os outros dois campos serão trabalhados em no próximo exercício, relacionado com os hyperlinks. Por ora finalizamos a edição da tabela no menu “Tabela/Terminar edição” ou clicando em seu ícone correspondente:
Antes de finalizar é importante comentar que há uma ferramenta que nos permite editar os valores alfanuméricos dos elementos de uma camada a partir da Vista. Em algumas ocasiões esta característica pode nos economizar tempo em nossas tarefas de atualização de dados.
Para experimentá-la, devemos abrir nossa Vista e, com a camada “Political” ativada, clicamos no ícone “Editor de atributos”:
Em seguida, devemos clicar no elemento a editar e será aberta uma janela com seus atributos alfanuméricos, onde poderemos modificá-los.
Experimente e comprove o seu funcionamento. Para terminar, devemos clicar no ícone “Terminar edição”, dessa mesma janela.
Continuaremos aprendendo no próximo artigo…
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (IV): Ferramentas de Seleção
As ferramentas de seleção são muito importantes em qualquer SIG, entre outras razões, porque há muitas ferramentas que são executadas sobre os elementos selecionados. Além disso, servem também para localizarmos facilmente elementos com determinadas características.
Como vimos no artigo sobre Tabelas, quando selecionamos elementos de uma camada, os mesmos também são selecionados em sua tabela de atributos (e vice-versa).
As ferramentas de seleção podem ser encontradas no menu “Seleção” ou em sua barra de ícones correspondente:
A maior parte das ferramentas de seleção são gráficas e seu funcionamento é similar (e muito simples). Vamos explicar este funcionamento e os incentivamos a experimentar as diferentes ferramentas de seleção gráfica.
Geralmente para aplicar as ferramentas de seleção gráfica devemos clicar com o botão primário do mouse sobre o ponto de início da seleção, arrastrar e soltar para finalizar a seleção. No caso da seleção por polígono, por exemplo, clicamos em cada vértice do polígono e damos um duplo clic para finalizar a seleção. No caso da seleção simples apenas precisamos clicar uma vez sobre o elemento para selecioná-lo.
Para adicionar entidades a uma seleção existente, devemos manter pressionada a tecla “Control” enquanto selecionamos as entidades. Para remover uma ou mais entidades de uma seleção de várias entidades, devemos manter pressionada a tecla “Control” e clicar nas que desejamos remover. Os elementos selecionados são mostrados na cor amarela.
Já experimentou?
Vamos ver agora, com mais detalhes, as ferramentas de seleção não gráficas. Antes de começar, abra novamente o projeto de “Game of Thrones”…
Seleção por atributos
Esta ferramenta se encontra no menu “Seleção/Seleção por atributos” ou através do seu ícone:
Permite selecionar entidades através de uma consulta de atributos.
A interface é a seguinte:
- Campos. Listagem dos campos de atributos da camada. Ao darmos um duplo clique em um campo o incorporamos à consulta de seleção.
- Operadores lógicos. Permite inserir, clicando sobre eles, uma expressão lógica à consulta.
- Valores conhecidos. Mostra uma lista com os diferentes valores que constam no campo selecionado. Ao fazer duplo clique sobre um valor o incorporamos à consulta.
- Consulta. Área onde é representada a consulta a executar. Permite escreve-la diretamente.
Opções de seleção:
Novo conjunto. Cria uma nova seleção.
- Adicionar ao conjunto. Adiciona à seleção já existente o resultado da nova consulta.
- Selecionar do conjunto. Cria a seleção a partir do conjunto selecionado. Realiza a consulta sobre os elementos previamente selecionados e não sobre toda a camada.
Agora vamos aplicar a ferramenta de “Seleção por atributo” para selecionar todos os castelos de nossa cartografia. Para isto ativamos a camada “Locations” (clicamos sobre ela e seu nome ficará em negrito). Abrimos a ferramenta de “Seleção por atributo” e realizamos a seguinte consulta: type = ‘Castle’
Ao clicarmos no botão de “Novo conjunto” serão selecionados todos os castelos da camada. Agora já podemos consultar a tabela de atributos da camada para comprovarmos (conforme visto no exercício “Tabelas”) ou podemos navegar pela Vista para vermos a localização destes castelos (conforme visto no exercício “Ferramentas de navegação”).
Seleção por camada
Esta ferramenta está disponível no menu “Seleção/Seleção por camada” ou em seu ícone correspondente:
Permite selecionar elementos de uma camada em função de sua relação espacial com elementos de outra camada.
A interface é a seguinte:
- Selecionar das camadas ativas os elementos que… Menu suspenso que permite indicar o método de seleção.
- Elementos selecionados da camada. Permite selecionar através de um menu suspenso a camada com a qual faremos a relação espacial. Essa camada deve ter selecionados os elementos que queremos que sejam considerados. Se quisermos que a relação espacial seja sobre toda a camada deveremos ter selecionados todos os elementos dessa camada.
- Opções de seleção. Similares às de “Seleção por atributos”.
Vamos fazer um exercício que consiste em selecionar todos os elementos da camada de localizações (“Locations”) localizados no reino das Terras do Oeste (“The Westerlands”). Para isto ativamos a camada “Political” que contém os diferentes reinos de Game of Thrones e utilizando a ferramenta de “Seleção por atributos” realizamos a seguinte consulta: name = ‘The Westerlands’
Também poderíamos ter selecionado o polígono graficamente, mas assim repassamos a ferramenta que acabamos de conhecer. O resultado será:
Já temos o elemento selecionado de nossa camada de referência. Agora ativamos a camada “Locations” e clicamos a ferramenta de “Seleção por camada”. Na janela que se abre indicamos o seguinte:
Clicamos no botão “Novo conjunto” e como resultado serão selecionadas todas as localizações contidas em “The Westerlands”:
Até o próximo artigo…
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (III): Ferramentas de navegação
Quando falamos em ferramentas de navegação nos referimos àquelas que nos permitirão percorrer a cartografia e aqui estão incluídos desde os típicos zooms para aproximar e afastar a imagem (isto é, para alterar sua escala de visualização) até outras ferramentas mais elaboradas.
Neste artigo veremos estas ferramentas, detendo-nos naquelas menos conhecidas e, sem dúvida, muito úteis.
As ferramentas de navegação estão agrupadas no menu Vista, submenu Navegação, estando também disponíveis como ícones.
Não vamos entrar em detalhe no funcionamento das ferramentas básicas porque são muito intuitivas e seu uso é similar ao de outras aplicações gráficas. Por ordem de aparecimento na barra de ícones temos as ferramentas básicas de navegação: deslocamento, ícones para aproximar e afastar a área de visualização, zoom na extensão máxima que ocupa a cartografia, voltar a um enquadramento anterior, mostrar a extensão máxima dos elementos selecionados, e três ferramentas mais avançadas ou de uso menos comum: gerenciador de enquadramentos, centralizar a Vista sobre um ponto e localizador por atributo. Aprender a manejar as ferramentas básicas é tão simples como clicar em cada uma delas e interagir com a Vista, portanto não vamos comentar diretamente as outras ferramentas.
Antes de começar, abrir o último projeto salvo como resultado do exercício anterior.
A primeira coisa que faremos é adicionar duas novas camadas (revise o primeiro exercíciose tiveres dúvidas): “Wall” e “Locations”.
Já temos o muro e localizações importantes (cidades, castelos,…) em nosso projeto.
Se clicarmos com o botão secundário do mouse sobre a camada “Wall” e selecionarmos “Zoom na camada” veremos a extensão máxima que ocupa o muro.
Podemos observar que a camada “Locations” alterou sua simbologia para este nível de zoom; o gvSIG permite fazer este tipo de legendas que se alteram em função da escala.
Agora vamos a utilizar a ferramenta “Localizador por atributo”, que pode ser encontrada no menu “Vista/Navegação/Localizador por atributo” ou por seu ícone correspondente.
Esta ferramenta permite centralizar a Vista no elemento ou elementos de uma camada que tenham um determinado atributo. Em nosso caso vamos utilizá-la para visitar algumas localizações destacadas de Game of Thrones. Ao selecionar esta ferramenta será aberta uma nova janela na qual podemos selecionar, através de menus desdobráveis, a camada, o campo e o valor que queremos localizar.
Podemos localizar, por exemplo “Winterfell”.
Outra ferramenta de navegação pouco conhecida e muito útil é o “Gerenciador de enquadramentos”, que permite guardar um enquadramento para uma determinada zona da Vista com o fim de voltar nela a qualquer momento.
Esta ferramenta está disponível no menu “Vista/Navegação/Gerenciador de enquadramentos“ ou em seu ícone correspondente.
Será aberta uma nova janela, na qual podemos dar um nome ao enquadramento que queremos salvar e, ao clicarmos em “Salvar”, o adicionará à lista de enquadramentos favoritos. Como estamos em “Winterfell”, vamos salvar este enquadramento. Agora repetimos a ação de “Zoom na camada” com a camada de “Wall” e guardamos o novo enquadramento. Podemos salvar tantos enquadramentos quanto quisermos. Se os passos foram seguidos corretamente teremos algo assim:
Agora cada vez que queremos voltar a um destes enquadramentos teremos apenas de clicar no botão de “Gerenciador de enquadramentos” para que apareça esta janela. Selecionar na listagem o enquadramento que queremos utilizar e clicar no botão “Selecionar”.
Com esta ferramenta acabamos este visita rápida às ferramentas de navegação. Já podemos percorrer e explorar nosso mapa de Game of Thrones.
Não se esqueça de salvar o seu projeto. Nos vemos no próximo artigo…
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (II): Tabelas de atributos
Continuamos com este mini curso de introdução aos Sistemas de Informações Geográficas com Game of Thrones. Hoje iremos ver como acessar a tabela de atributos de uma camada.
Em primeiro lugar abrimos nosso projeto, que salvamos depois de finalizar o primeiro exercício. Na continuação vamos adicionar uma nova camada (tal como vimos no primeiro exercício), denominada “Political” e que contém os diferentes reinos do continente de “Westeros”, também conhecido por “Sete Reinos”. A nova camada tem uma legenda que a mostra sem preenchimento e com uma linha de borda de cor preta e mais grossa.
Para ver a informação alfanumérica contida nesta camada clicamos com o botão direito sobre o nome da camada na Tabela de Conteúdos. Será aberto um menu no qual devemos selecionar a opção “Tabela de atributos”.
A tabela de atributos nos mostra a informação sobre a divisão política do continente, com o nome dos diferentes territórios e suas casas governantes:
As regiões são Dorne, Stormlands (Terra da Tormenta), The Reach (O Domínio), Crownsland (Terra da Coroa), The Westerlands (Terras do Oeste), The Vale (O Vale de Arryn) e Riverlands (Terra dos Rios). Completam os territórios do continente The Iron Islands (As Ilhas do Ferro), The North (O Norte), as zonas New Gift e Bran’s Gift da Guarda da Noite e a área de mais além do muro. Em outro exercício veremos como editar esta tabela e completá-la com as casas governantes em diferentes momentos da saga.
Algo importante que devemos saber é que a tabela de atributos e a camada com elementos gráficos são duas formas de ver a mesma informação. Cada linha da tabela corresponde a uma geometria (linha, ponto ou polígono, segundo o caso na camada). Uma forma muito gráfica de ver isto é selecionando um elemento na Tabela de atributos; para isto devemos clicar sobre a linha que queremos selecionar. De forma automática será selecionada também a geometria correspondente.
Por exemplo, se selecionarmos a linha da região The North, obteremos esta seleção gráfica:
Podemos ir selecionando as diferentes linhas da Tabela e ver sua correspondência na cartografia. Se quisermos eliminar qualquer seleção devemos utilizar a opção “Limpar” do menu “Seleção” ou seu ícone correspondente:
Simples, não é verdade? Não se esqueça de salvar o projeto, e continuaremos aprendendo no próximo artigo.
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Aprendendo SIG com Game of Thrones (I): Adicionar dados a um projeto
Esta série de artigos pretende que, sem conhecimentos prévios e através de uma série de exercícios práticos, aprendamos a trabalhar com um SIG (Sistema de Informações Geográficas). Para tornar mais amena a aprendizagem vamos utilizar uma série de camadas relacionadas com o mundo ficcional de Game of Thrones (também conhecido no Brasil como Crônicas de Gelo e Fogo). Como software utilizaremos o gvSIG Desktop, um SIG livre utilizado em mais de 160 países. Serão artigos muito simples e iremos pouco a pouco nos aprofundando nas ferramentas fundamentais de um Sistema de Informações Geográficas. Começaremos hoje com algo muito básico, adicionar arquivos com dados cartográficos.
Tanto os instaladores como as versões portables para os diferentes sistemas operacionais podem ser baixados na página web da Associação gvSIG. Se ocorrer qualquer problema com a instalação ou com o uso do software você pode utilizar a lista de usuários para se comunicar com o restante da comunidade e receber suporte.
Os dados que utilizaremos durante esta série de artigos podem ser descarregados aqui.
Em primeiro lugar, abrimos nosso gvSIG. Veremos a interface com os seguintes componentes:
- Barra de menus.
- Barra de ícones.
- Gerenciador de projeto. Permite gerenciar todos os documentos que compõem um projeto.
- Área de trabalho. Neste espaço podemos ter abertos os diferentes documentos de um projeto e trabalhar com os mesmos.
- Barra de status. Espaço destinado a fornecer informações ao usuário.
O documento que nos interessa é o chamado “Vista”. Permite trabalhar com dados gráficos. Em uma Vista a informação geográfica é representada como um conjunto de camadas.
Por padrão o documento “Vista” está selecionado (está destacado), e tão somente precisamos clicar no botão “Novo” que aparecerá uma nova Vista. Maximizamos a janela.
Agora vamos adicionar camadas na nossa Vista. Para isto simplesmente devemos clicar no botão de “Adicionar camada”, que pode ser encontrado no menu “Vista” ou no ícone:
… e será aberta uma janela com várias abas, que nada mais são do que as diferentes fontes de informação cartográfica possíveis de serem utilizadas no gvSIG (vamos nos ater à primeira, “Arquivo”).
Vamos acionar o botão “Adicionar” para carregar nossa primeira camada. Para isso, vamos buscá-la em nossa pasta de dados, selecionando o arquivo “Land.shp”. Este arquivo (você pode comprovar através de um navegador de arquivos) está acompanhado de um outro denominado “Land.gvsleg”, que contém uma legenda predefinida. Por tanto, será carregado com a cor verde e sem fundo (mais adiante veremos em outro artigo como alterar uma legenda). Representa a zona de terra conhecida de Game of Thrones. Na parte esquerda da Vista (denominada Tabela de conteúdos), podemos conferir como aparece o nome da camada com sua legenda.
Clicando sobre o nome da camada com o botão direito aparecerá um menu contextual que inclui a opção “Adicionar ao localizador”. Selecionamos ela e veremos que a mesma camada aparecerá no canto inferior esquerdo. O localizador mostrará em um retângulo vermelho a área visível da Vista.
Agora que já sabemos como adicionar camadas, vamos adicionar as camadas Islands, Landscape, Lakes, e Rivers. Arrastando e soltando cada uma das camadas na Tabela de conteúdos podemos alterar sua ordem de visualização. Com isto, já teremos um mapa físico de Game of Thrones.
Por último vamos alterar a cor de fundo da Vista de branco para um tom azulado, o que nos permitirá identificá-lo visualmente como o mar. No menu “Vista” selecionamos a opção “Propriedades”. Na nova janela que se abre veremos que há uma opção que nos permite alterar a cor de fundo.
O resultado final será similar a esse:
Salvem o projeto e nos vemos no próximo exercício…
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Composição de bandas de imagens Landsat-8 no gvSIG 2.x
Buenas, pessoal!
Recebemos um pedido de um tutorial sobre composição de bandas de imagens Landsat-8 com o gvSIG 2.x, e resolvemos experimentar um novo formato. Dividimos o tutorial em dois vídeos:
No primeiro, explicamos como reprojetar as bandas da imagem Landsat-8, já que as mesmas estão originalmente orientadas para o Norte verdadeiro (neste exemplo, WGS 84 UTM 21 N, EPSG 32621), e precisamos reprojetá-las para o sistema de referência que iremos trabalhar (SIRGAS 2000 UTM 22 S, EPSG 31982), conforme podemos ver no vídeo:
No segundo vídeo, mostramos como inserir as bandas da imagem do Landsat-8 para fazer uma composição (no exemplo, Cor Natural, bandas 4, 3 e 2), como recortar essa imagem a partir de um arquivo shape (limite de um município) e como salvar o raster resultante.
Maiores informações sobre as diferentes combinações de bandas de imagens do satélite Landsat-8 podem ser encontradas no artigo Landsat-8: Novas Combinações de Bandas e Informações Técnicas, do nosso blog parceiro Processamento Digital.
Espero termos resolvido as dúvidas do questionamento que originou esse artigo, e nos colocamos à disposição para maiores esclarecimentos. Podem usar os comentários deste artigo para postar as suas dúvidas, que responderemos.
Peço desculpas pelo vídeo sem som. Com o tempo iremos melhorando...
Tags: composição-de-bandas, geoprocessamento, gvSIG, PDI, tutorial
5as Jornadas Brasileiras de gvSIG – Palestra: Utilização do gvSIG para análise das variáveis população, renda e densidade demográfica nos limites dos setores censitários
Buenas, pessoal!
Volto a postar por aqui, trazendo neste momento o vídeo de uma das palestras que foi ministrada durante a realização das 5as Jornadas Brasileiras de gvSIG. Trata-se da palestra “Utilização do gvSIG para análise das variáveis população, renda e densidade demográfica nos limites dos setores censitários”, e foi ministrada pelo Jorge Santos, do blog Processamento Digital, e parceiro e colaborador de longa data do nosso blog.
Nessa palestra, o Jorge nos mostra como pesquisar os dados do Censo 2010 no site do IBGE, como preparar os dados para serem analisados, e como analisar as informações obtidas utilizando o gvSIG.
Aproveitem o vídeo, e nos vemos em breve!
Tags: gvSIG, geoprocessamento, Jornadas, tutorial
Calculadora de campos no gvSIG – um exemplo rápido
Buenas, pessoal!
Uma dica rápida hoje, que surgiu a partir de uma dúvida que apareceu na Lista Internacional de Usuários de gvSIG: como fazer a rotulagem das feições de um mapa a partir de dois campos da tabela de um shape. Por exemplo, se temos um determinado shape de municípios, e em sua tabela de atributos temos armazenado em um campo o nome do município, e em outro campo o número de casos de um determinado evento que estamos monitorando, e queremos mostrar em nosso mapa essas informações em um único rótulo, no formato “Nome do Município (Número de casos)“.
Para resolvermos esta situação de um modo rápido, vamos lançar mão da Calculadora de Campos do gvSIG, uma ferramenta poderosa que serve para efetuarmos operações com os valores dos campos das tabelas no gvSIG, e que pode facilitar nossa vida em muitos momentos!
Considerando NOMMUN_ a coluna de nome dos municípios, NUMCAS_ a de número de casos, e ROTMC o novo campo para rotulagem, que deveremos criar como do tipo string e com comprimento suficiente para conter todos os caracteres do campo NOMMUM_ mais o número de caracteres do campo NUMCAS_ (que é numérico, e cujo tamanho portanto vai variar conforme o número máximo de casos – ex.: se forem na ordem de 1.000.000 de casos, você teria que reservar no mínimo 7 caracteres para esse campo). Entre no modo de edição, clique no nome da coluna ROTMC, clique no ícone da Calculadora de Campos (ou em menu Tabela > Calculadora de Campos),e você poderá usar a seguinte expressão:
[NOM_MUN] + " (" + toString([NUM_CAS]) + ")"
O que estamos utilizando nessa expressão? Estamos concatenando no campo ROTMC, o nome do município, que está armazenado em [NOMMUN], com a string _” (“, mais o número de casos, armazenado em [NUMCAS], que estava no formato numérico e está sendo convertido para o formato de string pela função _toString(), e, finalmente, acrescentamos a string “)”, que encerra nosso rótulo. Com isso, se tivermos em NOMMUNo valor _São Borja e em NUMCAS_ o valor 429, obteremos em ROTMC o valor São Borja (429), com o qual poderemos fazer a rotulagem do nosso mapa como proposto no início deste artigo.
Lembrando que deveremos remover qualquer seleção antes de aplicar a expressão da Calculadora de Campos, ou a mesma será aplicada apenas aos elementos selecionados. Como os números foram convertidos para string, não haverá formatação de separador de milhares; para tanto, seria necessário criar uma máscara, mas isso já complica as coisas e foge do escopo desse microtutorial…
Se você quiser saber mais sobre a Calculadora de Campos do gvSIG, pode acessar os artigos anteriores, onde já falamos sobre essa importante ferramenta:
- Calculadora de Campos no gvSIG – Introdução (#SLGeoTbFaz)
- Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com textos – parte 1
- Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com textos – parte 2
- Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com textos – parte 3
- Exemplo prático do uso da Calculadora de Campos no gvSIG
- Errata no Exemplo Prático do Uso da Calculadora de Campos no gvSIG
Em breve estaremos publicando mais tutoriais sobre este assunto.
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Criando um mapa de localização no gvSIG – Parte 3
E chegamos ao ponto máximo do nosso artigo! Na primeira parte, obtemos e preparamos os dados que queremos mostrar no nosso mapa de localização; na segunda parte do artigo, preparamos as Vistas que serão mostradas no mapa de localização; e agora, finalmente, vamos à pratica com o modo Mapa do gvSIG. Lembrando que nosso objetivo final é publicar um mapa semelhante a esse:
Resultado final do mapa de localização executado através do gvSIG
Para começar, vamos abrir o projeto que salvamos ao final do último artigo. Você deverá ter uma área de trabalho semelhante a essa:
Situação atual do trabalho
Acesse o modo Mapa do gvSIG, clicando no ícone Mapa na janela do Gerenciador de projetos.
Modo Mapa no Gerenciador de projetos
Ao clicarmos no botão “Novo“, abrirá a janela Configurar página:
Configurando a página
Vamos estudar um pouco as opções:
- Em Tamanho da página, vamos selecionar A4. As opções vão de A0 a A4, ou personalizado, quando podemos utilizar a próxima opção para digitar manualmente a Largura e a Altura da nossa página (não usei esta última opção porque ela tem um pequeno bug que não permite selecionar a Orientação da página).
- Em Orientação, vamos selecionar a orientação da página, se em modo paisagem (Horizontal) ou modo porta-retrato (Vertical). Para este mapa selecionei Horizontal, mas, se você selecionar Vertical com um Tamanho de página A4, irá obter a mesma largura de página que tem uma folha tamanho A5, conforme usada no post do Narcélio de Sá, citado na primeira parte deste artigo.
- Em Resolução do resultado, vamos selecionar a qualidade de impressão da nossa página, que pode ser:
- Baixa: 72 pontos por polegada, ideal para ser usado para exibição em páginas web ou como rascunho;
- Normal: 300 pontos por polegada, adequada para impressões gerais, que é a qualidade que vamos selecionar neste trabalho; e
- Alta: 600 pontos por polegada, adequada para impressões de alta qualidade, e em grandes formatos.
- Na próxima seção, podemos decidir qual Vista vamos inserir no nosso Mapa quando aberto pela primeira vez. Muito interessante se queremos inserir apenas uma Vista, vamos deixar desmarcado desta vez, pois vamos trabalhar com várias Vistas em um mesmo Mapa.
- E na última seção, Personalizar margens, podemos personalizar as margens da nossa página, de modo a refletir nossas configurações. Deixei 3,0 cm na margem esquerda e 2,0 cm na margem direita, que são os padrões para artigos na norma ABNT.
Definidas as configurações da página do nosso Mapa, podemos clicar em Aceitar, e abrirá a janela do modo Mapa. Ainda no Gerenciador de projetos, podemos Renomear o nosso mapa, para facilitar a identificação.
Área de trabalho do modo Mapa
Podemos notar que o gvSIG coloca uma moldura na nossa folha, delimitando a área útil definida pelas margens que configuramos anteriormente.
Vamos agora inserir a nossa Vista Estado no mapa. Para tanto, acesse o menu Mapa > Inserir > Vista, ou clique no ícone Inserir Vista da barra de ferramentas. Em seguida, clique na página, no local onde deseja inserir a Vista. Será aberta uma nova janela, onde poderemos definir as Propriedades do marco da Vista:
Janela Propriedades do marco da Vista
Vamos selecionar a Vista Estado, que é a que queremos inserir neste momento. Se você ainda não aplicou Transparência ao fundo da Vista, conforme explicado na segunda parte deste artigo, poderá clicar no botão Configurar Vista e fazer esse procedimento agora. Não é necessário alterar as demais configurações. Podemos clicar no botão Aceitar para inserirmos a Vista no nosso Mapa.
Inserindo uma Vista no Mapa
Podemos notar que a Vista é inserida com vários pontos de manipulação, que aparecerão ao redor da Vista sempre que ela estiver selecionada. Quando a Vista estiver neste modo, poderemos movê-la e redimensioná-la utilizando estes manipuladores. Vamos aproveitar para reposicionar esta Vista no canto esquerdo da página, e aumentarmos o tamanho de modo que possamos visualizar o contorno do Estado.
Redimensionando a Vista
Notamos também a presença da Tabela de Conteúdos (ToC) no lado esquerdo da janela Mapa, onde podemos ver as camadas que estão presentes na Vista que está selecionada, e podemos alterar as suas configurações. Vamos fazer isso agora. Dê um duplo clique no símbolo logo abaixo da camada dos municípios da Mesorregião na ToC, e será aberta a sua janela do Seletor de simbologia, onde iremos alterar as configurações de simbologia da camada, para que o mapa seja melhor visualizado ao imprimí-lo.
Configurações de simbologia da camada
Nas Opções, continuamos a deixar desabilitada a Cor do preenchimento, e a Cor da bordatambém continua como preta. O que vamos alterar é a Largura da borda, que estava em “2,0” “Pixels” “no mundo”, vamos alterar para “0,50” “Milímetros” “no papel“. Com isso, vamos obter uma linha mais grossa, destacando a camada de municípios. Feita a alteração, basta clicar em Aceitar para que as alterações sejam aplicadas e voltemos para a janela Mapa.
Repita este procedimento, agora sobre a camada do Estado, alterando a Largura da borda para “0,25” “Milímetros” “no papel“, obtendo assim uma linha um pouco mais fina.
Terminamos de inserir a Vista Estado no nosso mapa. Vamos agora repetir esse procedimento para inserir as Vistas Mesorregião, Microrregião e Município no mapa, cuidando para repetir as alterações que fizemos na simbologia das camadas. Ao final, devemos ter nossa área de trabalho semelhante a essa:
Janela Mapa com todas as Vistas inseridas
Vamos agora deslocar nossas Vistas e redimensioná-las, para obter uma distribuição mais agradável. Se em algum momento você precisar que uma Vista sobreponha outra, você pode definir quem estará na camada superior selecionando a Vista e utilizando o menu Mapa > Gráficos > Colocar à frente ou Mapa > Gráficos > Colocar atrás. Na próxima imagem podemos visualizar o mapa com as Vistas melhor posicionadas:
Vistas posicionadas no Mapa
Depois de obter uma distribuição que nos agrada visualmente, vamos agora para os detalhes. Primeiramente, vamos fazer as linhas que ligam visualmente uma Vista à Vista anterior. Para isso, vamos usar a ferramenta Polilinha (menu Mapa > Inserir > Polilinha ou através do ícone Inserir polilinha da barra de ferramentas). Clicamos no primeiro ponto onde vamos inserir a polilinha, clicamos no segundo ponto, e em seguida clicamos com o botão direito e, no menu que se abre, selecionamos Finalizar. Teremos a nossa primeira linha traçada:
Traçando linhas com a ferramenta polilinha
Como podemos notar, a linha é criada já com os manipuladores vinculados a ela. Com um duplo clique sobre a linha abrimos a janela Propriedades do gráfico, onde devemos alterar a sua Cor para preta, e redefinir sua Largura para “0,40” “Milímetros” “no papel“, clicando em seguida em Aceitar.
Redefinindo propriedades da linha
Repetimos este processo, desenhando as demais linhas necessárias:
Todas as linhas adicionadas
Próximo passo: inserir os textos do nosso mapa. Devemos acessar o menu Mapa > Inserir > Texto, ou clicar no ícone Inserir texto da barra de ferramentas. Em seguida clicamos na janela Mapa, no local onde desejamos inserir o texto, e será aberta a janela Propriedades do texto, onde vamos inserir o texto que desejamos, e definir suas propriedades.
Janela Propriedades do texto
Digitamos o texto, selecionamos o alinhamento, digitamos o Tamanho da fonte e em seguida clicamos em Aceitar, e o texto será inserido em nosso Mapa.
Texto inserido no Mapa
Repetimos o processo com os outros textos, alterando o tamanho da fonte para obtermos o efeito desejado:
Todos os textos posicionados
E agora, vamos ao último detalhe do nosso mapa: a inserção da Rosa de Ventos. Acessamos o menu Mapa > Inserir > Norte, ou clicamos no ícone Inserir norte da barra de ferramentas. Em seguida, clicamos no local onde desejamos inserir a Rosa de Ventos no Mapa. Abrirá a janela Propriedades do marco de imagens, onde poderemos selecionar o modelo de Rosa de Ventos que queremos inserir, bem como em selecionar qual a Vista que a Rosa de Ventos será vinculada.
Selecionando a Rosa de Ventos
Selecionada a Rosa de Ventos que nos agrada, basta clicar no botão Aceitar, e ela será inserida no nosso Mapa.
Resultado final do trabalho
E está pronto o nosso Mapa de Localização! Agora, só falta imprimir o nosso trabalho (menu Mapa > Imprimir, ou através do ícone Imprimir da barra de ferramentas), ou ainda exportá-lo para PDF (esta opção só está disponível na barra de ferramentas, através do ícone Exportar para PDF).
Infelizmente não localizei a opção Exportar para JPG, ou Exportar para imagem. Parece que ainda não foi implantada nas versões 2.x do gvSIG. Enquanto essa característica não é implementada, você pode usar a ferramenta Exportar para PDF para gerar um arquivo PDF do mapa, abrindo depois este arquivo no GIMP, onde você pode gerar a imagem JPG sem problemas.
E chegamos ao final do nosso artigo. Já sabemos como gerar um Mapa de Localização no gvSIG. Espero que tenhamos aprendido um pouco mais a lidar com este excelente programa GIS Open Source. Qualquer dúvida, use os comentários!
Nos vemos em breve!
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, modo-mapa, tutorial
Criando um mapa de localização no gvSIG – Parte 2
Buenas, pessoal! Voltamos com a segunda parte do artigo sobre como elaborar um mapa de localização utilizando o compositor de Mapas do gvSIG.
Dando continuidade ao trabalho que iniciamos na primeira parte deste artigo, abra o projeto que salvamos no final do nosso trabalho. Devemos ter nele uma Vista nomeada Trabalho, onde estão as camadas Município, Microrregiões, Mesorregiões e Estado, referentes ao Estado do RS. Além disso, criamos também os arquivos shapes referentes às divisas do município de Ivorá, a Microrregião de Restinga Seca e a Mesorregião Centro Ocidental Riograndense, além dos arquivos shapes contendo os municípios abrangidos por essas Micro e Meso regiões. Com esses arquivos em mãos, podemos dar continuidade ao nosso labor. O próximo passo será definirmos as Vistas que farão parte do nosso mapa.
Definindo as Vistas que farão parte do mapa
Com o projeto restaurado, acesse novamente a janela do Gerenciador de projetos (“menu Exibir > Gerenciador de projetos” ou “Alt + P“). Selecione o Tipo de documento > Vista, e crie quatro novas Vistas, com as mesmas configurações da Vista já existente, renomeando elas para Estado, Mesorregião, Microrregião e Município. A nossa área de trabalho deverá ficar semelhante a essa:
Área de trabalho com as Vistas criadas
Agora vamos popular estas Vistas. Abra a Vista Estado, e adicione o shape do Estado do Rio Grande do Sul (baixado do IBGE) e o shape dos municípios abrangidos pela Mesorregião Centro Ocidental Riograndense. Altere as propriedades da camada, de forma que os polígonos fiquem sem preenchimento e com a cor da borda preta. Na camada referente aos municípios, selecione a Largura da borda em “2.0″ “pixels” “no mundo” para dar um destaque maior.
Definindo estilo para os polígonos
O resultado final deve ficar semelhante a esse:
Vista “Estado”
Em seguida, repita o processo na Vista Mesorregião, inserindo o shape da Mesorregião Centro Ocidental Riograndense (que foi exportada na primeira parte do artigo) e o shape dos municípios que são abrangidos pela Microrregião de Restinga Seca, aplicando os mesmos estilos da Vista anterior aos polígonos.
Vista “Mesorregião”
A próxima será a Vista Microrregião. Nela vamos inserir o shape da Microrregião de Restinga Seca e o shape do município de Ivorá, sempre repetindo os mesmos estilos anteriores.
Vista “Microrregião”
Finalmente, na Vista Município, vamos inserir apenas o shape do município.
Vista “Município”
E agora, um último detalhe, que é o “pulo do gato”, e que nos permitirá sobrepor as Vistas sem nos preocuparmos com o fato de que uma Vista poderia esconder outra Vista que estivesse abaixo dela. Vamos alterar a transparência da Cor de fundo da Vista. Para tanto, acesse novamente a seção Vista no Gerenciador de projetos, selecione a Vista Municípios, e clique no botão Propriedades. Será aberta a janela Propriedades da Vista. Nela, clique no botão “…” ao lado da opção Cor de fundo, para que possamos aplicar transparência à cor de fundo da Vista.
Janela “Propriedades da Vista”
Na janela Cor de fundo que se abre, clique na aba HSV, e na opção Transparência deixe o valor em 100%. Com isso, estamos deixando o fundo da nossa Vista totalmente transparente. Em seguida, clique em OK para aplicar os valores e fechar esta janela, voltando para a janela Propriedades da Vista, onde devemos clicar no botão Aplicar e em seguida no botão Aceitar.
Janela “Cor de fundo”
Esse procedimento deve ser repetido nas Vistas Estado, Mesorregião e Microrregião. Com isto, estaremos com todas as Vistas prontas para serem usadas na composição do nosso Mapa de Localização. Mas isso é assunto para a terceira parte do artigo…
Não se esqueça de salvar o projeto, para que possamos continuar a partir daqui. Nos vemos em breve!
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, modo-mapa, tutorial
Criando um mapa de localização no gvSIG – Parte 1
Buenas, pessoal!
Para marcar a volta às atividades no blog, nada melhor do que um artigo abordando o modo Mapa do gvSIG, esse incompreendido e muitas vezes mal falado compositor de mapas. A inspiração para o artigo veio através da postagem do Narcélio de Sá, que desenvolveu o tema de como criar um mapa de localização com muita desenvoltura utilizando as facilidades que o QGIS oferece através do seu compositor de mapas.
Muito embora o gvSIG não ofereça um modo de Mapa tão avançado, que disponibilize todos os recursos apresentados no referido artigo, ainda assim é possível criar um mapa de localização que não fica devendo nada para o que foi apresentado, como podemos conferir na imagem abaixo, que mostra o resultado final do nosso exercício:
Resultado final do mapa de localização executado através do gvSIG
Nesta primeira parte vamos tratar da obtenção dos arquivos necessários e da preparação das camadas e das Vistas que iremos utilizar para compor o nosso mapa. Na segunda parte deste artigo iremos tratar da composição do mapa em si, e dos “truques” que utilizamos para alcançar o nosso objetivo final.
Obtenção dos dados
Todos os arquivos utilizados para compor este mapa foram obtidos no site do IBGE, da malha digital de Municípios de 2014, que pode ser obtida acessando o ftp do IBGE. Estarei utilizando os arquivos referentes ao Rio Grande do Sul, mas sinta-se livre para baixar e utilizar os dados do seu Estado…
Dentro da pasta de cada Estado existem quatro arquivos compactados, contendo os arquivos shape referentes ao contorno do Estado, suas mesorregiões, microrregiões e a divisão municipal. Baixe todos os arquivos e descompacte na sua pasta de trabalho.
Preparação do ambiente de trabalho
De posse dos arquivos necessários, vamos começar a preparar nosso ambiente para montar as Vistas que serão usadas na composição do nosso mapa. Para isso, abra o gvSIG, crie um novo projeto e adicione uma nova Vista (pode deixar a projeção padrão, EPSG 4326 – WGS 84, que é muito semelhante a projeção SIRGAS 2000, utilizada pelo IBGE). Eu renomeei esta Vista como “Trabalho”.
Criada a Vista, acesse a mesma e vamos inserir os quatro arquivos shape que baixamos (“Vista > Adicionar camada“, ou “Alt + O” ou no ícone “Adicionar camada“). Pode adicionar os quatro arquivos simultaneamente.
Inserindo shapes na Vista de trabalho.
Para facilitar o trabalho, renomeie cada camada inserida na ToC (clique com o botão direito do mouse sobre o nome da camada na ToC, e clique na opção “Renomear“, de modo a refletir o que cada camada representa (Estado, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios).
Camadas renomeadas
Exportando feições selecionadas como shapes
Com isso preparado, podemos começar a separar os shapes que usaremos para compor os mapas. Em primeiro lugar, vamos separar o shape do município que iremos localizar no nosso mapa. Aqui, estou separando o município de Ivorá, RS. Selecione a camada dos Municípios na ToC, e deixe ela por cima das outras camadas, ou então desabilite a visão das outras camadas, para que possamos visualizar apenas a camada dos municípios.
Com a camada Municípios selecionada, utilize a ferramenta de seleção simples (“Seleção > Seleção simples“, ou o ícone “Seleção simples“) para selecionar o município desejado. Se estiver difícil de localizar o município desejado, utilize as ferramentas de Zoom para navegar na camada, e faça uso da ferramenta de consulta “Informação por ponto” (“Camada > Consulta > Informação por ponto” ou no ícone “Informação por ponto“), que mostra os atributos do ponto selecionado:
Utilizando a ferramenta de consulta “Informação do ponto”
Selecionado o município, vamos exportá-lo como arquivo shape individual através do menu “Camada > Exportar para…“, salvando o arquivo como “Ivora.shp” (para maiores detalhes sobre como exportar uma feição selecionada como arquivo shape, acesse o tutorial). Não é necessário inserir a camada resultante na Vista de trabalho.
Repita esse processo com a camada Microrregiões, salvando a Microrregião Restinga Seca, e com a camada Mesorregiões, salvando a Mesorregião Centro Ocidental Rio Grandense, que são as regiões onde está inserido o município objeto do nosso estudo.
Recortando camadas
Para que tenhamos um incremento visual em nosso mapa, vamos precisar recortar da nossa camada de municípios, os municípios que fazem parte da Microrregião Restinga Seca e da Mesorregião Centro Ocidental Rio Grandense. Para isso, vamos utilizar o geoprocesso Cortar, presente na Caixa de ferramentas de Geoprocessos do gvSIG.
Vamos começar pela Microrregião: habilite novamente a visualização da camada Microrregiões na ToC e, se ainda não estiver, posicione ela acima da camada Municípios, para que possamos vê-la na área de trabalho da Vista. Utilizando novamente a ferramenta de Seleção simples, clique na Microrregião Restinga Seca, para deixá-la selecionada. Em seguida, clique no menu Ferramentas > Geoprocessos > Caixa de Ferramentas, e dê um duplo clique no geoprocesso Cortar (Algoritmos > Geoprocessos do gvSIG > Camadas vetoriais > Cortar).
Janela do geoprocesso Cortar
Na janela do geoprocesso Cortar que se abre, defina os parâmetros para que sejam recortados os municípios da Camada de entrada Municípios, com a máscara da microrregião selecionada da Camada de recorte Microrregiões. Para maiores detalhes sobre o geoprocesso Cortar, visite o artigo Geoprocesso Cortar (Clip) no gvSIG 2.x.
Ao encerrar o geoprocesso Cortar, teremos inseridas na Vista três novas camadas: uma de linhas, uma de pontos, e uma de polígonos, que é a que nos interessa. Descarte as duas primeiras e exporte a camada de polígonos como Microrregiãomunicipios.shp_ através do menu Camadas > Exportar para…
Repita esse procedimento com a camada Mesorregiões, criando um shape dos municípios abrangidos pela Mesorregião Centro Ocidental Riograndense.
Terminada esta fase, temos todos os arquivos necessários para criarmos as Vistas que farão parte do nosso mapa de localização, mas isso é assunto para a parte 2 deste artigo. Salve o seu projeto para que possamos continuar do ponto onde paramos.
Nos vemos em breve!
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, modo-mapa, tutorial
Geoprocesso Cortar (Clip) no gvSIG 2.x
O geoprocesso Cortar (também conhecido como Clip) é utilizado quando queremos recortar uma camada vetorial (pontos, linhas e/ou polígonos) utilizando outra camada como área de recorte.
Para exemplificar este geoprocesso, vamos recortar os municípios que fazem parte de uma Microrregião do Estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, vamos usar duas camadas: a camada dos Municípios do RS, e a camada das Microrregiões do RS. Ambos os shapes podem ser obtidos no ftp do IBGE, na malha digital dos municípios.
Inseridas as duas camadas na Vista, vamos selecionar na camada das Microrregiões, a microrregião de nosso interesse (no caso, a Microrregião de Restinga Seca). Em seguida, abrimos o menu das ferramentas de geoprocessamento do gvSIG (menu Ferramentas > Geoprocessamento > Caixa de ferramentas), e clicamos no geoprocesso Cortar (Algoritmos > Geoprocessos do gvSIG > Camadas vetoriais > Cortar).
Acessando o geoprocesso Cortar
Abrirá a janela do geoprocesso Cortar, onde poderemos definir os parâmetros do recorte que queremos fazer:
Janela do geoprocesso Cortar
Na seção Entradas, selecionamos como Camada de entrada, a camada que desejamos recortar (Municipios, no nosso caso); como Camada de recorte, selecionamos a camada que servirá como máscara de recorte (Microrregiões, no exemplo).
Como queremos cortar da camada Municípios apenas aqueles municípios que fazem parte da Microrregião de Restinga Seca, selecionada anteriormente na camada Microrregiões, na seção Opções, selecionamos a opção “Feições selecionadas (Camada de recorte)“.
Obs.: Caso quiséssemos selecionar todas as feições da camada de entrada que são cobertas por todas as feições presentes presentes na camada de recorte, deixamos esta segunda opção sem selecionar (interessante quando temos apenas uma feição na camada de recorte). A primeira opção desta seção (“Feições selecionadas (Camada de entrada)“) serve para que sejam recortadas apenas aquelas feições que estão selecionadas na camada de entrada. Seria o caso, por exemplo, de que quiséssemos selecionar apenas alguns municípios que fazem parte da microrregião selecionada como máscara de recorte.
Finalmente, na seção Saídas, selecionamos os arquivos que queremos gerar. A opção padrão é Salvar em arquivo temporário, mas podemos selecionar ou criar o arquivo de saída clicando no botão “…” ao lada da opção. Podemos ver também que serão criados três tipos de arquivos vetoriais: Polígonos, Linhas e Pontos. Como neste caso só nos interessam os polígonos, criei apenas o arquivo shape correspondente. Mesmo assim, as outras duas camadas serão inseridas na ToC, devendo ser eliminadas posteriormente.
Clicando no botão “Aceitar” o geoprocesso Cortar é aplicado conforme os parâmetros definidos e as camadas criadas são inseridas na Vista atual.
Resultado final do geoprocesso Cortar
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, tutorial
Exportar feição selecionada no gvSIG 2.x
Este é um dos procedimentos básicos de qualquer GIS, e hoje vamos ver como fazer essa operação no gvSIG 2.x (o procedimento é semelhante para as versões anteriores do gvSIG, mudando apenas algumas partes na interface).
Para esse exercício, vamos utilizar o shape dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, que pode ser obtido na malha digital dos municípios, no ftp do IBGE. Inserido a camada em uma Vista do gvSIG, vamos selecionar o município de nosso interesse, que queiramos exportar para um novo shape contendo apenas as informações referentes daquela feição.
Tenha certeza de que a camada contendo a feição que você queira exportar está ativa na ToC, e em seguida, utilize a ferramenta de seleção simples (“Seleção > Seleção simples“, ou o ícone “Seleção simples“) para selecionar o município desejado.
Selecionando município a exportar
Se estiver difícil de localizar o município desejado, utilize as ferramentas de Zoom para navegar na camada, e faça uso da ferramenta de consulta “Informação por ponto” (“Camada > Consulta > Informação por ponto” ou no ícone “Informação por ponto“), que mostra os atributos do ponto selecionado:
Utilizando a ferramenta de consulta “Informação do ponto”
Conforme podemos verificar, estamos selecionando o município de Santa Maria para exportar. Podemos conferir que a feição está selecionada pelo fato da mesma mudar de cor (para amarelo, neste caso. A cor da feição selecionada pode ser alterada nas preferências).
Com a feição selecionada, vamos exportá-lo como arquivo shape individual. Para tanto, acessamos o menu “Camada > Exportar para…” e, na janela que se abre, selecionamos a opção “Formato shape“, clicando em seguida no botão “Seguinte“.
Janela “Exportar para…”
Na sequencia, abrimos o botão “…” para navegar até o nosso diretório de trabalho, e nomeamos o nosso novo arquivo (no caso, SantaMaria.shp), clicando no botão “Abrir” e depois, novamente em “Seguinte“.
Definindo o nome do arquivo a exportar
Na aba de “Opções de exportação” que se abre, cuidar para selecionar a opção “Os registros selecionados” na seção “Indique quais registros quer exportar”. Feito isso, basta clicar no botão “Exportar” para terminar o processo.
Exportando apenas as feições selecionadas
Ao clicarmos em “Exportar”, a exportação será realizada para o arquivo definido anteriormente e abrirá uma janela perguntando se queremos inserir a nova camada na Vista atual.
Definir se queremos inserir a nova camada na Vista atual
Definido se queremos ou não inserir a nova camada na Vista, podemos terminar o processo clicando em “Fechar” na janela de Exportação, com o que voltamos à janela da Vista onde estávamos trabalhando.
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, tutorial
[UPDATE] Experimentando a nova tradução para o pt-BR do gvSIG
Buenas, pessoal!
Assim que publiquei o post “Experimentando a nova tradução para o pt-BR do gvSIG“, recebi um retorno do Mario Carrera, da Associação gvSIG, alertando para o fato de que o pacote de traduções do gvSIG já foi criado e está disponível para download através do Gestor de Complementos (Addons Manager, para quem ainda não tem a versão traduzida), para os que já estão trabalhando com a Build 2227 do gvSIG 2.1.
Como o procedimento para a atualização de idiomas a partir do gvSIG 2.1 será feito desta forma (Gestor de Complementos), tomei a liberdade de fazer um update no tutorial, explicando esta implementação:
Em primeiro lugar, abra o gvSIG 2.1 (lembrando: somente para versões a partir da Build 2227), e acesse o menu Tools > Addons manager:
Será aberta a janela do instalador de pacotes (Install package), e deveremos selecionar a opção de instalação a partir de uma URL (Installation from URL), deixando a URL que já está presente. Em seguida, clicar no botão “Next”:
Após o gvSIG conseguir conectar com o servidor, a janela de seleção de pacotes disponíveis aparecerá. Clique no botão “Types”, para facilitar a localização do pacote de tradução:
Selecione o tipo de pacotes “translations”, para aparecer apenas os pacotes de traduções na lista de pacotes. Em seguida, selecione para instalação o último pacote de tradução disponível, e clique no botão “Next”:
Abrirá a janela de download. Clique no botão “Start download”, e será iniciado o download dos arquivos de tradução:
Quando o download terminar, clique no botão “Next” e, em seguida, no botão “Finish”:
Terminado o processo de instalação, receberemos um alerta de que as alterações somente terão efeito depois de reiniciarmos o gvSIG:
Depois de reiniciar o gvSIG, já poderemos desfrutar da interface traduzida para a nossa língua-mãe:
Por hoje é isso, pessoal! Agora vamos aguardar o lançamento da versão final do gvSIG 2.1!
Tags: gvSIG, geonews, tutorial, tradução
Experimentando a nova tradução para o pt-BR do gvSIG
Buenas, pessoal!
Uma pequena postagem, enquanto nos preparamos para voltar com “força total” (o que vai demorar mais alguns dias, infelizmente…).
Quem acompanha o gvSIG já deve estar sabendo que estamos próximos do lançamento da versão 2.1, que está chegando com muitas melhorias, tanto em estabilidade, quanto em recursos, comprovando o amadurecimento que toda a comunidade de usuários está aguardando ansiosamente.
Uma das melhorias que teremos nesta nova versão é a volta das traduções, que apresentaram vários problemas quando da migração do gvSIG da versão 1.12 para as versões 2.x, agora de uma maneira mais completa e abrangendo a totalidade do aplicativo. A Comunidade Brasileira de Usuários de gvSIG esteve envolvida nos últimos dias no trabalho de revisão e tradução das strings presentes no gvSIG, e esse trabalho já estará disponível no lançamento da versão final do gvSIG 2.1.
No entanto, se você é “curioso” e gostaria de experimentar a nova tradução, existe um “jeitinho”, que estaremos explicando a seguir:
Primeiramente, entre na página das versões em desenvolvimento do gvSIG, e baixe a última versão em desenvolvimento disponível para sua máquina (no momento que escrevo este post, é a Build 2227). Faça a instalação da nova versão (se não souber como, pode acompanhar este tutorial de instalação do gvSIG 2.0). Como é uma versão de testes, pode apresentar alguma instabilidade, então, se for utilizar como versão de trabalho, faça por sua própria conta e risco. Lembrando que você pode escolher uma pasta diferente do que a na qual você tem instalada a versão estável do gvSIG 2.1, o que te permitirá rodar as duas versões de forma independente.
Depois de instalado, precisamos fazer uma pequena operação manualmente: faça o download do arquivo zipado textptBR.properties. Depois de baixado, extraia o arquivo “textptBR.properties” e salve-o dentro da pasta de tradução da versão do gvSIG que você acabou de instalar. Vai depender um pouco de onde você salvou, mas no meu computador ela está localizada em “/gvSIG-desktop/gvSIG-desktop-2.1.0/i18n/translations.all/” (as pastas que não variam são as que estão em negrito, isto é, precisamos salvar dentro da pasta “translations.all“, que está dentro da pasta “i18n“, localizada dentro da pasta onde você instalou o gvSIG 2.1).
Feito isso, podemos abrir o gvSIG normalmente, e selecionarmos a linguagem “Português/Brasil” nas preferências (tutorial ultra-rápido: Menu Exibir > Configuração; na janela que abre, selecionar Geral > Idioma, ativar Português/Brasil e clicar em “Aceitar”)
Pronto! Já podemos desfrutar da nova tradução do gvSIG para o pt-BR! Você pode verificar, inclusive, que agora a tradução já é aplicada na mesma seção de trabalho, sem que sejamos obrigados a reiniciar o gvSIG para trabalharmos com os menus na linguagem selecionada. [Aqui cabe apenas uma ressalva: como essa característica ainda não foi totalmente implementada, algumas strings ainda não estarão traduzidas corretamente. Não se assuste: simplesmente reinicie o gvSIG, e a tradução completa estará lá. Isso está sendo corrigido para a próxima versão. Lembre-se que estamos apenas fazendo uma gambiarra para quem quer usar/conhecer a nova tradução antes que ela seja lançada oficialmente).
Buenas, por enquanto é só, pessoal! Note que ainda existem algumas áreas do gvSIG que permanecem sem tradução (notadamente as Ferramentas > Symbols, Scripting e Development), mas estamos trabalhando nisso!
Um abraço a todos, e até o próximo artigo… 😉
Tags: gvSIG, geonews, tradução, tutorial
Cálculo de área entre curvas de nível - voltando ao assunto
Buenas, pessoal!
A algum tempo atrás publicamos um tutorial sobre Cálculo de área entre curvas de nível, onde procuramos resolver uma dúvida que surgiu na lista de usuários do gvSIG através da aplicação de vários geoprocessos, e onde pudemos aprender várias técnicas do gvSIG. No entanto, no referido artigo trabalhamos com uma simplificação dos dados, e quando fomos trabalhar com dados “reais”, num segundo momento, percebemos que estavam ocorrendo alguns problemas com o procedimento, e não estava sendo gerado o resultado esperado.
Uma das vantagens de trabalhar em comunidade é que o conhecimento é compartilhado, bem como as tentativas de resolver os problemas que aparecem. E foi com a ajuda do Gustavo Agüero Córdoba, que mantém o excelente blog GvSig Consultores AA, que conseguimos não apenas resolver o problema que apareceu, mas também ampliar os conhecimentos não só sobre o gvSIG, mas também sobre os geoprocessos, o Sextante e outras ferramentas que estão disponíveis para a nossa utilização. O objetivo desse artigo é compartilhar esse conhecimento que foi gerado. Vamos aos fatos:
Revisando a questão geradora apresentada, nosso objetivo será calcular a área existente entre uma série de curvas de nível, que foram digitalizadas na forma de um arquivo shape de linhas. Para isso, teremos que transformar essas linhas em polígonos, para que seja possível medir a área.
Para trabalharmos com dados reais, estarei utilizando os arquivos shapes das curvas de nível do estado do Rio Grande do Sul, obtidos do DVD Base Vetorial Contínua do Rio Grande do Sul – Escala 1:50.000, material editado pelo Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da URGS. Por razões de direitos autorais, e também de tamanho do arquivo, não estarei disponibilizando o arquivo total, e sim apenas um arquivo com os shapes da área de interesse e as respectivas curvas de nível que estão contidas na área de interesse que iremos trabalhar.
Nessa primeira parte do tutorial iremos trabalhar no gvSIG passo-a-passo, executando cada um dos algoritmos necessários para alcançar o nosso objetivo. Em um próximo tutorial mostraremos como automatizar o processo através da execução de um modelo do sextante, que iremos criar.
Buenas… chega de conversa e vamos botar a mão na massa! Em primeiro lugar, vamos criar um projeto, e nele inserir uma nova vista, com projeção WGS84/UTM zone 22S (EPSG 32722), que é o sistema de referência utilizado pelo shape que iremos trabalhar. Nesta vista, inseri o shape das curvas de nivel do RS, e também o shape da área de interesse que queremos trabalhar, conforme pode ser visualizado abaixo:
Neste tutorial iremos utilizar apenas os geoprocessos disponibilizados pelo Sextante, muito embora alguns dos algoritmos também estejam disponíveis nas ferramentas de geoprocessamento do gvSIG.
O primeiro processo que iremos aplicar é o Cortar (ou Clip), para podermos selecionar apenas as curvas de nível que estão dentro da nossa área de interesse.
Para tanto, abrimos o Sextante e procuramos pelo geoprocesso Cortar (Clip). Na janela que abre, selecionamos a camada das curvas de nível como Camada a recortar, e a camada da área de interesse como Camada de recorte. Em seguida, selecionamos o local e o nome do arquivo que iremos gerar, no campo Camada recortada [vetorial], e clicamos em OK. O geoprocesso Cortar será aplicado, e teremos uma nova camada no nosso TOC, com o resultado: uma camada shape (vetorial) de linhas que representam as curvas de nível existentes na nossa área de interesse. A partir de agora podemos descartar a camada de curvas de nível total, e aproveitar para renomear a camada de resultado para algo mais significativo, de forma a não nos perdermos no processo. Lembramos que o arquivo que está disponibilizado para download contém exatamente esses dois shapes, portanto, você poderá executar o processo com esse material.
Muito bem. Teoricamente poderíamos aplicar o geoprocesso Poligonar linhas (Polygonize) diretamente sobre essa nova camada gerada, que teríamos o resultado que buscamos. Vejamos o que acontece. Primeiramente, os dados de entrada:
E o resultado obtido:
Como podemos ver, não obtivemos o que esperávamos! Mas, por quê? A resposta é simples, e está contida na descrição da rotina que utilizamos: “Este algoritmo converte linhas em polígonos, considerando apenas as bordas (limites ou fronteiras), as quais descrevem áreas fechadas, e sem retornar polígonos sobrepostos”. Ou seja: o algoritmo aplicado fez apenas o que ele foi programado para fazer… converteu apenas as linhas cujas áreas estavam fechadas. As demais não puderam ser transformadas em polígonos por não estarem fechadas.
Para contornarmos esse problema precisamos forçar o fechamento dessas curvas. Como fazer isso? Utilizando o polígono definido pela área de interesse, que contorna a nossa área, e unindo ele com as curvas de nível. Esse processo deve ser feito em dois passos, pois a área de interesse é um polígono, e precisaremos antes transformá-la em uma polilinha, para depois podermos finalmente uni-la com as curvas de nível. Para converter um polígono em polilinhas utilizaremos o geoprocesso… Converter polígono em polilinha (Polygons to polylines):
Na seção Entradas, Camada vetorial, definimos como camada de Polígono a ser convertida a camada que contém a área de interesse, e definimos em Resultados, Linhas [vetorial], o caminho e o nome para o arquivo shape que será gerado pelo algoritmo. Ao clicarmos em OK o geoprocesso será aplicado e obteremos como resultado uma nova camada, que contém a nossa área de interesse, agora como uma flamante polilinha:
Agora podemos passar para o próximo passo: juntar as duas camadas de polilinhas, de modo a forçar o fechamento das curvas de nível, utilizando o geoprocesso Juntar (Merge):
Na janela do algoritmo Juntar (Merge), na seção Entrada, Camada vetorial, definimos como Camada principal a camada que contém as curvas de nível, e como Camadas adicionais selecionamos a camada que geramos no passo anterior, contendo a nossa área de interesse transformada em polilinha. Ao clicarmos em OK o geoprocesso será aplicado e obteremos como resultado uma nova camada contendo a junção das duas camadas que especificamos:
Mais uma vez, teoricamente, agora já poderíamos aplicar o geoprocesso Poligonar linhas (Polygonize) e teríamos o nosso resultado esperado. Se os dados com os quais estivermos trabalhando estiverem corrigidos topologicamente, poderíamos estar acabando o nosso trabalho. No entanto, não é esse o caso, como pode ser visto na figura abaixo, que mostra o resultado da aplicação do algoritmo Poligonar linhas (Polygonize) na camada que obtemos no passo anterior:
Isso acontece porque os nossos dados não foram tratados topologicamente, conforme pode ser conferido na próxima figura, onde demos um zoom na área de curvas de nível e selecionamos algumas delas:
Como podemos observar, algumas linhas estão “rompidas”. São linhas que, embora pertençam a mesma curva de nível, estão separadas, mas não conseguíamos visualizar isso pela simples observação. Possivelmente esse erro foi gerado no processo de digitalização das curvas de nível. Para alcançarmos o nosso objetivo precisamos aplicar um algoritmo que consiga unir estas linhas, deixando assim o nosso arquivo topologicamente correto.
O algoritmo a ser usado neste caso será o Juntar linhas adjacentes (Join adjacent lines):
Na seção Entrada, Camada vetorial, definimos como Camada de entrada a camada que obtivemos no último passo realizado, isto é, a camada de polilinhas resultante da junção das curvas de nível com a área de interesse. Em Opções, definimos o valor de 1.0 para Tolerância. Por último, definimos em Resultados, Resultados[vetorial], o caminho e o nome que será usado para o shape resultante do processo. Clicamos em OK, e teremos o geoprocesso aplicado e obteremos no TOC uma nova camada, agora com as polilinhas das curvas de nível devidamente corrigidas.
Finalmente poderemos aplicar o geoprocesso Poligonar linhas (Polygonize) sobre a camada resultante:
E obteremos a nossa camada de polígonos, contendo a área entre as curvas de nível:
Se selecionarmos alguns dos polígonos poderemos comprovar que agora obtemos os mesmos corretamente:
No entanto, não obstantemente… ainda teremos um passo a realizar antes de calcularmos a área entre cada curva de nível:
Como havíamos comentado anteriormente, algumas curvas de nível tinham erros de restituição, o que gerava problemas de topologia. Ao corrigirmos esses erros com a junção de linhas próximas, conseguimos solucionar os problemas de topologia, mas algumas vezes a aplicação desse processo pode gerar alguns polígonos extras que, mesmo pequenos, alteram a área resultante. Como esse arquivo em que estamos trabalhando parece ter sido afetado por todas as instâncias possíveis da Lei de Murphy, também tivemos presente este problema, como podemos observar neste zoom da aplicação da área de interesse sobre a nossa camada de polígonos final (área em amarelo):
Para corrigir este problema basta aplicar novamente o geoprocesso Cortar (Clip), agora usando como Camada a recortar a camada de polígonos que acabamos de gerar, e como Camada de recorte, a camada que contém o polígono da área de interesse. Com isso, conseguimos delimitar os polígonos apenas dentro da área de interesse, conforme podemos visualizar abaixo:
Agora poderemos, finalmente, obter o dado que buscávamos no início do nosso tutorial: calcular qual a área dos intervalos entre as curvas. Para tanto, basta acessarmos o menu Camada > Adicionar informação geométrica e, na janela que se abre, selecionar em Camada a camada relativa aos polígonos das curvas de nível corrigidas e, em seguida, selecionar Área na coluna da esquerda e clicar na seta para a direita, de forma a passá-la para a coluna da direita.
Clicando em Aceitar, a informação referente a área de cada um dos polígonos será acrescentada na tabela de atributos do shape:
Sempre é interessante, em qualquer trabalho que façamos, comprovar a confiança dos resultados obtidos. Neste caso, essa comprovação está diretamente relacionada com a área total da nossa área de interesse. Sendo assim, é importante verificarmos se a soma das áreas das curvas de nível individuais é igual a área da nossa área de interesse (podem ocorrer pequenas variações para mais ou para menos, em virtude das abstrações que foram aplicadas, mas essas diferenças não podem ser significativas).
Para obtermos essa comprovação devemos utilizar uma das ferramentas que nos possibilitam obter a soma de um campo de uma tabela, como por exemplo, as estatísticas de tabela. Conforme podemos visualizar abaixo, no nosso caso está tudo “nos conformes” (a diferença está na :
Antes de encerrarmos essa parte do tutorial, cabe uma pequena mas importante observação: muito embora todos esses procedimentos tenham sido executado no gvSIG 1.12, eles podem ser completamente reproduzidos utilizando o gvSIG 2.0, pois todos os recursos aqui utilizados estão disponíveis e funcionais na nova versão do gvSIG.
E por hoje é só, pessoal! No próximo artigo veremos como utilizar o modelador do sextante para fazermos o mesmo processo de forma automatizada. Voltamos em breve!
Tags: geoprocessamento, geoprocessos, gvSIG, modelador, sextante, tutorial
gvSIG: Processamento em Lote no Sextante
Conheça algumas ferramentas do Sextante que podem ser utilizadas no pré-processamento de um Modelo Digital de Elevação (MDE). Neste tutorial em vídeo, vamos produzir alguns procedimentos manuais para tratamento do DEM. Os próximos vídeos farão uso do Processamento em Lote e Construtor de Modelos (Model Builder).
Assista o Vídeo no Youtube:
gvSIG: Processamento de um Modelo Digital de Elevação (MDE)
Informações Adicionais
Este tutorial foi realizado no gvSIG 1.12 Portable. Faça o download desta versão através do site oficial: http://goo.gl/wzep1 | Disponível para os Sistemas Windows e Linux.
Códigos EPSG Nacionais
É preciso conhecer o código EPSG associado a um Datum para definir a projeção da Vista (Viewer) e realizar operações de troca de projeções no gvSIG. No Brasil, os códigos EPSG mais utilizados foram catalogados na tabela abaixo.
CÓDIGO EPSG | PROJEÇÃO/DATUM |
4225 | GCS Corrego Alegre |
4618 | GCS SAD69 |
4674 | GCS SIRGAS 2000 |
4326 | GCS WGS84 |
22521 | Corrego Alegre / UTM zone 21S |
22522 | Corrego Alegre / UTM zone 22S |
22523 | Corrego Alegre / UTM zone 23S |
22524 | Corrego Alegre / UTM zone 24S |
22525 | Corrego Alegre / UTM zone 25S |
29168 | SAD69 / UTM zone 18N |
29188 | SAD69 / UTM zone 18S |
29169 | SAD69 / UTM zone 19N |
29189 | SAD69 / UTM zone 19S |
29170 | SAD69 / UTM zone 20N |
29190 | SAD69 / UTM zone 20S |
29191 | SAD69 / UTM zone 21S |
29192 | SAD69 / UTM zone 22S |
29193 | SAD69 / UTM zone 23S |
29194 | SAD69 / UTM zone 24S |
29195 | SAD69 / UTM zone 25S |
31972 | SIRGAS 2000 / UTM zone 18N |
31978 | SIRGAS 2000 / UTM zone 18S |
31973 | SIRGAS 2000 / UTM zone 19N |
31979 | SIRGAS 2000 / UTM zone 19S |
31974 | SIRGAS 2000 / UTM zone 20N |
31980 | SIRGAS 2000 / UTM zone 20S |
31981 | SIRGAS 2000 / UTM zone 21S |
31982 | SIRGAS 2000 / UTM zone 22S |
31983 | SIRGAS 2000 / UTM zone 23S |
31984 | SIRGAS 2000 / UTM zone 24S |
31985 | SIRGAS 2000 / UTM zone 25S |
32618 | WGS 84 / UTM zone 18N |
32718 | WGS 84 / UTM zone 18S |
32619 | WGS 84 / UTM zone 19N |
32719 | WGS 84 / UTM zone 19S |
32620 | WGS 84 / UTM zone 20N |
32720 | WGS 84 / UTM zone 20S |
32721 | WGS 84 / UTM zone 21S |
32722 | WGS 84 / UTM zone 22S |
32723 | WGS 84 / UTM zone 23S |
32724 | WGS 84 / UTM zone 24S |
32725 | WGS 84 / UTM zone 25S |
Sobre o GDAL
GDAL (http://www.gdal.org/) é uma biblioteca de dados geoespaciaais utilizada para interpretação e processamento de vários tipos de arquivos raster. As últimas versões do GDAL são atualizadas constantemente no site Mapserver and GDAL. Fiz um download de um executável para Windows 64 Bits e coloquei no Dropbox.
O GDAL opera através de linha de comando. Estes são os comandos utilizados no tutorial: http://goo.gl/0tfYH
Sobre o DEM Topodata
TOPODATA (http://www.dsr.inpe.br/topodata) é um MDE baseado no SRTM e processado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Possui Resolução Espacial de 30 metros com cobertura para o território brasileiro. Faça o download da Grade Topodata Escala 1:250.000 | http://goo.gl/jlTjM | Formato Shapefile.
Tags: gvSIG, sextante, geoprocessamento, tutorial
gvSIG: Construtor de Modelos do Sextante (Model Builder)
Olá pessoal,
Neste tutorial vamos conhecer o Construtor de Modelos do Sextante. Através deste modelador, é possível pode construir sistemáticos procedimentos para processamento de dados vetoriais e matriciais em cadeia.
O desafio consiste em estruturar tarefas de geoprocessamento de modo que diversas interações possam gerar produtos, e estes, novos dados. Ao executar o modelo, o operador tem a opção de manter ou suprimir os dados intermediários resultantes destas interações.
Para ser bem sucedido durante a construção dos modelos, é fundamental conhecer os algoritmos do Sextante para alcançar um resultado satisfatório. Nós utilizamos como exemplo as ferramentas para realizar uma conversão de Float 32 bits para Signed Integer 16 bits, Reprojeção, Mosaico e Cálculo de Estatísticas no Modelos Digitais de Elevação (MDEs). Utilize esta dica para construir modelos e agilizar suas tarefas de geoprocessamento.
Assista o Vídeo no Youtube:
Informações Adicionais
Este tutorial foi realizado no gvSIG 1.12 Portable. Esta versão pode ser acessada através do site oficial: http://goo.gl/wzep1 | Disponível para os Sistemas Windows e Linux.
Códigos EPSG Nacionais
No Brasil temos uma lista dos códigos EPSG mais utilizados. Acesse a lista através desse link: http://goo.gl/WLncr | É preciso conhecer o código EPSG associado a um Datum para definir a projeção da Vista (Viewer) e realizar operações de troca de projeções no gvSIG.
Sobre o DEM Topodata
TOPODATA (http://www.dsr.inpe.br/topodata) é um MDE baseado no SRTM e processado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Possui Resolução Espacial de 30 metros com cobertura para o território brasileiro. Faça o download da Grade Topodata Escala 1:250.000 | http://goo.gl/jlTjM | Formato Shapefile.
Tags: gvSIG, geoprocessamento, sextante, tutorial
Calculando a área entre curvas de nível
Buenas, pessoal!
O artigo de hoje foi inspirado em uma dúvida que surgiu na Lista de Usuários do gvSIG: como calcular a área entre curvas de nível. Explicando de forma simples, temos um shape com diversas curvas de nível (que são concêntricas, obviamente), e queremos calcular a área da superfície existente entre duas cotas das curvas de nível.
Para resolver essa questão, vamos lançar mão da ferramenta Sextante. No gvSIG 1.12 (e nas versões anteriores) o procedimento é o seguinte: Com o shape das curvas de nível selecionado no TOC, acesse o Sextante (Menu SEXTANTE > Caixa de Ferramentas). Navegue na árvore de processos até encontrar a ferramenta Polygonize (SEXTANTE > Tools for line layers > Polygonize)
Com dois cliques sobre o nome do processo abrirá uma nova janela, onde poderemos preencher os parâmetros para a aplicação do mesmo. Em princípio, podemos aceitar as opções que vem preenchidas por padrão: Na aba “Parameters”, seção “Inputs”, selecionamos a nossa camada de curvas de nível como geradora das Polylines; na seção “Outputs”, estamos solicitando que o arquivo resultante seja gerado em um arquivo temporário (ou poderíamos selecionar o caminho e o nome do arquivo a ser gerado, se quisermos salvar o mesmo); Na aba “Output Region” podemos deixar na opção padrão, “Fit to input layers”.
Ao clicarmos em “OK”, o processo é aplicado e obtemos uma nova camada, com os polígonos referentes a superfície entre as curvas de nível.
Para calcularmos a área, com a nova camada selecionada no TOC, clicamos em Menu > Camadas > Adicionar informação geométrica.
Abrirá uma nova janela, onde poderemos selecionar a informação geométrica que queremos adicionar à tabela de atributos do shape, neste caso, apenas a Área:
Clicando em “Aceitar“, o processo será aplicado, aparecendo então uma janela comunicando este fato.
Clicando novamente em “Aceitar” voltamos a nossa Vista. Podemos então conferir na tabela de atributos do shape que a informação da área foi adicionada na tabela (Menu Camada > Ver tabela de atributos).
Observe que o valor da Área estará na unidade de área selecionada nas preferências da Vista. Então, devemos ter selecionado esta unidade no formato desejado, antes de executarmos esse processo.
Para os que já estão utilizando o gvSIG 2.0 o procedimento será um pouco diferente, devido ao diferente agrupamento de ferramentas adotado. Vejamos como proceder:
Em primeiro lugar, a ferramenta Sextante mudou de endereço: encontraremos ela agora no menu Tools > Geoprocessing > Toolbox (utilizarei a tradução em inglês, já que a tradução para o pt-br ainda não está completa):
Aberta a Caixa de ferramentas de geoprocessamento, observe que todos os geoprocessos foram agrupados nesta janela. Esta é uma das novidades do gvSIG 2.0. Devemos navegar novamente na árvore de geoprocessos, até encontrar a ferramenta desejada (ou utilizar a ferramenta de busca, na parte de baixo da janela). O detalhe é que se tentarmos utilizar o processo Polygonize ocorre um erro, conforme pode ser visto abaixo:
Felizmente temos outro processo que faz o mesmo trabalho: “Polylines to polygons“. Navegue na árvore de processos até encontrar o mesmo (Sextante > Tools for line layers > Polylines to polygons):
Selecionado o processo, os passos são os mesmos anteriormente seguidos: preencher os parâmetros
e clicar em “OK” para aplicar o processo. Obteremos o mesmo resultado:
Agora, mais uma mudança: para calcularmos a área, devemos selecionar a nova camada criada e clicar no menu Table > Add measure > Area:
Abrirá uma janela de alerta, avisando que será criado um novo campo na tabela e solicitando a nossa anuência. Basta clicar em “Yes“.
Aplicado o processo, podemos conferir o resultado na tabela de atributos do shape:
É isso aí, pessoal! Por hoje é só… 😉
Tags: geoprocessamento, gvSIG, sextante, tutorial
Errata no Exemplo Prático do Uso da Calculadora de Campos no gvSIG
Buenas, pessoal! Retornamos mais cedo do que eu pensava, para corrigir um pequeno erro no artigo do Exemplo Prático do Uso da Calculadora de Campos no gvSIG. Afinal, parafraseando um versículo da Bíblia:
Errais por não ler o manual, e por não saber tudo o que o gvSIG pode fazer…
Muito embora o manual do usuário do gvSIG não seja exatamente claro quanto ao que vamos tratar, é sempre bom dar uma consultada na seção que fala sobre as Tabelas, pois sempre podemos aprender muita coisa consultando o manual!
Na verdade não chega a ser um erro, mas sim a correção sobre o fato de termos que usar uma “gambiarra” (o famoso “jeitinho brasileiro”) para editarmos uma tabela não vinculada a um shape no gvSIG. Se vocês lembrarem, para fazer isso no artigo citado, eu lancei mão do truque de inserir a tabela na Vista através da rotina de “Adicionar camada de eventos“.
Pois bem, nada disso é necessário… Na verdade, o procedimento correto para editarmos uma tabela não vinculada a um shape seria:
- Abrir o Gestor de Projetos.
- Na seção “Tabela”, inserir a nova tabela.
- Ao inserirmos a nova tabela, automaticamente o gvSIG abrirá a mesma, para visualizarmos os seus atributos.
- Neste momento, basta clicar no menu “Tabela > Iniciar edição”, para termos acesso, a partir daí, a todas as ferramentas de edição de tabelas que utilizamos no artigo anterior, inclusive a Calculadora de Campos.
Isso significa que podemos aplicar todos aqueles procedimentos de manipulação e transformação dos dados da tabela diretamente na sessão “Tabela” do Gestor de Projetos, não sendo necessário criar uma Vista só para fazer esse trabalho.
Inclusive, para converter uma tabela no formato “CSV” para o formato “DBF”, basta abrirmos a tabela em “CSV” e, com a janela de atributos da tabela aberta, clicarmos no menu “Tabela > Exportar para > DBF”.
Obs.: Uma dica sobre tabelas no formato CSV que recebi do Prof. Marco Aurélio Painelli Marsitch, do Centro Universitário Fundação Santo André:
Infelizmente o gvSIG não importa campos numéricos via CSV: ele só reconhece as variáveis numéricas quando são advindas do formato DBF.
O CSV nos impede de fazermos mapas temáticos, calcularmos novos campos e montarmos expressões nas janelas de filtros.
Portanto, antes de trabalhar com dados numéricos em tabelas no formato CSV, precisamos necessariamente convertê-los para DBF, através do menu “Tabela > Exportar para > DBF“.
Por hoje é isso, pessoal! Espero que me desculpem por ter induzido vocês a usarem o “jeitinho brasileiro”, mas, afinal, “é errando que se aprende”… E, para quem ficou curioso para saber qual o versículo da Bíblia que eu parafraseei, aí vai:
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Mateus 22:29
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, tutorial, calculadora-de-campos
Exemplo prático do uso da Calculadora de Campos no gvSIG
Buenas, pessoal!
A dica de hoje nasceu de uma necessidade específica: estava a procura da relação do valor do Módulo Fiscal por município do RS, e o local onde eu encontrei essa relação foi em um site (Módulos Fiscais no RS), mas a mesma estava no formato texto, e não em uma tabela, como eu precisaria.
Em um primeiro momento pensei em utilizar a excelente dica do @geojcarlos, do blog Carta Geográfica: [DICAS EXCEL] Como separar números e textos em duas colunas. No entanto, esta dica só funciona se o campo a ser separados estiver no início da string e se o mesmo tiver um comprimento fixo (o mesmo para todas as linhas da tabela). Não era o meu caso, pois na minha relação o campo que eu queria separar (o valor do módulo fiscal) estava no final da string e não tinha tamanho fixo (variava entre 1 a 3 caracteres), e ainda havia o agravante de que a primeira parte da string (o nome do município) também variava muito, podendo ser composto de um a quatro ou mais nomes, todos separados por espaços, o que complicava também o uso do espaço como separador de campos.
Buenas, foi aí que veio a ideia de utilizar a Calculadora de Campos como ferramenta para fazer o trabalho, pois, como explicamos no último artigo da série “Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com Textos”, ela nos permite a execução de scripts em Python/Jython. Pois bem, mesmo não sendo um programador Python, procurei a ajuda dos “universitários” (neste caso, quem me ajudou foi o @Vegetando, amigo de outras paradas). Com um pouco de lógica e pesquisa nas funções de manipulação de strings do Python, chegamos ao seguinte script:
# Esta rotina serve para separar de uma string tudo que está antes do carctere separador '?'; neste caso, o nome do Município
def extrair_nome(campo):
return campo[0:campo.rfind('?')]
# Esta rotina serve para remover a última parte de uma string, que está depois do caractere separador '?'; neste caso, o valor do Módulo Fiscal
def extrair_numero(campo):
return campo[campo.rfind('?')+1:len(campo)]
Copie o texto do script e cole no processador de textos de sua preferência, salvando posteriormente como “modulofiscal.py”. Irei comentando o funcionamento do script conforme for explicando o procedimento que adotei.
Atenção: por algum motivo o WordPress “engole” a formatação do texto, e o Python é muito chato quanto a indentação das linhas. Na segunda linha de cada função (a que começa com “return”, você deverá dar um
Obs.: espero ter corrigido o problema com a instalação de um plugin para usar a sintaxe de códigos de programas no WordPress (o WP-Syntax). Mesmo assim, tomem cuidado com a formatação!
Em primeiro lugar, para transformar a listagem em formato texto para uma tabela no formato do tipo .dbf, que é o formato que o gvSIG trabalha, precisaremos lançar mão do OpenOffice Calc ou do seu equivalente, o LibreOffice Calc. Como tenho o último instalado nos meus micros com Ubuntu Linux, foi o que eu utilizei, mas é indiferente.
Para seguir o passo a passo, acesse primeiramente a página Módulos Fiscais no RS, selecione toda a relação de municípios e copie a mesma. Com o LibreOffice Calc aberto, clique na segunda linha da planilha e use o comando para colar. A listagem será colada na planilha, cada município ocupando uma linha da planilha, que é o que precisamos. Usaremos a primeira linha para escreveremos o nome da coluna (usei “MUNMOD”), que será usada no nosso arquivo .dbf.
Neste momento, se você está usando Windows, basta apenas “Salvar como…”, selecionar “dbf” como tipo de arquivo, e tomar o cuidado de selecionar a opção “Western Europe (Windows-1252/WinLatin1)” na janela de definição da codificação de caracteres, para que não haja problemas de exibição de caracteres estranhos depois, quando abrirmos a tabela no gvSIG.
Se você conseguiu salvar o arquivo como .dbf, não precisará fazer o próximo passo, podendo pular para o seguinte.
O problema que eu encontrei, usando o LibreOffice no Ubuntu Linux, foi que eu não consegui salvar como .dbf, pois ocorria um erro geral, sem muitas especificações:
Como não tive tempo de procurar a correção do erro, parti para encontrar outro caminho para fazer o que eu queria: salvei o arquivo no formato .csv, que também é importado como tabela no gvSIG. O procedimento é semelhante: de posse da planilha, vá em “Salvar como…” e escolha o formato .csv. A única diferença aqui é que, no momento da seleção da codificação do arquivo, haverá mais algumas opções, relativas ao caractere separador entre os campos. Podemos deixar as opções como vem por padrão no LibreOffice, somente tomando o cuidado de selecionar “Western Europe (Windows-1252/WinLatin1)” como padrão de codificação para o arquivo. Salvo o arquivo, seja como .dbf ou .csv, podemos fechar o LibreOffice e abrir o gvSIG.
Aberto o gvSIG, no Gestor de Projetos, vamos selecionar os documentos do tipo “Tabela“:
Ao clicarmos no botão “Novo“, abrirá uma janela onde poderemos clicar no botão “Adicionar” para selecionar o arquivo .csv que acabamos de salvar. Selecionado o arquivo, ele aparecerá no campo de texto “Tabelas“, e podemos clicar em “Aceitar” para que a tabela seja importada no gvSIG. Se tudo deu certo, o nome do arquivo que acabamos de importar (Mun_Mod_RS.csv, no meu caso) aparecerá no Gestor de Projetos. Clicando no menu “Camada > Ver tabela de atributos” ou no ícone correspondente na barra de ferramentas, poderemos conferir que a tabela foi importada, e que nossos dados estão lá:
Observe que, mesmo tendo escolhido a codificação “Cp1252“, aparece um caractere estranho no meio da string. Não consegui determinar o porque de ter ocorrido esse problema com o caractere separador, mas creio que é algum problema de codificação na página da internet onde baixamos os dados (possivelmente foi usado um “Tab“). De qualquer forma, essa será uma informação importante, como veremos mais adiante.
Importada a tabela, precisaremos transformá-la em um arquivo shape, para podermos lidar com a mesma no gvSIG. Normalmente o gvSIG não permite esse tipo de transformação, mas vamos usar um pequeno truque para enganá-lo. Volte ao Gestor de Projetos, e crie um novo documento do tipo “Vista“. Abra a Vista que acabamos de criar e, acesse o menu “Vista > Adicionar camada de eventos” ou clique no ícone correspondente na barra de ferramentas:
Abrirá o diálogo de “Adicionar camada de eventos“, bastando clicarmos em “Aceitar“, sem alterarmos nenhuma das opções:
Será criada uma nova camada de eventos, contendo apenas um ponto, onde estarão vinculados todos os campos da nossa tabela. Essa informação não teria muito valor, exceto pelo fato de que agora poderemos trabalhar com a tabela na vista do gvSIG.
Mas, antes, precisamos transformar o arquivo .csv em um arquivo .dbf. Para tanto, com a janela de atributos da tabela aberta, acesse o menu “Tabela > Exportar > DBF“:
E já temos nossa tabela no formato .dbf. Para quem conseguiu exportar no LibreOffice/OpenOffice, pode retomar o tutorial a partir daqui. Para não criar alguma confusão, remova a vista que havíamos criado, bem como a tabela .csv que havíamos importado anteriormente. Assim, teremos a mesma área de trabalho para ambos os casos.
No Gestor de Projetos, em “Tabelas“, crie uma nova tabela, e adicione a tabela “mun_mod_rs.dbf” que acabamos de criar. Note que agora, na tabela aberta, o caractere separador passou a ser “?“. Pode acontecer de aparecer outro caractere, mas o importante é identificar qual caractere é o separador, pois é o que será usado pela rotina para fazer a separação dos campos. Posicione o cursor dentro de uma das linhas da tabela, copie e cole em um editor de textos, selecione o caractere separador (o que está entre o nome do município e o número) e cole no script “modulofiscal.py“, em todos os lugares onde aparecer a sequencia ‘?’, e depois salve novamente o script.
De volta ao Gestor de Projetos, crie uma nova Vista e insira nela a tabela .dbf que criamos através do menu “Vista > Adicionar camada de eventos“, conforme já explicado anteriormente. Feito isso, crie a camada shape, através do menu “Camada > Exportar para… > SHP“.
Depois de exportar, insira a camada exportada na Vista, e delete a camada .dbf que tínhamos no ToC.
Selecione a camada criada e clique com o botão secundário do mouse em cima da mesma. No menu suspenso que abre, selecione a opção “Iniciar edição“, para entrar no modo de edição. Visualize os atributos da tabela (“Camada > Ver tabela de atributos“, ou o ícone correspondente na barra de ferramentas). Selecione a única coluna que temos na tabela, e clique em “Tabela > Modificar a estrutura da tabela“:
Vamos criar dois novos campos na tabela: MUN, do tipo string, de tamanho 80, e MOD_FISC, também string, e tamanho 3.
Criados os campos, clique em “Aceitar” para voltar para a janela de atributos da tabela. Selecione a coluna “MUN“, e clique no menu “Campo > Expressão” ou no ícone correspondente, para abrir a Calculadora de Campos. Agora é que a diversão vai começar realmente 😉
Na Calculadora de Campos, clique na aba “Avançada” e, clicando no botão “Explorar“, encontre o arquivo “modulofiscal.py” que salvamos no início deste tutorial. Depois de aberto, deverá aparecer o caminho completo do arquivo no campo de textos. Clique no botão “Avaliar” para que o gvSIG reconheça o script.
Feito isso, volte para a aba “Geral” e no campo de expressões digite a seguinte expressão: “extrair_nome([MUNMOD])"
Ao clicarmos em “Aceitar” a expressão será aplicada, e o resultado será colocado na coluna “MUN“, conforme solicitamos:
Para separar o valor do módulo fiscal, selecione a coluna “MODFISC” e repita o processo, aplicando a expressão extrair
numero([MUNMOD]). No final, deveremos ter o seguinte resultado:
Como último passo, precisamos converter os valores que estão na coluna “MODFISC” de string para número, para que possamos realizar operações com os mesmos. Para fazer isso, crie um novo campo na tabela, nome “MODFIS“, tipo Integer, tamanho 3. De volta a janela de atributos da tabela, clique na coluna que acabamos de criar e abra a Calculadora de Campos. Agora não precisaremos usar a aba “Avançada“, pois a função que iremos usar já está disponível na Calculadora de Campos do gvSIG. Dê um duplo clique na função “toNumber” na coluna de Comandos e, colocando o cursor dentro dos parênteses da expressão, dê um duplo clique no Campo “MODFISC” (ou digite diretamente a expressão “toNumber([MOD
FISC)]” no campo “Expressão“). Ao clicarmos no botão “Aceitar“, a expressão será aplicada e teremos no campo “MOD_FIS” os valores dos módulos fiscais de cada município, agora transformados em números.
Para terminar o nosso trabalho podemos voltar a editar a estrutura da tabela e deletarmos os campos “MUNMOD” e “MODFISC“, que não serão utilizados, e ficaremos com a tabela “munmod_rs.dbf” final, totalmente editada através da Calculadora de Campos do gvSIG.
Guarde esta tabela, pois iremos utilizá-la nos próximos artigos, que virão em breve. Por enquanto é isso, pessoal!
P.S.: Fiquei devendo a explicação do script. Não esperem grandes comentários, até porque como programador Python eu sou um ótimo encanador…
A base da rotina é o método rfind()
do Python. Este método retorna a localização da última posição de uma substring dentro de uma string. No nosso caso, queremos localizar a última posição do caractere separador dentro da nossa string.
Vejamos a expressão que separa o nome do município:
def extrair_nome(campo):
return campo[0:campo.rfind('?')]
Na primeira linha, definimos o nome da função e o parâmetro que devemos passar (uma string de nome “campo”, na nossa rotina). Na segunda linha, estamos solicitando que a rotina nos retorne a substring da string “campo”, que está compreendida entre a primeira posição (0) e a posição anterior a do caractere que determinamos como separador.
Agora a expressão que separa o valor do módulo fiscal por município:
def extrair_numero(campo):
return campo[campo.rfind('?')+1:len(campo)]
A primeira linha é a mesma explicação da anterior. Já na segunda linha estamos solicitando que a rotina nos retorne a substring da string “campo”, que está compreendida entre a primeira posição após o caractere separador (por isso o +1) até o fim da string.
Em linhas gerais, é isso. Não é uma explicação muito técnica (que me perdoem os programadores de plantão), mas creio que já é possível entender a lógica da ideia…
Tags: gvSIG, geoprocessamento, geoprocessos, tutorial, calculadora-de-campos
Calculadora de campos no gvSIG – Operações com textos – parte 3
Buenas, pessoal!
Como prometido nos artigos anteriores desta série, nesta última parte sobre o uso da Calculadora de campos na manipulação de strings no gvSIG, vamos abordar a aba “Avançada”:
Para quem perdeu o restante da série, é bom dar uma revisada antes de prosseguirmos:
- Calculadora de Campos no gvSIG – Introdução
- Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com textos – parte 1
- Calculadora de Campos no gvSIG – Operações com textos – parte 2
Um breve “histórico” sobre o porque deste último artigo na parte de operações com textos no gvSIG: quando comecei a desenvolver esta série de artigos, tomei por base a série homônima que o Jorge Santos, do blog Processamento Digital, criou para o ArcGIS. Tanto que enquadrei o artigo com a hashtag #SLGeoTbFaz. No primeiro artigo da série sobre operações com textos ele abordou o uso do VBScrip para preenchimento de campo com valores baseados em outro campo, e fiquei bastante frustado ao perceber que, em um primeiro momento, eu não via a possibilidade de replicar esta parte do tutorial no gvSIG, pois o mesmo não permite o uso de scripts em VisualBasic.
No segundo artigo, ele fez uso das funções “left” e “right”, que também não estão disponíveis no set de funções para manipulação de strings disponibilizadas na Calculadora de campos do gvSIG. Esta aparente dificuldade foi contornada com o uso da função “subString”, que permite retornar partes de uma string, mas ficava o desafio de replicar essas funções do ArcGIS que aparentemente não estariam disponíveis no gvSIG.
A solução veio exatamente ao estudar um pouco sobre a aba “Avançada” da Calculadora de campos do gvSIG. Embora pouco documentada, essa é uma característica poderosa que foi disponibilizada, pois nos permite executar scripts em Python ou Jython, o que nos abre um novo (e poderoso) campo de exploração para o uso da Calculadora de campos com o gvSIG.
O próprio Jorge Santos nos dá um exemplo do uso avançado de scripts Jython no gvSIG com o artigo Classificação de campos numéricos com Jython. Mas exploraremos a partir de agora algumas das possibilidades que nos são abertas com esta ferramenta:
Em primeiro lugar, vamos abrir o gvSIG e criar uma nova vista, com a projeção SAD69/UTMzone23S (código EPSG 29183). Nesta nova vista, inserimos o arquivo shape que podemos baixar aqui: ARQUIVO2. (obs.: se você já tiver este shape, proveniente dos outros tutoriais que estivemos trabalhando, basta criar novos campos para acompanhar o trabalho que iremos desenvolver. Como são poucos registros, podemos inclusive apagar os dados dos campos que iremos trabalhar).
Em seguida, selecionamos o shape no ToC do gvSIG, e entramos no modo de edição. Selecione o campo [PREFIXO] e acesse a Calculadora de campos. Deveremos ter uma área de trabalho semelhante a essa:
Antes de prosseguirmos, baixe o seguinte script em Python: strings.py, e salve o arquivo em um local onde você possa acessá-lo posteriormente. Você pode até criar uma pasta de scripts dentro da sua pasta de trabalhos do gvSIG, para facilitar o acesso.
Segue abaixo o conteúdo do arquivo “strings.py“. Como você pode conferir, estaremos adicionando 5 novas funções à nossa Calculadora de Campos: right, left, toTitle, toPhrase e toSwapCase. Para os curiosos e fuçadores, deixo abaixo o código python que está neste script:
# Função right: separa n caracteres a partir da direita de uma string
def right(string,number):
return string[-number:]# Função left: separa n caracteres a partir da esquerda de uma string
def left(string,number):
return string[:number]# Função toTitle: transforma uma string em título (primeira letra de cada palavra em maiúscula)
def toTitle(string):
return string.title()# Função toPhrase: transforma qualquer string para uma frase (primeira letra maiúscula e as restantes minúsculas)
return string.lower().capitalize()
def toPhrase(string):
# Função toSwapCase: transforma a string: o que for maiúsculo vira minúsculo e vice-versa
def toSwapCase(string):
return string.swapcase()
Outra dica importante é sempre documentar muito bem o seu código através do uso de comentários (linhas começando com o caractere “#”), explicando o que cada trecho do código faz. No momento da criação do código pode parecer não ter importância, mas quando você (ou outra pessoa) for usar novamente, vai agradecer muito por não ter que ficar “quebrando a cabeça” para entender o que aquela função faz.
Voltando ao gvSIG e ao nosso tutorial, na janela “Calcular Expressão” clique na aba “Avançada” e, em seguida, no botão “Explorar“. Navegue até o local onde você salvou o arquivo “strings.py“, selecione-o e clique em “Abrir“. O caminho para o arquivo deverá aparecer no campo de texto.
Por último, clique no botão “Avaliar“. Se não aparecer nenhuma mensagem de erro, é porque está tudo ok com nossas rotinas em python, e podemos continuar o nosso processo, agora contando com novas funções na nossa Calculadora de Campos. Note que as novas funções não irão aparecer na listagem dos Comandos.
Vamos [finalmente] fazer uso das nossas funções desenvolvidas: na área de textos “Expressão“, digite a seguinte expressão:
left([FONE],4)
e clique em “Aceitar“.
No campo “PREFIXO” da nossa tabela, deverão aparecer os prefixos dos telefones que tínhamos cadastrado no campo “FONE”. Isso porque, através da expressão acima, estamos solicitando para a Calculadora de Campos do gvSIG que ela separe os 4 primeiros caracteres do campo “FONE”, a contar da esquerda, e coloque eles no campo “PREFIXO”.
Agora, vamos usar a função “right” para obter apenas o número do telefone, sem o prefixo. Na tabela, selecione a coluna “TEL” e abra a Calculadora de Campos. Na área de textos “Expressão“, digite a seguinte expressão:
right([FONE],9)
e clique em “Aceitar” para conferir o resultado.
Para testarmos as outras funções que estão disponíveis neste pequeno script precisaremos criar um novo campo na nossa tabela (se você não sabe como fazer, consulte os artigos anteriores). Crie o campo “NOME2”, do tipo “String”, com “69” caracteres de comprimento (o mesmo comprimento do campo “NOME” da nossa tabela).
Criado o campo, selecione a nova coluna “NOME2” que apareceu na tabela e abra a Calculadora de Campos.
Primeiramente testaremos a função “toSwapCase“, que faz a seguinte transformação na string: o que for maiúsculo vira minúsculo e vice-versa. Para tanto, digite a expressão:
toSwapCase([NOME])
E confira o resultado:
Como todos os caracteres do campo “NOME” estão em maiúsculas, com a aplicação da função eles passam a ser minúsculas.
Ainda com a coluna “NOME2” selecionada, abra novamente a Calculadora de Campos e aplique agora a função “toTitle“, que transforma uma string em título (primeira letra de cada palavra em maiúscula). Para tanto, digite a expressão:
toTitle([NOME])
e veja que agora o campo “NOME2” foi alterado:
Finalmente, vamos testar a função “toPhrase“, que transforma qualquer string para uma frase (primeira letra maiúscula e as restantes minúsculas). Mesmo procedimento das anteriores, agora digitando a expressão:
toPhrase([NOME])
E podemos conferir que agora, no campo “NOME2”, os endereços estão apenas com a primeira letra maiúscula e as demais em minúsculo:
E chegamos ao fim de mais um tutorial, encerrando assim a análise do uso da Calculadora de Campos do gvSIG na manipulação de campos do tipo “string” (campos de textos). Estes artigos apenas “arranharam” as possibilidades que são abertas com o uso desta ferramenta na manipulação de dados, principalmente se considerarmos os recursos que nos são disponibilizados pelo uso de scripts python/jython, que podem facilitar muito nosso trabalho quando trabalhando com dados em tabelas.
Nos próximos tutoriais devemos começar a trabalhar com o uso da Calculadora de Campos na manipulação de campos numéricos. Nos vemos em breve (espero)!
Tags: gvSIG, geoprocessamento, jython, python, SLGeoTbFaz, calculadora-de-campos, tutorial
Instalando o gvSIG 2.0 versões RC (release candidate)
Buenas, pessoal!
O desenvolvimento da versão 2.0 do gvSIG está andando a passos largos. Montei este tutorial com a versão RC3, mas já recebi a notícia de que já está disponível para download a versão RC4. Não haverá maiores problemas pois o procedimento é o mesmo, bastando substituir o nome do arquivo para a última versão disponível.
Há uma grande expectativa da comunidade de usuários gvSIG quanto ao lançamento da versão 2.0, e se você quiser testar a nova versão, poderá seguir os passos que estão demonstrados neste tutorial. Ressaltamos que esta é uma versão beta, destinada a testes, e que não deve ser utilizada como ambiente de trabalho “normal”. Este tutorial está sendo feito considerando a instalação do gvSIG 2.0 RC3 em um PC com Linux Ubuntu 12.04. Para outras versões do Linux e/ou de outros sistemas operacionais o procedimento pode variar um pouco, mas segue a mesma lógica.
A partir da versão 2.0 teremos duas possibilidades de instalação: a tradicional (completa e com todos os pré-requisitos de instalação), que é opção recomendada, e a instalação online, que requer uma conexão com a internet para ser completada (recomendo uma conexão com a internet estável e de boa velocidade, pois o número e tamanho dos arquivos a baixar é considerável). Na medida do possível, procurarei abordar ambos os processos de instalação.
Como o tutorial ficou bem “grandinho”, optei por colocar uma divisão no texto. Na página principal você verá até essa parte, e, clicando no link abaixo, poderá visualizar o tutorial completo.
O primeiro procedimento será baixar o arquivo de instalação. Para tanto, acesse a página de download do gvSIG 2.0 – versão em desenvolvimento, e escolher qual a versão do instalador que irá utilizar. Considerando a versão RC4, abra um terminal e digite o seguinte comando:
wget -c http://downloads.gvsig.org/download/gvsig-desktop/dists/2.0.0/builds/2063/gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-standard-withjre.bin
para o instalador completo ([caso 1], a partir de agora), ou
wget -c http://downloads.gvsig.org/download/gvsig-desktop/dists/2.0.0/builds/2063/gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-online.bin
para o instalador online ([caso 2], a partir de agora).
Feito o download, vamos alterar as permissões do arquivo para que possamos executá-lo:
chmod +x gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-online.bin
[caso 1]
chmod +x gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-online.bin
[caso 2]
Alterada as permissões, basta executar o arquivo, ainda via terminal:
./gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-online.bin
[caso 1]
./gvSIG-desktop-2.0.0-2063-RC4-lin-x86-online.bin
[caso 2]
A partir de agora entraremos no modo gráfico, e o procedimento será semelhante para ambos os instaladores. Quando houver diferenças, avisarei no texto.
O primeiro diálogo nos apresenta a opção para selecionarmos o idioma de instalação. No momento só estão disponíveis o Inglês e o Espanhol. Faça a sua escolha e clique no botão “OK”:
Aparecerá um alerta avisando que será instalado o gvSIG desktop no seu computador, e solicitando a sua autorização para tal… basta clicar no botão “Yes”:
Finalmente seremos apresentados à tela de boas-vindas. Clique no botão “Next”:
A próxima janela mostrará os termos da licença de uso do gvSIG. Após lida a licença (ou não…), selecione a opção de aceitar os termos de licença e clique no botão “Next” que será habilitado:
Janela de seleção da instalação do Java. Aparecem as seguintes opções:
- Instalar a partir de uma versão Java que o instalador encontrou no sistema (use essa opção se você já tiver outras versões do gvSIG instaladas no mesmo computador; o instalador deverá ter detectado o caminho correto).
- Instalar a partir de outra instalação do Java (será solicitado que você indique o caminho da instalação do Java – versão 1.5 ou superior – que deverá ser usada).
- Fazer uma nova instalação do Java (como não havia outra instalação do gvSIG nesta máquina, foi o caminho que eu adotei).
Se estivermos utilizando o instalador completo [caso 1], o instalador irá fazer a instalação do Java 1.6 em um diretório específico do gvSIG. Se estivermos utilizando o instalador online [caso 2], deveremos aguardar que o instalador fará o download dos arquivos necessários e a posterior instalação do Java. Em ambos os casos, a janela mostrará o progresso da instalação e, após completado o processo, o botão “Next” estará disponível. Clique nele:
Na próxima janela, poderemos alterar (se desejarmos) o caminho onde o gvSIG será instalado. Por padrão desde a versão 1.12 o caminho normal no Linux será:
/home/[user]/gvSIG-desktop/gvSIG-desktop-2.0.0
Se você “não tem nada contra” esse local, simplesmente clique no botão “Next”. Se quiser alterar esta localização, clique no botão “Browse”, localize a nova pasta onde o gvSIG será instalado, e após clique no botão “Next”:
A próxima tela simplesmente nos avisa de que o processo de cópia dos arquivos necessários para instalar o gvSIG será iniciada, e nos mostrará um resumo das opções que fizemos até o momento (diretório de instalação e tipo de instalação – típica). Basta clicar novamente em “Next”:
Nesta fase do processo somos apresentados a uma janela que nos comunica que terminamos a instalação básica do gvSIG, e que iremos passar à instalação dos add-ons (ferramentas), explicando as diferentes opções que estarão disponíveis. Basta clicarmos no botão “Next”:
Buenas! A partir da próxima janela é que precisaremos nos decidir qual o método de instalação que iremos utilizar:
- instalação padrão: se baixamos o arquivo completo [caso 1], essa será a opção escolhida.
- instalação a partir de um arquivo: para quando temos arquivos do tipo .gvspki ou .gvspks.
- instalação a partir de um link: esta é a opção utilizada quando estamos fazendo a instalação online [opção 2].
Primeira opção: Instalação padrão
Vamos mostrar agora a instalação padrão [opção 1], para o caso de termos baixado o arquivo completo, com todos os componentes a serem instalados. Mais tarde abordaremos as diferenças em relação a instalação online [opção 2]. Selecione a primeira opção e clique no botão “Next”. Aparecerá a janela de progresso da instalação:
Terminado o processo, o botão de finalizar será habilitado, bastando clicar no mesmo para seguirmos para a próxima janela:
Recebemos então a comunicação de que terminamos o processo de instalação e que poderemos finalmente desfrutar da nova versão do gvSIG, a partir do momento em que clicarmos no botão “Finish”:
Antes de termos acesso ao gvSIG 2.0 propriamente dito, somos apresentados ao arquivo “Readme”:
Ao fecharmos a janela do Readme através do botão “Close”, iniciamos o gvSIG, e podemos ver a nova janela de Splash do programa (muito bonita, por sinal):
Terminada esta parte, podemos finalmente dispor do gvSIG 2.0 em nosso ambiente desktop:
Segunda opção: instalação online
Passaremos agora a abordar a instalação online, onde baixamos apenas um pequeno arquivo, que realiza a instalação apenas dos componentes básicos do gvSIG, e o restante do processo é feito através de uma conexão com a internet.
Deixo aqui o alerta de que é preciso ter uma boa conexão de dados, pois o número de arquivos a baixar é grande e pesado, e um dos aspectos a serem melhorados no instalador é o fato de que ele não permite retomar o download dos arquivos do ponto em que parou, se por acaso a conexão for interrompida. O processo é reiniciado desde o começo…
Feito este alerta, vamos voltar à janela onde fazemos a opção pelo tipo de instalação, já que o início do processo é semelhante, independente do arquivo que baixamos. A única diferença será que escolheremos a última opção, correspondente a instalação a partir de um link (URL), e clicar no botão “Next”:
Na próxima janela seremos questionados se queremos fazer uma instalação típica ou avançada, sendo que, nesta última, poderemos selecionar alguns pacotes específicos que não estão presentes na instalação típica. Neste caso, selecionei a instalação típica, pois os demais pacotes também poderão ser instalados mais tarde. Selecionada a opção desejada, basta clicar no botão “Next”:
Passamos então para a próxima janela, que monitora o download dos arquivos. Para dar início ao download, precisamos clicar no botão “Start download”:
O instalador começará a realizar o download dos arquivos, e poderemos acompanhar a execução desta tarefa através da janela de progresso:
Terminado o download o instalador irá fazer a instalação dos arquivos baixados e, ao finalizar, será aberta a janela com a mensagem de finalização, bastando clicar no botão “Finish” para terminar o processo de instalação e abrir o gvSIG 2.0:
A partir daqui, a continuação é exatamente igual a instalação completa, portanto não irei repetir as telas…
Considerações finais:
Buenas, pessoal! Como eu disse no início deste artigo, o texto ficou grande… espero não ter “perdido” nenhum leitor no meio do caminho mas, se alguma coisa não ficou bem explicada, basta deixar suas dúvidas nos comentários logo abaixo, que procuraremos melhorar.
Quanto ao gvSIG 2.0, lembramos mais uma vez que esta é uma versão beta, destinada a testes. Apesar de que, neste momento, já está disponível a versão RC4, o que indica que um longo caminho de correções já foi percorrido, ainda estamos sujeitos a bugs e comportamentos erráticos. Portanto, instale por sua própria conta e risco, e não use esta versão como ferramenta de trabalho no dia-a-dia.
Por falar em bugs, se você quiser participar dos testes desta versão do gvSIG, está disponível uma página com instruções, com um roteiro de testes a ser aplicado e explicando como pode ser feita a comunicação de erros encontrados.
Por hoje é isso, pessoal! Instalem o gvSIG 2.0, testem, reportem erros, compartilhem e ajudem a melhorar este excelente software GIS Open Source!
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, instalação, linux, tutorial
Diagrama de Voronoi no gvSIG + Sextante (#SLGeoTbFaz)
Buenas, pessoal!
Mais um ponto para o software livre: a integração entre os vários projetos, agregando diversas ferramentas e potencializando o resultado final, o que nos permite obter o mesmo resultado utilizando caminhos diversos.
Hoje voltamos ao Diagrama de Voronoi. No artigo anterior vimos como gerá-lo através da extensão de Topologia do gvSIG. Hoje veremos como obter o mesmo resultado no gvSIG através das rotinas disponibilizadas pela extensão Sextante.
Iniciando a partir do resultado que obtivemos no último artigo, vamos abrir a extensão Sextante, clicando em “SEXTANTE > Caixa de ferramentas” ou clicando no ícone correspondente:
Será aberta a janela da ferramenta Sextante:
Para facilitar a localização, vamos utilizar o campo de busca (“Search“), fazendo uma busca pela palavra “voronoi“:
Podemos notar que aparecerão apenas a rotina referente ao Diagrama de Voronoi. Poderíamos achar a mesma ferramenta seguindo o caminho: “Algorithms > SEXTANTE > Tools for point layers > Voronoi tesellation“
Basta então clicar sobre o nome da rotina que será aberta a janela correspondente. Na primeira aba precisamos definir dois parâmetros: a camada de pontos, que será o shape “parada_bus.shp”, e também o nome e o caminho do arquivo que será gerado:
Na segunda aba devemos definir o tamanho do arquivo que será gerado. Podemos escolher se o diagrama será gerado em relação à camada de entrada, se será defina pelo usuário, se levará em consideração o tamanho de uma vista, ou será gerada em relação ao tamanho de uma camada. Podemos selecionar a primeira opção, que gerará o Diagrama de Voronoi levando em consideração o tamanho da camada de entrada:
Selecionados os parâmetros que a rotina necessita, podemos clicar no botão “OK”, e o Diagrama de Voronoi será gerado, sendo automaticamente inserido na vista que estamos trabalhando:
Alterando os parâmetros da simbologia, podemos ver o nosso resultado final, agora gerado no gvSIG através da extensão Sextante:
Por hoje é isso pessoal.
Tags: geoprocessos, geoprocessamento, gis, gvSIG, sextante, SLGeoTbFaz, tutorial
Diagrama de Voronoi no gvSIG (#SLGeoTbFaz)
Buenas, pessoal!
Como comentamos no último artigo, onde falamos sobre a instalação da extensão de Topologia no gvSIG, dissemos que a mesma seria necessária para o próximo assunto, o Diagrama de Voronoi:
Vou fazer um “CTRL-C – CTRL-V” no texto do Anderson Medeiros sobre a função do Diagrama de Voronoi, para não chover no molhado:
O diagrama de Voronoi, também conhecido pela denominação de polígonos de Thiessen é utilizado para resolver problemas que envolvem conceito de proximidade em um plano. É uma das estruturas mais importantes no contexto da Geometria Computacional.
Recomendo o texto “Diagrama de Voronoi e suas aplicações em SIG“, também do Anderson Medeiros, se você quiser se aprofundar um pouco mais na parte teórica. Como o nosso objetivo é a parte prática, baixe esse arquivo de shapes, que contém dois shapes: o shape “lotes.shp” representando as quadras de um determinado bairro, e o shape “paradasbus.shp_” representando as paradas de ônibus existentes naquela região. Utilizaremos o geoprocesso do Diagrama de Voronoi para gerarmos um diagrama que nos permita fazer uma análise espacial da distribuição das paradas de ônibus, para verificarmos se as suas localizações estão atendendo as demandas dos usuários, por exemplo. Vamos ao trabalho:
Em primeiro lugar, abra o seu gvSIG, já com a extensão de Topologia devidamente instalada (se ainda não instalou, volte ao artigo anterior neste blog). Crie uma nova Vista, no sistema de projeção SAD69 (EPSG 4291). Abra a Vista e insira na mesma os dois shapes que foram baixados:
Em seguida, vamos abrir o geoprocesso do Diagrama de Voronoi propriamente dito, acessando o menu “Vista > Gestor de geoprocessos“. Ao clicarmos nesta opção irá abrir a janela do Gestor de geoprocessos. Para localizar o geoprocesso do Diagrama de Voronoi é necessário navegar na árvore de Geoprocessos: “Geoprocessos > Análises > Geometria Computacional > Voronoi > TIN/Voronoi/Delaunay“:
Ao clicarmos nesta opção irá aparecer no lado direito da janela do Gestor de geoprocessos uma descrição dos procedimentos que serão aplicados. Basta clicarmos na opção “Abrir Geoprocesso” para abrir a janela do Geoprocesso:
Como “Camada de entrada” vamos selecionar o shape “paradasbus.shp“; automaticamente o gSIG nos avisará que foram selecionados 17 elementos. Selecionaremos a opção “Polígonos de Thiessen (Voronoi)” e a opção “Chew’s incremental TIN baseado em um triângulo envolvente“. Por último, clicamos no botão “Abrir_” e selecionamos o local e o nome para o shape que será criado.
Feitas estas seleções, podemos gerar o Diagrama de Voronoi, bastando para isso clicar no botão “Aceitar” e aguardar a geração do diagrama.
No final do processo, seremos apresentados a uma tela semelhante a essa:
Para melhorarmos a visualização e obtermos um resultado mais significativo em termos de interpretação, podemos alterar as propriedades da camada do Diagrama de Voronoi, retirando o seu preenchimento, o que nos permitirá visualizar a distribuição das paradas de ônibus e como cada conjunto de quadras está sendo atendido pelas suas respectivas paradas:
Por hoje é isso, pessoal! Espero conseguir tempo para colocar online todos os artigos que tenho por aqui sobre o uso do gvSIG… Um abraço a todos os que nos acompanham e nos incentivam nessa empreitada!
Tags: geoprocessos, geoprocessamento, gis, gvSIG, tutorial, SLGeoTbFaz
Instalação da extensão de topologia no gvSIG 1.12
Estou acompanhando a série de artigos sobre Diagrama de Voronoi que o Anderson Medeiros está publicando em seu blog, e um dos artigos explica como efetuar essa operação no ArcGIS. É uma boa hora para retomarmos a série #SLGeoTbFaz. No entanto, ao abrir o gvSIG para fazer o procedimento, notei falta da opção para elaborar o Diagrama de Voronoi e, após uma breve pesquisa, descobri que seria necessário instalar a extensão de Topologia para habilitar essa função no gvSIG. Veremos agora como proceder para instalar a extensão de topologia no gvSIG, nas versões 1.12 e superiores (nas versões 1.11 e anteriores o procedimento é um pouco diferente, e será abordado ao final deste artigo). Em primeiro lugar, precisamos acessar o Gestor de Complementos, que a partir desta versão do gvSIG já está totalmente funcional. Para tanto, acessamos essa opção no menu Ferramentas > Gestor de Complementos. Ao clicarmos nesta opção, nos depararemos com a seguinte tela (clique na figura para abrir em tamanho maior):
A primeira opção é utilizada no momento da instalação do gvSIG, a segunda é utilizada quando fazemos a instalação a partir de um arquivo disponibilizado para este fim, e a terceira opção, que é a que iremos usar, é utilizada quando queremos instalar um complemento (uma extensão do gvSIG, neste caso), a partir de um repositório do gvSIG, na web. Note que o campo logo abaixo já está preenchido com o link do repositório que iremos utilizar. Clicamos no botão “Next” para irmos à próxima tela:
No lado direito desta tela veremos uma lista com todos os complementos que estão disponíveis para instalação a partir deste repositório. Vamos descer a lista até encontrarmos a extensão “org.gvsig.topology“, que é a que nos interessa neste momento. Selecionado o complemento que queremos instalar, clicamos novamente no botão “Next“.
Neste momento, aparecerá uma janela alertando para o fato de que selecionamos uma versão que está em desenvolvimento ou não é oficial. Clicamos em “Continue” para seguirmos na instalação.
Neste momento, voltaremos à janela do Gestor de complementos. Clicamos no botão “Iniciar download” para iniciarmos o processo:
Dependendo da conexão, esse passo pode demorar um pouco, pois o programa entrará em contato com o servidor do repositório, e fará a “negociação” para iniciar o download:
Quando o download do arquivo começa, podemos acompanhar o seu avanço.
Terminado o download precisamos clicar novamente no botão “Next“, para seguir para a tela de instalação propriamente dita:
Terminada a instalação do complemento que selecionamos, o botão “Finalizar” ficará disponível, bastando clicar no mesmo para terminarmos o processo.
Por último, somos alertados de que precisamos reiniciar o gvSIG para que as mudanças sejam aplicadas, isto é, neste caso, para que a extensão de Topologia esteja funcional no gvSIG. Pode até parecer um pouco complicado em um primeiro momento, em parte porque eu detalhei bastante o processo, mas é algo relativamente fácil e certamente menos complicado do que o processo de instalação de complementos que existia nas versões anteriores. Por sinal, para quem estiver trabalhando com versões anteriores a 1.12 do gvSIG, será necessário instalar no modo “antigo”: Acesse a página de downloads das extensões (http://www.gvsig.org/web/projects/gvsig-desktop/devel/topology), escolha a versão referente ao seu sistema operacional, e execute o arquivo que baixar. Se você estiver trabalhando com o Linux, poderá se basear em um dos tutoriais que eu já havia disponibilizado em outras ocasiões sobre a instalação de extensões no gvSIG (aqui ou aqui).
Neste artigo apresentamos o Gestor de Complementos do gvSIG, uma ferramenta importante e que passará a fazer parte do nosso modo de trabalhar com o programa, pois vem substituir o processo antigo, permitindo que não nos preocupemos com qual a sistema operacional e/ou versão do programa estamos trabalhando, ou com qual o local onde o gvSIG está instalado, pois o Gestor de Complementos gerencia todas estas informações para nós, tornando o processo transparente.
No próximo artigo veremos como aplicar o Diagrama de Voronoi com o gvSIG, utilizando a extensão de Topologia do gvSIG. Até lá!
Tags: geoprocessamento, geoprocessos, gis, gvSIG, linux, tutorial
Calculadora de campos no gvSIG: Operações com textos, parte 2
Buenas, pessoal!
Dando seguimento ao nosso estudo do uso da Calculadora de Campos no gvSIG, vamos continuar a lidar com as operações com textos, destrinchando mais algumas funções que são disponibilizadas pelo gvSIG.
Para início de história, vamos baixar o arquivo shape sobre o qual vamos trabalhar: ARQUIVO2. Em seguida, criamos uma nova vista, com a projeção SAD69/UTMzone23S (código EPSG 29183), e inserimos o nosso novo shape, e entramos em modo de edição (se não sabe como chegar até aqui, confira o primeiro artigo desta série).
Uma dica importante para quem usa Linux: se você está visualizando caracteres “estranhos” quando abre a tabela de atributos do shape, você está enfrentando problemas com a codificação do arquivo .dbf:
Para corrigir este problema, basta seguir a dica do blog Processamento Digital: Codificação Padrão do DBF.
Função subString: Separando partes de uma string:
Uma das funções a que precisamos recorrer frequentemente é separar partes de uma string. Na tabela vinculada ao shape que estamos trabalhando existe o campo [FONE], que contém uma string com o número do telefone, incluindo o prefixo (código de área):
Vamos separar esta string em duas informações: prefixo e telefone, aproveitando os campos que já estão disponíveis na tabela. Vamos fazer essa tarefa em dois passos:
Primeiramente, selecionamos a coluna [PREFIXO], clicando no respectivo nome na tabela. Em seguida, acessamos a Calculadora de Campos (menu Campo > Expressão). Selecionamos então a opção “String”, e localizamos a função que queremos aplicar: “subString”. Ao clicarmos duas vezes sobre ela, aparecerá a seguinte expressão no campo de Expressões:
subString(,,)
Podemos então editar essa expressão, para que fique dessa forma:
subString([FONE],0,4)
Com isso, estamos dizendo para o gvSIG pegar a string do campo [FONE], e separar a substring que inicia no caractere 0 (zero) e termina no caractere 4 menos 1 (para o Python, começamos a contar os caracteres a partir do zero).
Para entender melhor:
(21) 3371-9411 01234567890123
Ou seja: separaremos a substring que está contida entre o primeiro e o quarto caracter, e colocaremos o resultado no campo [PREFIXO], que estava previamente selecionado. Ao clicarmos em “Aceitar” poderemos ver o resultado da nossa expressão:
Essa forma de contar pode parecer um pouco confusa no começo, mas depois a gente pega o jeito…
Agora vamos a segunda parte: selecionamos a coluna [TEL] e acessamos novamente a Calculadora de Campos. Agora, digitaremos a seguinte expressão:
subString([FONE],5,14)
Ou seja: da string presente no campo [FONE] estaremos selecionando a substring que começa no caractere 5 (o sexto caractere) e que termina no caractere 14 menos 1 (isto é, 13, ou o décimo quarto caractere). Clicando em “Aceitar”, poderemos visualizar o resultado da expressão que criamos:
Como eu disse anteriormente, no começo pode parecer um pouco confuso, mas depois que entendemos o processo fica fácil de aplicar as regras e obter os resultados que precisamos ao manipularmos strings.
Concatenando strings com a função “+”
Agora vamos fazer o caminho inverso, para aprendermos a lidar com a função de concatenar strings. Como primeiro passo, crie o campo [TELEFONE] com as mesmas propriedades do campo [FONE] (string, comprimento = 24). Lembre-se que, para isso, precisamos estar no modo de edição (se você está acompanhando o tutorial, já deve estar no modo de edição).
Selecione o campo [TELEFONE] na tabela e abra a Calculadora de Campos. Vamos criar agora a string telefone no formato “0XX (21) 3371-9411”, Para tanto, digite a seguinte expressão:
"0XX " + [PREFIXO] + " " + [TEL]
O “segredo” aqui é inserirmos os caracteres das partes da string que queremos adicionar à string final entre aspas duplas (Ex.: “0XX “). Preste atenção também ao uso dos espaços. Basta digitarmos as strings e intercalarmos os campos, com a função de concatenação, de modo a obtermos o resultado desejado. Ao clicarmos em “Aceitar”, poderemos ver o resultado final:
Função toLowerCase
Converte todos os caracteres de uma string para caixa baixa (LowerCase).
Já não vou explicar o processo de aplicação da expressão, pois creio que nesta altura do campeonato essa parte já deva estar dominada. Vou apenas apresentar a expressão utilizando a função, e o resultado final:
toLowerCase([NOME])
Função toUpperCase:
Converte todos os caracteres de uma string para caixa alta (UpperCase).
toUpperCase([MUNICIPIO])
Buenas… por hoje é isso, pessoal! Lembrem-se de que, para salvarmos todas as alterações que efetuamos na tabela, precisamos sair do modo de edição do shape e salvar as alterações quando questionados.
Espero que eu não tenha sido sucinto demais, mas quem encontrar alguma dificuldade basta revisar os artigos anteriores desta série, que o processo está bem “mastigadinho”.
No próximo artigo abordaremos o uso da aba “Avançado” da Calculadora de Campos. Aguardem, que vem muita novidade por aí!
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Calculadora de Campos no gvSIG: Operações com textos, parte 1
Buenas, pessoal!
Depois de um “longo inverno” sem postagens aqui no blog, retomamos aonde havíamos parado: o estudo das aplicações da Calculadora de Campos no gvSIG. Recomendo que vocês façam uma revisão do artigo anterior, onde fizemos uma introdução a Calculadora de Campos no gvSIG antes de prosseguir por aqui…
Para os exercícios que faremos por aqui, continuaremos utilizando o shapefile que já estávamos usando, e que pode ser baixado aqui: ARQUIVO1. Lembrando: este shapefile está na projeção SAD69/UTMzone23S (código EPSG 29183), portanto, para iniciarmos os trabalhos, precisamos criar uma nova vista com esta projeção que, depois de aberta, devemos inserir o shapefile sobre o qual trabalharemos. No final, devemos estar com uma área de trabalho semelhante a essa:
Para começarmos o nosso trabalho com a Calculadora de Campos, precisamos colocar o gvSIG em modo de edição. Para tanto, no TOC, clicamos com o botão secundário do mouse sobre o nome do arquivo que iremos trabalhar e, no menu contextual que se abre, escolhemos a opção “Iniciar edição”.
A partir de agora o gvSIG estará em modo de edição, permitindo que tenhamos acesso a Calculadora de Campos.
Ainda como preparação para os trabalhos, precisamos criar um novo campo na tabela de atributos do nosso shape. Não vou abordar esse assunto novamente, então, se você não lembra como fazemos isso, volte ao artigo anterior desta série para revisar o assunto.
Abra a Tabela de Atributos do shape que estamos trabalhando (menu Tabela > Modificar a estrutura da tabela ou clicando no ícone correspondente). Se você está utilizando o mesmo shape que trabalhamos na primeira parte, verá uma tabela de atributos semelhante a essa:
(Se você baixou o arquivo novamente, a tabela não conterá o campo “MUN”, que foi criado no tutorial anterior. Não se preocupe, ele não será necessário para o trabalho que iremos fazer).
Observando com atenção os atributos da tabela, podemos notar que o Campo “Bairro” é do Tipo “String”, e tem um Tamanho de 254 bytes. Aproveitando que estamos na Tabela de Atributos em modo de edição, vamos alterar a tabela (menu Tabela > Modificar a estrutura da tabela) para criar um Novo Campo, com o criativo nome [Bairro2], com as mesmas características do campo [Bairro] (isto é: Tipo “String” e Tamanho de 254 bytes). Com isso, estaremos duplicando o campo [Bairro].
Copiar dados de textos a partir de um Campo existente:
A partir deste momento é que começamos a nossa conversa “pra valer”. Como primeira operação com textos através da Calculadora de Campos do gvSIG, vamos fazer uma operação básica: copiar os dados de um campo de texto para outro campo (isto é, vamos duplicar o campo). Pode parecer uma operação sem sentido, mas é muito importante quando queremos trabalhar sobre os dados de um campo, mas ao mesmo tempo precisamos preservar as informações originais.
Para iniciarmos o trabalho, sempre no modo de edição, vamos selecionar a coluna do campo [Bairro2], clicando em cima do seu nome na tabela. Em seguida, podemos acessar a Calculadora de Campos (menu Campo > Expressão). Na janela “Calcular expressão” que se abre, podemos notar no destaque da figura abaixo, que o campo [Bairro2] já vem destacado, indicando que é nele que o resultado da expressão será colocado.
Vamos copiar todos os registros que estão na coluna do campo [Bairro] para o nosso recém criado campo [Bairro2]. Para tanto, basta darmos dois cliques sobre o nome do campo desejado ([Bairro]), que o mesmo já aparecerá na expressão. Para completarmos o procedimento, basta clicar sobre o botão “Aceitar”. Podemos verificar então que todos os campos foram copiados para a outra coluna:
Se o nosso objetivo não é copiar a totalidade dos registros de um campo, o gvSIG nos permite realizar esta operação apenas sobre os registros desejados. Para testar esta modalidade, crie um novo campo na tabela (minha sugestão: [Bairro3] 🙂 ). Após criado o novo campo, retorne na tabela de atributos do nosso shape, e faça uma seleção de múltiplas linhas da tabela (dica: se você segurar a tecla “CTRL”, poderá fazer a seleção linha a linha, clicando nas linhas desejadas; se a seleção for contínua, você poderá clicar na primeira linha, pressionar a tecla “SHIFT” e clicar na última linha da seleção, que todas as linhas entre elas serão selecionadas).
Feita a seleção, clique na coluna do campo [Bairro3], que é onde colocaremos o resultado da expressão que vamos usar, abra novamente a Calculadora de Campos e repita o procedimento anterior:
Observe que agora, após clicarmos no botão “Aceitar”, o resultado da expressão só aparecerá nos registros do campo [Bairro3] que estavam selecionados antes de chamarmos a Calculadora de Campos:
Essa ferramenta pode ser utilizada em conjunto com a ferramenta filtro, o que nos ajudará muito quando estivermos trabalhando com tabelas de dados com muitos registros. Para tanto, estando no modo de edição, basta aplicarmos o filtro para fazer a seleção dos dados desejados, e depois aplicarmos a Calculadora de Campos para efetuarmos as operações desejadas.
Função Replace
A outra função que iremos testar nesta primeira parte será a função “replace”. Podemos utilizar esta função para substituirmos valores que existem em um determinado campo da tabela por outro valor. Por exemplo, para substituirmos algum valor que foi digitado errado, ou que tem que ser alterado.
A sintaxe desta função é: replace (Parâmetro1,Parâmetro2, Parâmetro3), onde:
- Parâmetro 1: o campo onde iremos aplicar a função;
- Parâmetro 2: a string antiga, que será substituída; e
- Parâmetro 3: a string nova, que será colocada no lugar da antiga.
Neste exemplo, vamos substituir todas as strings “São Cristóvão” que ocorrem no campo [Bairro2], por uma nova string, “S. Cristóvão”. Para tanto, primeiramente teremos que remover a seleção que aplicamos no exemplo anterior, pois se não só obteríamos o resultado sobre os registros selecionados. Para remover a seleção, basta acessarmos o menu Camada > Limpar seleção, ou clicarmos no ícone correspondente.
Removida a seleção, selecionamos o campo sobre o qual iremos trabalhar ([Bairro2]) e abrimos a Calculadora de Campo. Para aplicarmos a função “replace”, na aba “Geral” da Calculadora de Campos, selecionamos a opção “string” para o Tipo, e na lista que aparece no lado direito da janela clicamos duas vezes em “replace”. Na parte de baixo da janela aparecerá a seguinte expressão:
replace( , "","")
Posicionamos o cursor antes da primeira vírgula e na lista de campos que aparece no lado esquerdo da janela, selecionamos o campo [Bairro2]. Ao darmos um duplo clique sobre ele, notamos que ele aparecerá na expressão:
replace( [Bairro2], "","")
Em seguida, digitamos entre a primeira sequencia de aspas a string que queremos substituir (“São Cristóvão”) e na segunda sequencia de aspas digitamos a string que irá substituir (“S. Cristóvão”). A expressão deverá ficar como a seguinte:
replace( [Bairro2], "São Cristóvão","S. Cristóvão")
Ao clicarmos em “Aceitar” veremos que a função “replace” foi aplicada sobre o campo [Bairro2], conforme solicitamos:
Um detalhe: depois de terminado não se esqueça de clicar com o botão secundário no nome do shape que estamos trabalhando, no TOC, e selecionar a opção “Finalizar a edição” no menu que se abre, e salvando (ou não) as alterações que foram feitas na tabela de dados!
Buenas… por hoje é isso, pessoal! Nos veremos em breve, com a próxima parte do artigo sobre a Calculadora de Campos no gvSIG. E, lembrem-se: #SLGeoTbFaz!
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Calculadora de Campos no gvSIG: Introdução (#SLGeoTbFaz)
Buenas, pessoal!
Só mesmo o @jpsantos2002 para me tirar desse quase “descanso sabático” de postagens aqui no blog! Acontece que ele iniciou uma série de artigos sobre o uso da Calculadora de Campos no ArcGIS, um assunto que sempre me interessou mas que nunca encontrava tempo para me aprofundar no estudo. Quando vi os primeiros artigos da série, imediatamente pensei: “taí” um bom gancho para mais um artigo da série #SLGeoTbFaz!
Apesar de ser uma ferramenta poderosa para a atualização, edição e criação de novos campos de dados em tabelas, é uma ferramenta pouco explorada em tutoriais, e acaba sendo pouco conhecida. O manual do gvSIG apresenta um capítulo a parte sobre a Calculadora de Campos, mas não é muito rico em exemplos de uso. Além deste material, até o momento encontrei apenas dois tutoriais que falam sobre o assunto (e que já estão devidamente catalogados na Coletânea de links sobre o gvSIG): Operador “like” SQL en GvSig e Concatenar campos com Field Calculator. Recomendo a leitura dos dois artigos, que muito nos ajudam a entender sobre o assunto.
Mas, chega de conversa fiada e vamos ao que interessa: a Calculadora de Campos!
Como já comentamos, a Calculadora de Campos é um poderoso recurso disponibilizados pelos programas SIG (entre eles, o gvSIG), e que nos permite fazer a inserção automática de valores na tabela de atributos de um shapefile através de operações matemáticas e expressões lógicas. Utilizada em conjunto com as ferramentas de seleção, filtro e NavTable potencializa as aplicações com dados em tabela, facilitando a edição dos mesmos sem que seja necessário lançar mão de outros aplicativos.
Todas as geometrias do shapefile (ponto, linha ou polígono) possuem uma base de dados que armazena informações no arquivo DBF. As operações da Calculadora de Campo podem ser executadas para atualizar valores de um determinado campo ou aplicar o resultado de uma operação num novo campo. Para fins de compatibilidade com a série de artigos do Jorge Santos vamos utilizar neste tutorial o mesmo shapefile que ele disponibilizou, e que pode ser baixado aqui: ARQUIVO1.
Para iniciar os trabalhos, crie uma nova Vista no gvSIG, e altere a projeção da vista para SAD69/UTMzone23S (código EPSG 29183), que é a projeção do shapefile que iremos trabalhar.
Feito isto, podemos abrir a Vista que criamos e inserir o arquivo shapefile que baixamos. No gvSIG todas todos os arquivos que fazem parte da Vista são organizadas em camadas que, após inseridas, são apresentadas no TOC (Table of Contents). Para selecionar o arquivo a trabalhar, basta clicar em cima do nome do mesmo no TOC, e ele passa a aparecer destacado na listagem:
Para abrir a Tabela de atributos da camada, selecione-a no TOC e, em seguida, acesse o menu Camada > Ver tabela de atributos, ou clique no ícone correspondente na barra de ferramentas:
Será mostrada a Tabela de atributos do shape selecionado:
Criando um novo campo:
Em muitos momentos nesta série de tutoriais sobre a Calculadora de Campos será necessária a criação de novos campos na Tabela de atributos do shape, para que possamos inserir novas informações. Portanto, vamos revisar o procedimento para a criação de novos campos na Tabela de atributos.
Em primeiro lugar, precisamos colocar o gvSIG em modo de edição. Para tanto, com o arquivo selecionado no TOC, clicamos com o botão secundário do mouse sobre ele e, no menu contextual que aparece, selecionamos a opção “Iniciar edição”.
O gvSIG entrará em modo de edição. Acesse novamente a tabela de atributos do shape. A partir do momento que aparece a tabela de atributos na tela, já poderemos alterá-la. Para isso, vamos acessar o menu Tabela > Modificar a estrutura da tabela. Será aberta a janela do Editor de campos.
Nesta janela podemos observar a estrutura da tabela que estamos trabalhando, de onde podemos obter alguns dados importantes: o “Nome do campo”, o “Tipo” do campo (que pode variar entre Boolean, Data, Integer (Inteiro), Double (Dupla precisão) e String), o “Tamanho” do campo, a “Precisão decimal” (número de dígitos decimais, em campos numéricos), e o “Valor padrão” (que pode ajudar no momento do preenchimento da tabela, se temos um campo com um valor padrão, que se repete com frequencia). Como queremos acrescentar um campo à tabela, vamos clicar no botão “Novo campo”.
Na janela “Propriedades do novo campo” que é aberta, vamos criar um novo campo, que irá representar o município ao qual o ponto está inserido. Para tanto, vamos determinar “MUN” como Nome do campo, selecionar “String” como Tipo, e digitar o valor “50” como Tamanho do campo.
Obs.: Existem algumas regras para a criação dos nomes de campos em tabelas vinculadas a shapes, herança do formato de arquivo .DBF que é adotado. As principais regras são:
- O nome dos campo possui um limite de 10 caracteres;
- Números, letras, hífens e underscores são permitidos;
- Não são permitidos espaços e caracteres especiais.
Terminada a inserção dos dados, clicamos em “Aceitar” e podemos conferir que o campo foi criado conforme nossas especificações, passando a fazer parte da Tabela de atributos.
Com o novo campo criado, vamos clicar em “Aceitar” para fechar a janela “Editor de campos”, e começarmos a usar a Calculadora de Campos.
Utilizando a Calculadora de Campos
Como primeiro exemplo, vamos utilizar a Calculadora de Campos para preencher automaticamente o campo “MUN” com o valor “Rio de Janeiro”, que é o município onde estão localizados os pontos do nosso shape. Clique com o botão principal do mouse sobre o nome da coluna “MUN”, selecionando-o, e vamos acessar a Calculadora de Campos.
Para abrir a Calculadora de Campos, devemos clicar no menu Campo > Expressões, ou clicar no ícone correspondente na barra de ferramentas:
Abrirá a janela “Calcular expressão”. Para inserir dados do tipo String devemos digitar o texto entre aspas duplas. Digite “Rio de Janeiro” para preencher a coluna do campo MUN com o nome do município. Clique no botão Aceitar para completar a operação.
Observando a Tabela de atributos, podemos notar que todos os campos da coluna “MUN” foram preenchidos com o valor “Rio de Janeiro”.
Para encerrar a seção de edição, no ToC devemos clicar com o botão secundário do mouse no nome do shape que estamos editando e selecionar a opção “Terminar edição”. Responda “Sim” à pergunta “Deseja salvar a camada?”, e todas as alterações que fizemos na Tabela de atributo serão salvas.
Esse foi o nosso primeiro contato com a Calculadora de Campos no gvSIG. No próximo tutorial começaremos a explorar as operações com campos do tipo String (texto).
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Seleção por camada no gvSIG
Buenas, pessoal!
O artigo de hoje é uma dica rápida, mas interessante, em resposta a uma dúvida do nosso amigo Jose Carlos Jr., o @geojcarlos, do blog “Carta Geográfica“: ele precisava selecionar de um conjunto de municípios aqueles que pertencem a uma determinada bacia hidrográfica; ou seja, a partir de uma camada fazer uma seleção em outra camada.
Em um primeiro momento, pensei em usar o geoprocesso “Interseção”, mas não obtive o resultado esperado, pois eram selecionadas apenas as áreas que pertenciam à bacia hidrográfica em questão; municípios que pertenciam a mais de uma bacia hidrográfica eram selecionados apenas parcialmente, o que não resolvia o nosso problema.
Parti então para uma consulta ao “amansa burro”: no caso, o manual do gvSIG. E estava lá a resolução do nosso problema: a seleção por camada.
Baixe os dados que usamos neste tutorial, a partir do site do Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do PR: a divisão municipal do PR, e o shape das Bacias Hidrográficas do PR.
Vamos primeiramente abrir o gvSIG e criar um novo Projeto e uma nova Vista, tomando o cuidado de selecionar a projeção geográfica compatível com os nossos dados (EPSG 29182 – SAD69/UTM Zone 22S). Em seguida, vamos abrir a Vista e inserir os dois shapes que queremos trabalhar, deixando o shape das bacias hidrográficas por cima do shape das divisas municipais (retirei o preenchimento do shape das bacias, para facilitar a visualização:
Vamos agora selecionar a bacia hidrográfica da qual queremos saber quais são os municípios que a intersectam. Para isso, com o shape das bacias hidrográficas selecionado no TOC, escolhemos a ferramenta de seleção por ponto e clicamos na bacia hidrográfica de nosso interesse. Selecionei a Bacia Hidrográfica Ivaí:
Vamos agora selecionar no TOC a camada dos limites municipais (isso é importante, pois define a camada da qual queremos selecionar as feições), e vamos acessar o menu Vista > Seleção > Seleção por camada:
Na janela de opções da ferramenta vamos definir alguns parâmetros: em “Selecionar das camadas ativas as feições que…”, vamos selecionar a opção “Intersectam com”; em “Elementos selecionados da camada”, vamos selecionar a camada “BACIAS_HIDROGRÁFICAS_2007.shp”; em seguida, clicamos na opção “Novo Conjunto”. Ou seja: estamos criando um novo conjunto de seleção, na camada dos limites municipais, selecionando aqueles municípios cujos limites intersectam com a bacia hidrográfica selecionada na camada das bacias:
Ao clicarmos em “Novo conjunto”, a operação será aplicada e teremos o nosso resultado:
Todos os municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica Ivaí estão selecionados, e agora podemos exportar este conjunto para um novo shape, através do menu Camada > Exportar para… > SHP.
É isso aí, pessoal! Resolvemos o nosso desafio…
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Delimitação de Microbacias Hidrográficas com o gvSIG: Parte IV
Buenas, pessoal!
Finalmente entramos na reta final deste tutorial sobre a delimitação de Microbacias Hidrográficas (MBH) com o gvSIG. Nesta última parte faremos a delimitação propriamente dita.
Havíamos encerrado o post anterior com as sub-bacias hidrográficas de nossa área de estudo caracterizadas e devidamente vetorizadas:
Vamos prosseguir a partir daqui:
Selecionar as sub-bacias que pertencem à MBH de interesse:
Em primeiro lugar, vamos alterar a ordem das camadas que estão presentes no TOC, de modo que a camada vetorial da rede de drenagem esteja por cima da camada vetorial das sub-bacias hidrográficas. Além disso, é interessante alterar a simbologia da rede de drenagem, mudando a cor e a espessura da linha, de modo em a rede de drenagem possa ser facilmente visualizada por cima da camada das sub-bacias. Esse procedimento irá ajudar bastante na análise visual.
Em seguida, precisamos identificar a região da área de estudo em que está localizada a MBH que queremos delimitar, e dar um zoom na área, de modo a enquadrá-la na área de trabalho, facilitando procedimento de seleção.
Confirmamos que a camada vetorial das sub-bacias está selecinada no TOC, e passamos para a fase da seleção propriamente dita. Neste momento faremos uso das ferramentas de seleção de feições:
Uma dica é utilizar primeiramente a ferramenta “Seleção por polígono”, procurando fazer o contorno da área de interesse. Quando terminar a seleção, basta dar um “duplo clique” para fechar o polígono de seleção, e toda a área interna ao polígono desenhado será selecionada. Bastará então utilizar a ferramenta de “Seleção por ponto” para selecionar as eventuais áreas que ficaram fora da seleção anterior, tomando o cuidado de pressionar simultaneamente a tecla “Ctrl”, para que as feições selecionadas sejam adicionadas à seleção já existente. O mesmo pode ser feito para remover a seleção de alguma sub-bacia que eventualmente não faça parte da MBH em questão: basta clicar sobre ela com a ferramenta de “Seleção por ponto”, sempre com a tecla “Ctrl” pressionada, que será removida a seleção da sub-bacia.
No final do trabalho de seleção deveremos ter uma camada semelhante a da figura a seguir:
Vamos agora exportar essa seleção para uma nova camada: acessamos o menu Camada > Exportar para > SHP, e definimos um nome e o caminho para o arquivo shape que será gerado. Ao clicarmos em “Aceitar” aparecerá uma mensagem informando o número de feições que serão exportadas, e perguntando se desejamos continuar:
Após clicarmos em “Sim”, a seleção será exportada para um novo shape, e seremos questionados se queremos inserir a nova camada na Vista, ao que devemos responder novamente “Sim”. E seremos apresentados ao shape das sub-bacias que compõe a nossa MBH:
Precisamos agora gerar um shape que contenha todas as sub-bacias, delimitando assim a área da MBH. Para isso, vamos…
Aplicar o geoprocesso “dissolver”:
Clicamos com o botão direito sobre camada da MBH que acabamos de criar e, no menu contextual que é aberto, clicamos na opção “Iniciar edição”. Em seguida, clicaremos no ícone “Mostrar atributos”, para que possamos ter acesso à tabela de atributos do shape da MBH. Acessamos então o menu Tabela > Modificar estrutura da tabela, pois precisaremos acrescentar um campo à estrutura da tabela que contenha um mesmo valor em todos os elementos da tabela para podermos aplicar o geoprocesso dissolver.
Na janela do “Editor de campos” que se abre vamos selecionar a opção “Novo campo”. Podemos alterar o “Nome do campo” (utilizei o nome “dissolver”); em “Tipo” vamos deixar selecionada a opção “string”; em “Tamanho” alteramos para o valor “1”; e, finalmente, em “Valor padrão” escolhemos um valor que aparecerá automaticamente preenchido em todos os elementos da tabela no novo campo que estamos inserindo.
Ao clicarmos em “Aceitar” o campo será inserido, e poderemos conferir este fato na listagem dos campos da tabela de atributos do shape que nos é apresentada:
Podemos então clicar em “Aceitar”, fechamos a Tabela de atributos e, no TOC, clicamos com o botão direito na camada que estávamos editando, e selecionamos a opção “Termina a edição”.
Em seguida, vamos acessar o menu Vista > Gestor de geoprocessos. Na janela de Geoprocessos que se abre, selecionaremos: Geoprocessos > Análises > Agregação > Dissolver
Ao selecionarmos a opção “Abrir Geoprocesso”, abrirá a janela de configuração da ferramenta, onde selecionaremos as seguintes opções: em “Camada de entrada” selecionamos o shape da MBH; podemos conferir se o número de elementos selecionados está correto; em “Campo para dissolver” selcionaremos o campo que acabamos de criar (“dissolver”, no meu caso); finalmente, em “Camada de saída”, vamos nomear arquivo e definir o caminho onde o mesmo será salvo.
Ao clicarmos em “Aceitar” o geoprocesso dissolver será aplicado, e teremos o resultado desta operação:
Podemos perceber que todas as feições foram dissolvidas e temos agora um shape que contém apenas uma feição, correspondente a área total da nossa MBH. Podemos agora agregar algumas informações a este shape, como por exemplo:
Calcular a área e o perímetro da MBH:
Para agregar essas informações ao shape que acabamos de criar vamos acessar o menu Camada > Adicionar informação geométrica.
Na janela “Adicionar informações geométrica” que se abre vamos selecionar o shape que acabamos de criar no passo anterior em “Camada”; selecionamos as informaçôes geometricas “área” e “perímetro”, clicando em seguida no ícone “Adiciona os ítens selecionados”:
Após clicarmos em “Aceitar” serão calculados a área e o perímetro da nossa MBH, com as unidades de medida definidos na configuração inicial das propriedades da Vista. Os valores estarão na tabela de atributos do shape, e podemos consultá-los através do ícone “Tabela de atributos:
Recortar a rede de drenagem da microbacia hidrográfica:
Como último passo deste tutorial vamos recortar a rede de drenagem, de forma a termos separada apenas a rede de drenagem da MBH que nos interessa. Para tanto, acessaremos o menu Vista > Gestor de geoprocessos e, na janela do Gestor de Geoprocessos, acessaremos o caminho: Geoprocessos > Análises > Sobreposição > Recortar.
Clicamos em “Abrir Geoprocesso” e, na janela de opções da ferramenta, aplicaremos as seguintes configurações: em “Camada de entrada” selecionamos o shape da rede de drenagem; selecionamos como “Camada de recorte” o shape do limite da MBH; e, em “Camada de saída” definimos o nome e o caminho do arquivo que será gerado.
Após clicarmos em “Aceitar”, o geoprocesso será aplicado e obteremos o nosso resultado:
Na próxima imagem apresento a MBH devidamente delimitada, juntamente com sua rede de drenagem, que é o nosso resultado final, já com a simbologia alterada para uma melhor apresentação visual:
A partir deste momento poderemos gerar o mapa da MBH, para ser impresso ou salvo como um arquivo pdf, mas esse não é o objetivo deste tutorial. Para quem quiser fazer esse trabalho indico o excelente tutorial sobre o “Modo layout no gvSIG“, do meu amigo Esdras, no blog Geo para Linux
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Delimitação de Microbacias Hidrográficas com o gvSIG: Parte III
Buenas, pessoal!
Vamos agora para a terceira parte do tutorial sobre delimitação de Microbacias Hidrográficas (MBH) com o gvSIG. Na segunda parte do tutorial vimos como gerar o MDT a partir de um arquivo shape contendo curvas de nivel da região de interesse. Neste momento, estamos com o MDT pronto e processado, de modo a não apresentar depressões. Retomamos o trabalho a partir deste ponto.
Gerar a camada de fluxo:
Para início de conversa, abriremos a ferramenta Sextante: SEXTANTE > Basic hydrological analysis > Flow accumulation
Na janela da ferramenta que se abre, vamos efetuar as seguintes configurações: Na aba “Parameters”, seção “Inputs – Raster layers”, em “Elevation” selecionaremos a camada que foi gerada após o processamento de eliminação das depressões; em “Weight” deixamos sem seleção (Not selected); na seção “Options”, em “Method” selecionamos a opção “MFD (Multiple Flow Directions)”; em “Convergence factor (MFD), colocamos o valor de “1.1”; na seção “Outputs”, como de praxe, selecionamos o nome e caminho onde o arquivo resultante será salvo.
Na aba “Output region” deixaremos selecionada a opção “Fit to input layers” (nota: de agora em diante essa será a opção “padrão”, quando não nos referirmos a ela nas próximas fases. Se houver alguma necessidade de alterar essa opção, eu avisarei).
Ao clicarmos em “OK” a rotina de acúmulo de fluxo será aplicada, e obteremos como resultado final um arquivo raster que representa o acúmulo de fluxo da nossa área de estudo:
Podemos agora partir para a geração da rede de drenagem.
Gerar a rede de drenagem:
Abrimos novamente a ferramenta Sextante: SEXTANTE > Basic hydrological analysis > Channel network
Definindo as opções da ferramenta: Na aba “Parameters”, seção “Input – Raster layers”, vamos definir que em “Elevation” será utilizada a camada raster do MDT processado (sem depressões); em Threshold layer, selecionaremos a camada de fluxo, gerada na fase anterior; na seção “Options”, primeiramente não mexeremos nas opções apresentadas: em “Criteria” está selecionado “Greater than”, e em Threshold está o valor de “10000.0”; na seção “Outputs, o diferencial agora é que será gerada uma camada no formato raster e outra no formato vetorial. Definimos aqui nome e caminho para caminho para cada um dos arquivos que será gerado. Na aba “Output region”, como comentamos anteriormente, deixaremos selecionada a opção “Fit to input layers”.
Ao rodarmos a rotina clicando em “OK”, seremos apresentados ao arquivo resultante: a rede de drenagem da nossa área de estudo:
Como podemos observar, a rede de drenagem ficou muito detalhada. Se aplicarmos a rotina de geração de sub-bacias neste arquivo, receberemos como resultado centenas de sub-bacias, referentes a cada contribuinte da rede de drenagem, por menor que seja. Co mo não é esse o objetivo neste momento, vamos alterar os parâmetros para obter uma rede de drenagem com menos detalhes:
Abrindo novamente a ferramenta “Channel ntetwork” do Sextante, vamos alterar apenas a opção “Threshold”, da seção “Options” da aba “Parameters”. Como uma primeira aproximação, vamos alterar o valor de “10000.0” para “100000.0”; não alteraremos as demais opções.
Pressionado “OK”, a rotina será aplicada novamente, e obteremos nossa nova rede de drenagem:
Com a rede de drenagem gerada, podemos passar para o próximo passo:
Gerar as sub-bacias hidrográficas:
Acessamos novamente a ferramenta Sextante: SEXTANTE > Basic hydrological analysis > Watersheds
Configurando a ferramenta: na aba “Parameters”, seção “Inputs – Raster layers”, em “Elevation” selecionamos a camada raster do MDT processado (sem depressões); em “Chanel network” selecionamos a camada da rede de drenagem que geramos no passo anterior; na seção “Options”, em “Minimum watershed size [cells]” podemos definir o tamanho mínimo, em células, que a sub-bacia pode ter. Neste caso, deixamos o valor padrão (“0”); Na seção “Outputs”, definimos o nome do arquivo e o caminho onde ele será salvo. Na aba “Output region”, deixamos selecionada a opção “Fit to input layers”.
Ao clicarmos em “OK”, seremos apresentados ao nosso resultado final: um arquivo raster representando todas as sub-bacias hidrográficas da nossa área de estudo.
Na próxima imagem podemos conferir a rede de drenagem sobreposta às sub-bacias hidrográficas:
Para os próximos passos no trabalho de delimitação das MBH, precisaremos converter este arquivo raster em um arquivo vetorial:
Vetorizar as sub-bacias hidrográficas:
Pela última vez neste tutorial, vamos acessar a ferramenta Sextante: SEXTANTE > Vectorization > Vectorize raster layer (polygons)
Precisamos definir apenas dois parâmetros: em “Input layer”, selecionamos a camada raster que queremos vetorizar (a camada das sub-bacias hidrográficas que acabamos de gerar), e em “Outputs – Result[vector]” definimos o nome do arquivo e o caminho onde ele será salvo.
Novamente clicando em “OK” seremos apresentados ao arquivo vetorial simbolizando as sub-bacias da nossa área de estudo:
Como último passo desta parte do tutorial, vamos alterar a simbologia da camada de sub-bacias hidrográficas, para facilitar os trabalhos seguintes:
Aplicar simbologia nas sub-bacias hidrográficas:
Selecionamos no TOC a camada “Result” (gerada no passo anterior), e, clicando com o botão direito do mouse sobre ela, selecionamos no menu contextual que se abre a opção “Propriedades”. Na aba “Simbologia”, selecionamos Categorias > Valores únicos
Em “Campo de classificação” escolhemos o campo pelo qual iremos aplicar a simbologia (Watersheds, neste caso); em “Esquema de cores”, escolhemos um gradiente de cores que nos agrade, de preferência com uma grande variação de cores (selecionei o esquema “purple-red+stripes”); em seguida, clicamos em “Adicionar todos”. Aparecerá a mensagem de alerta: “mais de 100 símbolos não contribuem para uma clara informação em um mapa”:
Podemos clicar em “Yes”, pois neste caso o que queremos é apenas facilitar a diferenciação das diferentes áreas.
Clicando em “Aplicar” teremos um “preview” e, se o resultado nos agradar, podemos clicar em “Aceitar”. Seremos então apresentados ao nosso arquivo vetorial, já com a simbologia aplicada:
Com isto terminamos esta terceira parte do nosso tutorial sobre delimitação de Microbacias Hidrográficas com o gvSIG. Na próxima (e última) parte iremos finalmente selecionar as sub-bacias que compõe a nossa MBH, e executar os procedimentos que nos permitirão delimitá-la.
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Delimitação de Microbacias Hidrográficas com o gvSIG: Parte II
Buenas, pessoal!
Estamos de volta com a segunda parte do tutorial de delimitação de Microbacias Hidrográficas (MBH) com o gvSIG. Para darmos continuidade precisaremos do arquivo shape contendo as curvas de nível da nossa área de interesse, que foi obtido no final da primeira parte deste tutorial:
Passaremos agora a gerar o modelo digital do terreno a partir destas curvas de nível.
Rasterização das curvas de nível:
Como primeiro passo, precisamos transformar os vetores em um arquivo raster. Para tanto, acessamos novamente a ferramenta Sextante: SEXTANTE > Rasterization and interpolation > Rasterize vector layer
Na janela de configuração da ferramenta que se abre vamos alterar os parâmetros da primeira aba (“Parameters”): na seção “Inputs – Vector layer”, em Vector Layer selecionamos a camada de entrada, que nesse caso é a camada que contém o recorte das curvas de nível; em Field, precisamos definir qual o campo da tabela contém os dados de altitude (cota) dos vetores que, no nosso caso, está em “CODIGO”; na seção “Outputs”, definimos o arquivo em que será salvo o resultado da operação. Deixei marcada a opção de salvar para um arquivo temporário, mas podemos selecionar o caminho e definir o nome para o arquivo se quisermos salvá-lo.
Na aba “Output region” vamos selecionar a opção “Use extent from layer”, selecionando em seguida a camada do recorte das curvas de nível como base. Em seguida, alteramos a opção “Cell size” para o valor “20.0”, e clicamos em “OK”.
Será processada a rasterização da camada de vetores, e no final obteremos um arquivo raster equivalente ao arquivo vetorial das curvas de nível:
Como podemos notar, temos duas situações neste arquivo: pixels da imagem onde estão as curvas de nível contém informações da altitude das mesmas (cotas), enquanto que nas áreas pretas da imagem estão pixels que não contém informações. Precisamos preencher esses “vazios”, de forma que cada pixel da imagem contenha uma informação de altitude, através de um processo de interpolação. Usaremos outra rotina do Sextante para preencher as células sem dados
Preenchendo as células sem dados:
Voltamos a abrir o Sextante: SEXTANTE > Basic tools for raster layers > Void Filling
Na janela de opções da ferramenta que é aberta, precisamos apenas conferir se em “Layer” está selecionada a camada que foi rasterizada no passo anterior, e podemos deixar o valor default de “0.1” em “Tension thershold”. Em “Outputs – Filled layer[raster], podemos definir o nome e o caminho onde o arquivo gerado será salvo:
Após clicarmos em “OK”, o arquivo raster será processado pela rotina, e teremos no final um arquivo onde cada célula (pixel) contém uma informação de altitude (cota), representando assim o Modelo Digital do Terreno (MDT):
Eliminando as depressões:
Voltemos à nossa ferramenta Sextante: SEXTANTE > Basic hydrological analysis > Sink filling
Novamente, na janela da ferramenta que é aberta, vamos definir alguns parâmetros: em “Input – Raster layers”, vamos tomar o cuidado de observar se está selecionada a camada raster gerada no passo anterior (rasterizada e preenchida); em “Min. angle between cells [deg]” podemos deixar o valor default de “0.01” e, como sempre, em “Outputs – Preprocessed[raster]”, definiremos o nome e o caminho onde será salvo o arquivo que será gerado pela rotina. É importante que salvemos este arquivo, pois o mesmo será utilizado para os procedimentos subsequentes.
Após clicarmos em “OK” será iniciado o processamento. E aqui cabe uma ressalva importante: esse processo é demorado! Para fins de comparação, o processo demorou 50 minutos em um computador com processador Intel Core 2 Quad e 8 Gb de RAM. Portanto, tenha paciência, saia para fazer um lanche, e aguarde o término do processamento!
Finalizado o processamento seremos apresentados ao resultado final. Aparentemente, não há diferenças entre esse e o arquivo anterior, mas agora temos certeza que todas as depressões do terreno foram eliminadas.
Terminamos aqui a segunda parte deste tutorial. Na próxima parte estaremos trabalhando com a geração da camada de acúmulo de fluxo, a geração da rede de drenagem e, finalmente, a geração das sub-bacias hidrográficas. Aguardem!
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, geoprocessos, MDT, sextante, SLGeoTbFaz, tutorial
Delimitação de Microbacias Hidrográficas com o gvSIG: Parte I
Buenas, pessoal!
Recentemente tive que lidar no meu trabalho com o desafio de delimitar uma microbacia hidrográfica (MBH, de agora em diante), pois precisava conhecer qual seria a área abrangida por tal MBH, quais os moradores que faziam parte desta MBH, etc. Digo desafio porque nunca havia realizado tal procedimento com o gvSIG. Nesta série de artigos venho compartilhar os procedimentos que adotei, pois certamente poderão ajudar outros usuários. Além disso, esse é mais um artigo que pode ser enquadrado na Série #SLGeoTbFaz… 😉
Antes de começar, gostaria de ressaltar que praticamente toda a sequencia de procedimentos que eu segui está descrita na apostila “Introdução ao gvSIG portable v1.11 SIG-RB, Módulo Básico”, disponibilizado de forma aberta pelo pessoal do Sistema de Informações do Ribeira de Iguapé e Litoral Sul. A apostila pode ser baixada gratuitamente mediante um rápido cadastro na área de capacitação do site. Feitas estas primeiras considerações, vamos ao tutorial, propriamente dito:
Nesta primeira fase, vamos preparar o ambiente para o trabalho que virá a seguir. Os dados que iremos utilizar foram obtidos do DVD “Base cartográfica vetorial contínua do Rio Grande do Sul – escala 1:50.000”, produzido pela UFRGS – IB. Centro de Ecologia – Laboratório de Geoprocessamento, e pode ser adquirido no site da Editora UFRGS. Vale cada centavo investido!
Com o gvSIG aberto, vamos criar uma nova Vista, definindo nas propriedades da mesma o Sistema de Coordenadas EPSG 32722 (WGS 84 / UTM zona 22S). Abrimos a Vista e inserimos o arquivo shape do estado do Rio Grande do Sul, já reprojetado para o Sistema de Coordenadas adotado.
Com a ferramenta de seleção, selecionamos o município que será trabalhado. No caso, o município de Seberi, no noroeste gaúcho:
Com a área de interesse selecionada, vamos no menu Camada > Exportar para > SHP, e exportamos a feição selecionada para um novo arquivo shape, com o qual iremos trabalhar. Salvo o arquivo, respondemos “sim” à mensagem que nos pede se queremos inserir o novo shape na Vista. Na próxima figura podemos conferir o shape dos limites do município, após clicarmos com o botão direito do mouse no nome da camada no TOC e, no menu contextual que se abre, selecionar “Zoom na camada”:
Como estaremos trabalhando com dados em uma escala maior, vamos criar um buffer para garantir que todos os detalhes que queremos trabalhar estarão incluídos. Para tanto, acessamos o menu Vista > Gestor de geoprocessos.
Na árvore de seleção de geoprocessos à esquerda da janela aberta selecionamos Geoprocessos > Análises > Proximidade > Buffer (área de influência) e clicamos em “Abrir geoprocesso“.
Na janela que se abre precisaremos definir alguns dados: na “Camada de entrada”, selecionamos o shape do limite do município; selecionamos a opção “Buffer definido por uma distância”, definindo o valor de 500 m; em “Criar Buffer” selecionamos a opção “Fora do polígono”; em “Número de anéis concêntricos” deixamos o valor “1” e, finalmente, definimos um arquivo onde o buffer resultante será salvo, clicando em “Abrir” e definindo o nome do arquivo e selecionando o caminho onde o mesmo será salvo.
Com todas as opções definidas clicamos em “Aceitar” e será gerado um shape com uma área de buffer externo de 500m ao redor do shape dos limites do município de Seberi:
Podemos agora descartar as camadas que não serão mais utilizandas, deixando apenas a camada gerada pelo geoprocesso Buffer: selecionando-as no TOC, clicamos com o botão direito do mouse e escolhemos a opção “Remover camadas” no menu contextual que aparece.
Precisamos agora definir um retângulo envolvente que englobe toda a área do município. Para tanto, clicamos em SEXTANTE > Toolbox e, na janela que se abre, selecionamos Sextante > Tools for vector layers > Bounding Box:
Na janela da ferramenta “Bounding Box” que é aberta, definimos na aba “Parameters”, em “Layers”, a camada que será utilizada para gerar o retângulo envolvente (no caso, a camada do buffer), e definimos também o arquivo que será gerado. Clicando em “OK” a rotina será aplicada, e obtemos um shape com o retângulo envolvente:
Definida a nossa área de interesse podemos inserir no projeto a camada com o shape das curvas de nível da região, tomando o cuidado de selecionar o arquivo com a projeção do projeto:
Vamos agora fazer um recorte da área que nos interessa. Para tanto, vamos no menu Vista > Gestor de geoprocessos e na janela do gestor de geoprocessos selecionamos Geoprocessos > Sobreposição > Recortar, clicando em seguida em “Abrir geoprocesso”.
Na janela de opções da ferramenta Recortar que se abre, selecionamos as opções: em “Camada de entrada” escolhemos a camada das curvas de nível que queremos recortar; em “Camada de recorte” selecionamos a camada do retângulo envolvente que criamos, que é a nossa área de interesse e, finalmente, em “Camada de saída” definimos o arquivo que será gerado.
Clicando em “Aceitar” o geoprocesso será realizado, resultando em um shape contendo as curvas de nível apenas da área que nos interessa:
Na próxima figura temos o nosso arquivo shape final, contendo apenas as curvas de nível da região do município gaúcho de Seberi, que servirá de base para as próximas fases do tutorial. Se, por um acaso, você gerou o arquivo apenas na memória, poderá salvar agora o resultado obtido selecionando a camada no TOC e clicando no menu Camada > Exportar para > SHP.
Não tenho como disponibilizar o arquivo shape das curvas de nível do estado do Rio Grande do Sul, até por questões autorais, mas creio que não haverá problemas maiores em disponibilizar apenas o arquivo shape final obtido, para que os nossos leitores possam acompanhar os próximos passos do tutorial (se houver alguma infração, peço que os responsáveis entrem em contato, que retirarei o arquivo).
Na próxima parte da série abordaremos a geração do Modelo Digital de Terreno no gvSIG, feito a partir das curvas de nível que obtemos neste tutorial. Até breve!
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, MDT, geoprocessos, sextante, SLGeoTbFaz, tutorial
Visualizar orientação da declividade no gvSIG (Série #SLGeoTbFaz)
Buenas, pessoal!
Bastante atrasado, mas antes tarde do que nunca! Por uma série de motivos que não precisam ser explicitados por aqui, acabei atrasando bastante o “reply” da postagem da Série “Quebrando Tabus – Software Livre Também Faz”, iniciada pelo nosso amigo Luís Lopes, que mantém o blog Geotecnologias Luís Lopes (@geoluislpes). O desafio da vez foi visualizar orientação da declividade, sendo que o Luis explicou os procedimentos utilizando o Quantum GIS, que logo foi apresentado também os utilzando o SAGA GIS, pelo Esdras Andrade (@geoparalinux), no seu blog Geoprocessamento para Linux.
Chega de enrolação, e vamos ao procedimento para visualizar a orientação da declividade utilizando o gvSIG:
Vamos utilizar o mesmo SRTM que foi utilizado nos outros tutoriais, e que pode ser baixado do site Brasil em Relevo, da Embrapa Monitoramento por Satélite. No gvSIG, criaremos uma nova Vista, tendo o cuidado de selecionar o Sistema de Coordenadas WGS84 (EPSG 4326) nas Propriedades da Vista, pois é o Sistema de Coordenadas em que o SRTM está.
Criada a nova Vista, podemos abrí-la e inserir o SRTM em uma nova camada (Vista > Adicionar Camada, lembrando de selecionar “raster” em “Tipo de arquivo”).
Inserido o SRTM, vamos abrir a ferramenta SEXTANTE, através do ícone
(SEXTANTE Tool Box). Em seguida, vamos abrindo a “árvore” de scripts: SEXTANTE > Geomorphometry and terrain analysis > Aspect, para selecionarmos a ferramenta que iremos trabalhar.
Com um duplo clique em Aspect abrirá o diálogo de opções da ferramenta, onde na primeira aba (Parameters) poderemos selecionar a camada que será utilizada para gerar a visualização da declividade (em Elevation), se as unidades estarão em radianos ou em graus (Units), o método que será utilizado para a geração (Method) e também selecionar o arquivo de saída, com o resultado (deixei marcado para gerar o arquivo na memória, mas poderíamos designar uma arquivo onde salvar o resultado):
Na segunda aba, podemos selecionar a região que será utilizada para a visualização/geração do resultado. Deixei marcada a opção de utilizar os parâmetros de entrada, mas poderíamos determinar que fosse utilizado uma região definida pelo usuário, ou selecionarmos uma Vista, para que fosse utilizada a sua extensão, ou ainda selecionarmos uma camada para o mesmo fim:
Ao clicarmos em “OK”, o SEXTANTE irá processar o SRTM com os parâmetros selecionados e, em seguida, seremos apresentados ao resultado: uma imagem… totalmente branca! (!!!!!!!!)
Calma! Não entre em desespero! Não aconteceu nada de errado, muito pelo contrário. As informações que queremos estão todas lá, basta alguns “pequenos ajustes” 😉
Com o botão direito do mouse, vamos ao TOC, e clicamos sobre a nova camada gerada, e em seguida selecionamos “Propriedades do Raster”, no menu contextual que aparece:
Na janela que se abre, vamos na aba Realce. Normalmente está selecionada apenas a opção “Ativar”:
Basta selecionarmos também a opção “Remover extremos” e voilà! Finalmente podemos visualizar a declividade da região do nosso SRTM:
Para efeito de comparação, apresento abaixo o arquivo SRTM original e a visualização da orientação da declividade, obtida após o processamento:
Neste momento, por pura falta de tempo, vou ficar devendo a visualização em modo colorido. Prometo completar o artigo mais tarde. Para os apressadinhos, deixo a dica de que é preciso usar a rotina de “Tabelas de Cor”:
Como próximo passo, vamos aplicar agora um esquema diferente de cores, para ressaltar a visualização da declividade. Para tanto, com a camada “Aspect” gerada pelo SEXTANTE selecionada no TOC, vamos acessar as ferramentas raster; primeiro selecionamos o ícone “Camada Raster” e, em seguida, no ícone ao lado, selecionamos a opção “Tabelas de cor”:
Abrirá a janela “Tabelas de cor”, onde poderemos fazer o ajuste que queremos.
Em primeiro lugar, precisamos clicar em “Ativar tabelas de cor” ([1], na figura abaixo) e, em seguida, escolher o estilo de cores que iremos aplicar, na lista disponível em “Biblioteca” ([2]). Selecionei o estilo “Mac-style”, que é o que mais se aproxima ao proposto pelo Luís. Por último, devemos alterar o valor de “Mínimo” ([3]), que está negativo, para zero e, em seguida, clicar em “aceitar”.
Na próxima figura temos o resultado final, já com o esquema de cores aplicado:
Por enquanto é isso, pessoal! Se alguém quiser se aprofundar um pouco mais na teoria, recomendo a leitura dos dois artigos “irmãos” que foram citados anteriormente. E, para você acompanhar a Série “Quebrando Tabus” no twitter, basta fazer uma pesquisa pela hashtag #SLGeoTbFaz 😉
Em tempo: quero registrar aqui que esse tutorial não teria saído se não fosse o apoio e as dicas do Carlos, da Gauss (@gaussgeo) e do Gilberto, do SIG da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul.
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, sextante, SLGeoTbFaz, tutorial, geoprocessos
Utilizando o GRASS Para Gerar Pontos Aleatórios no gvSIG
Buenas!
Recentemente descrevemos como gerar pontos aleatórios em polígonos utilizando a extensão SEXTANTE no gvSIG. Neste tutorial faremos uso de um algoritmo do GRASS no gvSIG para obter um resultado semelhante. Usei o termo “semelhante” porque o resultado final obtido não é igual ao do tutorial anterior, uma vez que este algoritmo gera pontos aleatórios a partir de uma vista ou de um shape, mas não permite especificar o número de pontos que serão gerados por polígono, que foi a proposta inicial do exercício feito pelo @geoluislopes. No entanto, este algoritmo é muito interessante, podendo gerar não apenas pontos aleatórios em 2D, mas também em 3D. Ou seja: certamente tem o seu momento de aplicação.
Feita esta ressalva, vamos ao tutorial propriamente dito, assumindo que você já está com o GRASS instalado no gvSIG:
Inicialmente, baixe o shape dos municípios do RS, que usaremos neste tutorial. Crie uma nova vista com a projeção WGS 84 (EPSG 4326), abra a mesma e insira o shape.
Apliquei um zoom na área de interesse, onde quero que os pontos sejam gerados (neste caso, na região central do RS).
Acessamos a extensão SEXTANTE, através do ícone “SEXTANTE Toolbox”. Na janela da extensão, navegamos até encontrar os algorítimos do GRASS.
Utilizando a árvore de algorítimos, vamos navegando até encontrar o algorítimo desejado: GRASS > Vector (v.*) > v.random
Um clic duplo no nome do algorítimo irá abrir a sua janela de entrada de dados, onde poderemos configurar as opções disponíveis. Na primeira aba, “Parameters”, vamos alterar apenas o “n”, que determina o número de pontos a serem gerados, que fixei em 50. As demais opções não nos interessam neste momento, a não ser “v.random: output(vector)”, que detemina se a camada resultante será gerada em um arquivo temporário ou se iremos salvá-la para um arquivo específico. Podemos deixar a opção default de gerar para um arquivo temporário.
Na segunda aba, “Region”, iremos defenir a região onde o algorítimo será aplicado. Existem 3 opções:
- “User defined”, onde podemos determinar manualmente o local de aplicação, alterando os parâmetros “Range X” e “Range Y”.
- “Use extent from view”, onde poderemos escoher uma vista para aplicar o algorítimo (a visualiação atual da mesma fixará os parâmetros “Range X” e “Range Y”).
- “Use extent from layer”, onde poderemos esolher uma camada onde o algorítimo será aplicado (somente em toda a extensão da camada).
Escolhi a segunda opção, para gerar os pontos aleatórios na visualização da vista que estava ativa.
Ao clicarmos em “Ok” o algorítimo será aplicado conforme os parâmetros escolhidos, e o resultado aparecerá em uma nova vista. Devemos então selecionar a camada gerada e exportá-la Camada > Exportar para > SHP.
Depois de exportar a camada podemos fechar a vista gerada e, voltando para a vista anterior, adicionamos a camada que salva para visualizar os resultados.
Para conhecer maiores detalhes do algorítimo v.random, basta acessar a página do mesmo no manual online do GRASS.
Tags: geoprocessamento, geoprocessos, gis, GRASS, gvSIG, sextante, tutorial
Instalando o GRASS no gvSIG: Windows XP
Buenas! Para utilizar os algoritmos do GRASS no gvSIG, obviamente antes é preciso instalá-lo. Você pode fazer isso seguindo o tutorial do Jorge Santos, para windows, usando o gvSIG OADE, ou o tutorial do Esdras Andrade, ensinando a instalação no linux, também utilizando para isso o gvSIG OADE. Outro tutorial pode ser achado no blog Fuguraro GIS, que explica a instalação do GRASS tanto para o windos7 quanto para o linux, sem a necessidade de instalar o gvSIG OADE. Foi esse o procedimento que adotei, mas vou aproveitar para explicar como resolver certos “problemas” que apareceram no processo.
Para início de conversa, vá até a página de download do GRASS e baixe a última versão estável do programa. Execute o arquivo baixado, e nos depararemos com a seguinte tela:
Clique em “Next”, e seremos apresentados a tela de licença do GRASS.
Clique novamente no botão “Next”, e veremos a tela de escolha do local de instalação do programa. Pode aceitar a localização sugerida. Clique em “Next” mais uma vez.
Na próxima tela, faremos a seleção do que será instalado. Se você quiser lidar diretamente com o GRASS e fazer os tutoriais de exercícios propostos, pode instalar também os dados de exemplo. No meu caso, deixei desmarcado.
Clicando no botão “Install”, começará o processo de instalação propriamente dito:
Terminado o processo de instalação (que é bastante demorado, não se assuste…), chegamos à seguinte tela:
Ao clicar em “Next”, seremos apresentados à tela final da instalação do GRASS:
Para os fins aqui propostos não precisaremos abrir o GRASS, bastando clicar em “Finish” para sair da instalação.
Vamos agora abrir o gvSIG, e ativar a extensão SEXTANTE, clicando no ícone “SEXTANTE Toolbox”
Com o SEXTANTE aberto, vamos clicar no botão de configuração da extensão:
Seremos apresentados à tela de configurações do SEXTANTE:
Ao clicar na aba GRASS, seremos apresentados à tela de configuração do GRASS:
Na opção “GRASS GIS instalation folder”, vamos selecionar o caminho da instalação do GRASS. No meu caso, C:\Arquivos de Programas\GRASS 6.4.1
Na opção “Shell interpreter (sh.exe)”, vamos localizar o caminho do interpretador de comandos do Shell. No meu caso, encontrei ele sob C:\Arquivos de Programas\GRASS 6.4.1\mysys\bin\sh.exe
Terminado este passo, basta clicar em “Setup GRASS”, torcer os dedos e esperar que tudo dê certo…
Se você é um cara extremamente sortudo, tudo terá ocorrido sem maiores problemas, e você receberá a seguinte tela, avisando que o GRASS já está instalado no SEXTANTE, e que agora contamos com mais 187 algoritmos de geoprocessamento dentro do gvSIG:
Agora, se você é como eu, certamente vai receber uma grande quantia de mensagens de erro!
A primeira delas nos avisa que a MicoSoft não instalou no seu Windows XP a seguinte dll: “MSVCP71.dll
“. Aí não tem jeito… tem que ir para a internet e baixar a dita cuja dll (um dos links que eu achei) e colocá-la na pasta “C:\WINDOWS\system32
“. Feito isso, já podemos passar para as próximas mensagens de erro…
O que virá a seguir é uma grande série de avisos de que estão faltando mais… dll’s! E o pior: agora a internet já não nos ajuda tanto! A não ser por uma dica que encontrei nas listas de usuários do gvSIG: na verdade, o que acontece é que o instalador do SEXTANTE procura essas dll’s na pasta padrão do GRASS, a pasta “lib
“, mas as ditas cujas estão na pasta “extralib
“. Basta você copiar todas as dll’s da pasta “extralib
“, e colá-las na pasta “lib
” (tudo isso dentro da pasta de instalação do GRASS, que no meu caso foi “C:\Arquivos de Programas\GRASS 6.4.1
“). Quando você fizer isso e clicar no “OK” da mensagem de erro que estava aparecendo no gvSIG, automagicamente desaparecerão as mensagens de erro, e seremos brindados com 0 acesso aos 187 algoritimos do GRASS no gvSIG, a partir da extensão SEXTANTE, como pode ser comprovado na próxima tela:
Ufa! Demorou, mas conseguimos! Em breve postarei um artigo utilizando o GRASS para gerar pontos aleatórios no gvSIG. Aguardem!
Tags: geoprocessamento, gis, GRASS, gvSIG, sextante, tutorial
Geração de Pontos Aleatórios em Polígonos no gvSIG
Buenas, retornamos para mais um artigo da Série “Quebrando Tabus: SL também faz!“, lembrando que esta série de artigos foi uma idéia do Luís Lopes (@geoluislopes), e até o momento está contando também com a adesão dos geoblogueiros Anderson Medeiros (@ClickGeo), Esdras Andrade (@geoparalinux) e do Sadeck (@sadeckgeo), que vem reproduzindo os artigos nos mais diversos Softwares Livres de Geo, comprovando que é possível realizar nesses programas atividades de geoprocessamento que antes só eram encontradas nos softwares proprietários.
Antes de começar com o tutorial propriamente dito, vamos a um pequeno esclarecimento: como o gvSIG também possui embutida a extensão SEXTANTE, o procedimento que iremos seguir é o mesmo do tutorial feito pelo Anderson Medeiros, “Kosmos GIS: Geração de Pontos Aleatórios em Polígonos“. Em outro tutorial, que farei em breve, demonstrarei como utilizar os algoritmos disponibilizados pelo GRASS, que também podem ser rodados no gvSIG através da extensão SEXTANTE.
Primeiramente, baixe o arquivo shapefile que será usado neste tutorial, contendo os limites de 5 municípios da região do Piemonte da Diamantina – Bahia. Em seguida, abra o gvSIG e crie uma nova vista, com o sistema de coordenadas do shape, WGS 84 (EPSG 4326). Abra a vista e insira o shapefile que foi baixado. Deveremos ter uma tela semelhante a esta:
Em seguida, vamos acessar a extensão SEXTANTE. Para isso, clique no ícone Sextante Toolbox, localizado na barra de ícones:
Abrirá a janela do SEXTANTE:
Navegue na árvore de Algoritmos: SEXTANTE > Tools for polygon layers > Adjust n point to polygon
Com um clic duplo no algoritmo, abre-se a janela de configuração do mesmo, onde podemos ajustar os parâmetros:
Na parte referente aos parâmetros de entrada, selecionamos a camada que contém os polígonos onde a operação será realizada (piemont_chapada.shp, neste caso). Nota-se ainda que poderíamos criar os pontos baseados em um valor existente em um campo da tabela de atributos do shape.
Nas opções, digitamos o número de pontos por polígono que queremos que seja gerado, e o método (“random”, para que os pontos sejam aleatórios).
Nos parâmetros de saída, podemos escolher se queremos gerar a nova camada como um arquivo temporário, ou se queremos salvar para um novo arquivo.
Ao clicarmos em “OK”, o SEXTANTE irá executar o algoritmos com os parâmetros que foram selecionados e irá inserir a camada criada na vista ativa. Ao fecharmos a janela do SEXTANTE veremos o nosso resultado final:
Lembre-se de salvar a nova camada, selecionando-a no TOC e, em seguida, clicando em Camada > Exportar para… > SHP.
Por enquanto é isso, pessoal. Em breve estarei postando o artigo que executa uma função semelhante, mas utilizando os algoritmos do GRASS dentro do gvSIG.
Em tempo: para o pessoal que acompanha a Série “Quebrando Tabus: SL também faz!” pelo twitter, criamos uma hachtag especial para as twittadas sobre o assunto: #SLGeoTbFaz. Assim, fica mais fácil de acompanhar as postagens e de realizar buscas sobre o assunto.
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, sextante, SLGeoTbFaz, tutorial
Vídeo Curso de gvSIG disponível em novo local
Um dos artigos que tem um grande acesso aqui no blog é “um vídeo-curso sobre gvSIG”. Pois bem, outro dia me comunicaram que os arquivos do vídeo-curso haviam sido retirados do servidor Gigasize. Como não sou o “proprietário” dos arquivos, entrei em contato com o Pablo Zuleta, que havia disponibilizado os mesmos, e recebi uma ótima noticia: os arquivos foram removidos do servidor Gigasize e instalados na página de documentação do gvSIG -> Cursos gvSIG -> Colaborações da Comunidade -> Seminario Agustín de Horozco – Introducción a gvSIG 1.1.
Disponibizei o caminho completo, porque há muito material de interesse em cada link, mas o material do video-curso sobre gvSIG pode ser acessado diretamente aqui.
Na página de arquivos do curso, além dos vídeos, foram disponibilizados também os mapas e outros recursos que são necessários para acompanhar o curso. Todo o material está disponibilizado sob licença Creative Commons.
Para refrescar a memória, esse material foi utilizado em um curso básico de 15 horas sobre gvSIG, realizado no Centro del Profesorado de Jerez, do Seminario Agustín de Horozco de la Universidad de Cádiz. O material serve para o gvSIG até a versão 1.1.2, mas o aprendizado poderá ser aproveitado integralmente para a versão 1.9 e também na vindoura versão 2.0.
Tags: geoprocessamento, gis, gvSIG, opensource, sig, tutorial, cursos
Instalando o gvSIG no Ubuntu Linux
Aproveitando que no meu último artigo falei sobre um vídeo-curso para gvSIG, vou falar hoje sobre a instalação do gvSIG no Ubuntu Linux 9.04 (o procedimento é semelhante para as demais distribuições Linux).
Para quem ainda não conhece, o gvSIG é um Sistema de Informação Geográfica (SIG), isto é, “uma aplicação desenvolvida para capturar, armazenar, manipular, analizar e exibir em todas as suas formas as informações geograficamente referenciadas com o fim de resolver problemas complexos de planejamento e gestão. Caracteriza-se por dispor de uma interface amigável, sendo capaz de acessar os dados mais comuns, tanto vetoriais como raster, e conta com um grande número ferramentas para trabalhar com informações de natureza geográfica (ferramentas de consulta, criação de mapas, geoprecessamento, redes, etc.) que o tornam uma ferramenta ideal para usuários que trabalham com a componente territorial.” (livre tradução de um trecho da apresentação do gvSIG disponível em http://www.gvsig.org/web/home/projects/gvsig-desktop).
O gvSIG é um sistema escrito em Java, e está sendo desenvolvido pelo Conselho de Infraestruturas e Transporte de Valencia (Espanha). É um programa livre, distribuído sobre licença GNU/GPL, o que permite seu uso livre, distribuição, estudo e melhora, e está disponível para as plataformas Linux, Windows e MacOS, nos mais diversos idiomas, inclusive para o português.
Buenas, vamos ao que interessa: iremos instalar a versão 1.1 do gvSIG, pois é a última versão estável. Já está disponibilizada a versão 1.9 RC1, mas esta é uma versão de desenvolvimento, e pode apresentar muitos problemas na utilização para trabalhos; se você quiser instalar essa versão para conhecer as novidades que estão sendo incorporadas, o procedimento de instalação é semelhante ao que vamos descrever, bastando apenas baixar o arquivo desejado e trocar os nomes no procedimento).
Como estamos partindo do zero, vamos aproveitar e já baixar a versão 1.1.1, com todos os pré-requisitos incluídos: isso pode ser feito acessando a página de downloads do gvSIG e escolhendo a “versão 1.1.1, Complet version (all-included)”, disponível no link: ftp://downloads.gvsig.org/gva/descargas/ficheros/11/gvSIG-1_1_1-linux-i586-withjre.bin. Ou podemos fazer isso utilizando o terminal e o wget:
wget -c ftp://downloads.gvsig.org/gva/descargas/ficheros/11/gvSIG-1_1_1-linux-i586-withjre.bin
Em seguida, vamos permitir a execução do arquivo:
chmod +x gvSIG-1_1_1-linux-i586-withjre.bin
Feito isto, vamos executar o arquivo:
./gvSIG-1_1_1-linux-i586-withjre.bin
Agora, basta seguir as instruções. O programa irá instalar, se necessário, os seguintes componentes: Java Virtual Machine, JAI libraries, JAI image I/O libraries e, finalmente, o gvSIG. Pode seguir todas as opções defaults e/ou recomendadas. Tenho o costume de deixar a pasta de instalação com o nome geral da versão (gvSIG_1.1, no caso).
Terminado o processo, estaremos com o gvSIG versão 1.1.1 instalado. Mas a versão estável mais atual é a 1.1.2, então vamos continuar o procedimento para termos esta versão instalada. Volte ao terminal, e baixe a versão de updade:
wget -c ftp://downloads.gvsig.org/gva/descargas/ficheros/11/gvSIG-update-1_1_2-linux-i586.bin
Novamente, vamos mudar as propriedades do arquivo, para permitir a execução:
chmod +x gvSIG-update-1_1_2-linux-i586.bin
E, para finalizar. vamos executar o arquivo baixado:
./gvSIG-update-1_1_2-linux-i586.bin
Mesmo procedimento do arquivo anterior. Basta escolher o idioma da instalação e seguir as instruções. No caso, é recomendável deixar a versão Java já instalada, e quando solicitada a pasta de instalação, indicar a pasta anteriormente selecionada para a instalação do gvSIG (gvSIG_1.1 no meu caso). Cuide para não selecionar gvSIG_1.1.2, pois como esse é um arquivo de update, não irá realizar a instalação completa, e não vai conseguir atualizar corretamente se não for indicado qual a pasta em que você instalou a versão prévia do gvSIG.
Agora, duas dicas importantes:
- Desligue todos os efeitos visuais quando for trabalhar com o gvSIG, ou você terá problemas com o mesmo, principalmente se você tem instalado o Compiz. Clique com o botão direito na área de trabalho e escolha a opção “Alterar plano de fundo”; Na aba “Efeitos Visuais”, selecione a opção “Nenhum”. Depois que você acabar de trabalhar com o gvSIG pode restaurar os efeitos visuais.
- Para iniciar o programa, você tem que navegar até a pasta onde o gvSIG foi instalado e executar o arquivo gvSIG.sh, que está dentro da pasta “bin”. Para evitar ter que fazer isso toda vez que for usar o programa, você pode criar um lançador no menu de Aplicativos. Para isso, siga os seguintes passos:
a. Clique com o botão direito do mouse sobre o Menu Aplicações > Editar Menus;
b. Quando a janela menu principal abrir, você verá dois campos, um chamado Menus: e outro Itens: Em Menus, clique uma vez sobre no ícone Aplicações e em seguida no lado direito da janela clique em Novo Menu. Renomeie este novo menu como Geoprocessamento (ou outro nome de sua preferência).
c. Depois, clique sobre este novo menu que você acabou de criar e no lado Itens, adicione um Novo Item.
d. Uma nova janela se abrirá, ela chama-se Criar Lançador. No campo Nome, digite gvSIG; no campo comando, navegue até a pasta onde o programa foi instalado. No meu caso, ficou em “/home/user/gvSIG_1.1/bin/”. Selecione o arquivo gvSIG.sh e mande abrir.
e. De volta a janela anterior, no lado esquerdo tem um quadrado com uma figura, clicando sobre ela você adiciona um icone ao seu gosto. Para inserir o icone do gvSIG é só ir até a pasta mencionada no tópico anterior.
f. Depois é só clicar em OK e depois fechar a janela do Menu Principal.
E está pronto. Agora você já tem o programa gvSIG disponível em Aplicativos > Geoprocessamento > gvSIG, e poderá seguir o vídeo-curso para gvSIG, citado anteriormente.
Nos próximos artigos estarei repassando alguns links de cursos, apostilas e outros recursos para o gvSIG, bem como os procedimentos para instalar extensões e módulos importantes que potencializam o uso do gvSIG, como a extensão PilotoRaster e o módulo Sextante, que acrescenta mais de 160 scripts destinados à análise territorial, processamento de imagens, MDT, entre outros recursos voltados para o geoprocessamento.
Obs.: esse artigo foi inspirado no artigo “gvSIG – Uma alternativa ao Arcview“, do excelente blog Geoprocessamento para Linux. Leitura recomendada para todos os Linuxeiros Geomaníacos.
Tags: geoprocessamento, gvSIG, linux, tutorial
Um vídeo-curso sobre gvSIG
Obs.:
Os arquivos que estavam hospedados no servidor Gigasize foram removidos. Para baixar estes vídeos e mais o material de apoio do curso, acesse o artigo: Vídeo Curso de gvSIG disponível em novo local
Prometo que em outro momento eu escrevo um artigo só sobre o gvSIG, mas para quem não conhece, por hora basta saber que é um dos melhores Sistema de Informações Geográficas (SIG) opensource que existe atualmente. Me comprometo de voltar a falar nele em breve, mas o que eu quero deixar hoje aqui é uma série de links para download de vídeo-tutoriais sobre o gvSIG.
Esse material foi utilizado em um curso básico de 15 horas sobre gvSIG, realizado no Centro del Profesorado de Jerez, do Seminario Agustín de Horozco de la Universidad de Cádiz. O material serve para o gvSIG até a versão 1.1.2, mas o aprendizado poderá ser aproveitado integralmente na vindoura versão 2.0.
Chega de papo-furado e vamos aos links:
http://www.gigasize.com/get.php/3198572601/14-gvSIG-Descargaeinstalacin.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575323/15-gvSIG-Visualizacin1.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575324/16-gvSIG-Visualizacin2.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575325/17-gvSIG-Localizacin.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575326/18-gvSIG-ServidoresWMS.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575327/19-gvSIG-reasydistancias.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575328/20-gvSIG-Rsters1%28sid%29.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575329/21-gvSIG-Extraerentidadvectorial.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575330/22-gvSIG-ExtraerRecortarrster.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575331/23-gvSIG-Geoproceso1Recortar.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575504/24-gvSIG-Georreferenciacin1.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575506/25-gvSIG-Intervalosnaturales.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575507/26-gvSIG-Archivodepuntos.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575508/27-gvSIG-Archivopolilnea1.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575509/28-gvSIG-Archivopolilnea2.swf
http://www.gigasize.com/get.php/3198575510/29-gvSIG-Archivopolgono.swf
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